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MARAVILHOSA, Rio de Janeiro, Brazil
Diante de tanta contradição da vida, aprendi que devo ter alto astral acima de qualquer coisa!Eu nunca imaginei que seria pedagoga. Não me preparei para isso. Ela chegou sem que eu preparasse o seu caminho e por isso fiquei tão apaixonada. Essa é para mim a profissão mais linda e digna que existe... Sem sonharmos e idealizarmos algo melhor, nunca poderemos alcançar um diferencial.Essa é minha ideologia e não posso deixar que apaguem por não acreditarem que existe solução para a educação do nosso país,"Não,podemos viver sem ideologias, ter sucesso sem acreditar em valores fortes, concretos,lutar por nossos objetivos sem acreditar que eles serão alcançados,almejar uma vida de realizações soterrando nossas verdadeiras crenças.Tenha suas ideologias muito bem definidas e paute sua vida sobre elas. Não tenha medo do que os outros vão pensar se você está realmente convicto no que acredita ser o certo,não tenha medo de fracassar embasado nelas, aprenda que neste mundo nada é absolutamente ruim ou bom e que sempre,terá que defender suas escolhas e pagar por elas." Eu estou consciente pela escolha que fiz na minha vida profissional,e você?

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Este espaço é algo criado por mim para dividir, com todos que, assim como eu, adoram de fato o que fazem dentro da educação, um pouco do que pesquiso na internet e também do que tenho de material voltado à esta área que de fato sou louca de paixão.

Peço desculpas pela demora em atualizar os conteúdos.

No mais, a todos que visitam este blog, espero que até o momento tudo que há de conteúdo esteja sendo agradável.

Com carinho,

Lu Moraes
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“Ninguém começa a ser educador numa certa terça-feira às quatro horas da tarde. Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão sobre a prática”

(Paulo Freire, em “A educação na cidade”)

“Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com a colheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes" Gabriel Chalita

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Eu fico com a pureza da resposta das crianças: a vida é bonita.
Viver e não ter a vergonha de ser feliz.
Cantar e... cantar e ...cantar a eterna beleza de ser aprendiz.
Eu sei que a vida devia ser bem melhor. E será.
Mas issoo impede que eu repita: é bonita, é bonita, é bonita!
(Gonzaguinha).

"Há os que adquirem conhecimento pelo valor do conhecimento - e isto é vaidade de baixo nível. Mas há os que desejam tê-lo para edificar outros - e isto é amor. E há outros que o desejam para que eles mesmos sejam edificados - e isto é sabedoria." - (Bernardo de Claraval)
"Todas as postagens que não são de minha autoria é dado o devido crédito e citado a fonte, até porque quando se copia algo de alguem a intenção não é fazer plágio, e sim divulgar as informações para um maior número de pessoas favorecendo assim o conhecimento."
Lucia Araújo/cc: Luciana Moraes

sábado, 29 de maio de 2010

Como ajudar no processo de alfabetização


O papel da família


Infelizmente, para muitas famílias, a vida escolar do filho só é de fato valorizada e reconhecida quando a criança ingressa na classe de alfabetização, não se levando em consideração os aspectos e procedimentos anteriores a este momento, tão necessários e que, se fossem efetivados, poderiam contribuir muito para uma alfabetização mais tranquila e positiva.
Também, muitas vezes, os familiares acreditam que esse trabalho só deve acontecer e ser de responsabilidade da escola, até porque algumas instituições carregam para si este papel de exclusividade, tirando dos pais ações que, se ultrapassadas ao muro da escola, poderiam garantir momentos de grande prazer e muito orgulho para os pais e principalmente para o aluno. Ledo engano dos que pensam assim! O processo de alfabetização não é fácil e requer muito trabalho e empenho de todos os envolvidos. Ele engloba muitos aspectos que dizem respeito não só à maturidade cognitiva, mas também à maturidade emocional do aluno, sendo um processo que se iniciou anos antes do 1º ano e não terminará completamente nesta série. A participação da família, durante todo esse período, é fundamental.
Em todo o processo de alfabetização é muito importante que sejam propiciadas situações em família, com o objetivo de que a criança leia e escreva, independente das tarefas enviadas pela escola, que, com certeza, não irão suprir esta demanda.
O “exercício” da escrita e leitura se faz, muitas vezes, de forma não sistematizada, por isso a família tem um papel estratégico. Como diz psicolinguista Argentina Emília Ferreiro: “...permite-se e estimula-se que a criança tenha interação com a língua escrita nos mais variados contextos.” Atenção para as orientações que a escola pode dar aos pais, independente do método ou proposta pedagógica utilizada pela instituição:
• Busque, fora do contexto escolar, situações para leitura e escrita, optando por textos e livros mais simples, curtos e de fácil entendimento. Podem também ser textos escritos pela própria criança ou pelo adulto. Incentive-o a confeccionar listas de supermercado, bilhetes, agendas, diários, entre outros;
• Tire as dúvidas, leia e escreva as palavras que a criança não conseguir ler ou escrever;
• Se perceber que seu filho está com muitas dificuldade, reveze a escrita e a leitura com ele. Leia uma página e ele outra. Isso também pode acontecer com trechos de textos e frases;
• É comum, nesse momento, que algumas crianças ainda utilizem variados tipos de letras na hora de escrever, pois eles podem estar experimentando ou mesmo buscando a que acha mais “fácil”, recursos que devem ser respeitados e direcionados de forma coerente e tranquila. Aos poucos, com intervenções e sinalizações positivas e se sentindo mais seguras, possivelmente essas crianças irão definir o padrão de letra;
• Demonstre motivação, paciência e interesse pelo que a criança está escrevendo e lendo. Encontre tempo e disponibilidade para acompanhar as tarefas de seu filho; • Busque horários e locais adequados para as tarefas de casa e para as atividades de “letramento”. Mesmo motivada, a escrita e a leitura não podem competir, por exemplo, com a televisão, com o irmão muito menor que mexe em tudo, com os videogames, com o horário do desenho predileto ou do playground, entre outros;
• Se a criança demonstrar desinteresse pelo convite à escrita e leitura, não desista. Busque outro horário, outro momento, insista, mas sempre com bom senso;
• Visite bibliotecas e livrarias com a criança e exercite com ela a escolha de títulos. Busque conhecer suas preferências literárias. Você pode se surpreender...;
• Envie para a escola, mesmo que não tenha sido solicitado, pesquisas, textos, material de leitura em geral, que você tenha trabalhado com a criança, de forma que ela possa socializar com os colegas e professor;
• Não deixe de fazer a leitura dos livros enviados pela escola e de outros títulos que você oportunizar a ele;
• Ao final da leitura de um livro ou texto, comente sua opinião sobre o que foi lido e pergunte o que ele achou, que parte mais gostou, se indicaria para outra pessoa, entre outros. Isso é fazer a criança perceber a “função social da leitura e da escrita”, afinal, não se aprende a ler e escrever somente para fazer tarefas escolares;
• Incentive e elogie cada avanço e conquista, afinal, a apropriação do código escrito não é uma tarefa fácil;
• É comum que os pais tenham dúvidas sobre o processo. Se isso acontecer, busque a escola e a equipe pedagógica da instituição em que seu filho estuda;
• O mais importante: divirta-se e se emocione com este momento mágico e surpreendente da vida de seu filho, pois ele tende a passar muito rápido.

Texto de Rosa Maria de Almeida V. Figueiredo, pedagoga e coordenadora pedagógica da Vira-Virou Escola Brasileira da Infância, do Rio de Janeiro (RJ),

Manual do professor de sucesso


É... os tempos mudaram – assim como o perfil da nova geração de alunos. É simplesmente impensável, nos dias de hoje, para um professor, limitar-se ao quadro negro e a sala de aula. A televisão, veículos segmentados e, principalmente, a Internet, propiciam uma possibilidade de acúmulo de informações jamais vista. Há alunos que chegam “afiados” na escola, e sem a menor paciência para seguir aquele plano didático tradicionalmente lento e cansativo. Na mesma medida, existem outros que não acompanham o ritmo acelerado dos primeiros. E cabe a quem, lidar de maneira sensível e eficiente com a situação? A você, professor, que também tem de mudar se quiser ser desejado pelo mercado de trabalho.

  Dicas para descobrir comportamentos e qualidades considerados primordiais na hora da contratação de um professor. Confira as dez mais valiosas listadas a seguir, resultado dos assuntos mais abordados por eles!

1) Visão e valores da instituição
Procure conhecer a filosofia de conduta da escola para a qual se candidatou; metodologia de ensino e material didático. Se o ambiente e as idéias lhe agradam é porque há identificação. As instituições de ensino procuram se destacar no mercado oferecendo propostas novas, e o professor deve estar ciente. Carlos Dorlass, diretor geral das escolas Positivo, afirma: “Nossa expectativa é que os novos contratados estejam rapidamente integrados à filosofia da instituição e que possam contribuir, por meio de suas experiências, para transformar pensamentos em ações e sonhos em realidades.” Adaptação, neste caso, é tudo. O aspirante deve se mostrar flexível a mudanças.

O psicopedagogo Marcos Meier, diretor geral do Grupo Martinus, dá uma amostra da postura da escola em relação a seus profissionais: “Procuramos formar nossos professores nas semanas pedagógicas refletindo com eles os princípios que nos norteiam. Além disso, nas reuniões pedagógicas há espaço para que se questione a postura da escola em relação às questões mais práticas.” Portanto, esteja sempre preparado para abrir mão de velhas convicções.

2) Imagem de credibilidade do profissional
Transmita uma imagem de competência e confiabilidade. O professor é, para seus alunos, um espelho da sociedade. Para os pais e a comunidade, é um reflexo da instituição. Demonstração de ética profissional é fundamental. “A gente espera que o pretendente a uma vaga seja, em primeiro lugar, ético o suficiente para não denegrir a imagem da escola onde está atualmente”, revela Meier.

Porém, não abra mão de suas características. As escolas se interessam por profissionais variados, e simular um perfil que você julga mais adequado apenas demonstrará falta de personalidade. “A gente, obviamente, procura e quer que exista uma diversidade de professores na escola. Tanto na forma de pensar, em termos de ideologia, como também na postura”, diz Jacir Venturi, diretor do Colégio Unificado.

3) A experiência de um professor é sua melhor testemunha
Experiências bem-sucedidas em trabalhos anteriores são muito importantes para mostrar o que você pode oferecer à instituição. Inovação é tudo. Não basta ter lecionado durante vários anos se você nunca deixou de seguir a cartilha em alguns momentos. “O que a gente quer é que o professor tenha a capacidade de inovação, criatividade e adaptação. Um professor que esteja à frente do seu tempo”, revela Gleyds Silva Domingues, diretora de ensino do Colégio OPET. “Não que uma pessoa sem experiência não possa ter chances, mas a experiência e a formação podem te dar algumas pistas de como esse professor pensa a educação”, complementa Eloísa Ponzio, diretora de formação contínua e eventos do Grupo Pueri Domus.

A inovação e criatividade entram neste mesmo quesito, de experiência, de acordo com a opinião de Alberto Francisco do Nascimento, coordenador de vestibular do Anglo. “Os docentes têm toda a liberdade para inovar, para sair da sala de aula, fazer algo diferente. Tem professor que gosta de usar power point, de fazer demonstrações em sala, para tudo isso eles tem nosso respaldo. Não precisam ficar só na aula teórica, apesar do vestibular não exigir nenhum exame prático”, exemplifica.

4) Domínio pleno na sua área
O mercado está cada vez mais segmentado. Por isso, é imprescindível que você domine amplamente o conteúdo que pretende lecionar. E tão importante quanto conhecer a matéria é saber transmiti-la aos alunos. Élio Mega, coordenador do Curso Etapa, exige que o profissional, além de dominar o assunto, seja, também, um bom comunicador. "Acima de tudo, o professor deve mostrar que seus alunos estão aprendendo com a sua didática, e que estão apreciando seu trabalho", diz. Alberto, do Anglo, faz coro: "Muitas vezes, a pessoa pode ter um conhecimento vasto, mas não tem aquele dom pra ser professor, não consegue transmitir o conteúdo de maneira eficiente. Ou, às vezes, ele pode até ter o dom, a didática, mas ele não tem aquele domínio que desejamos sobre o conteúdo."

Walter Castelli Jr., diretor pedagógico do Sistema Integral de Ensino vai ainda mais longe. "O candidato deve dar igual atenção aos três componentes principais da profissão de professor: a gestão da informação, que compreende o domínio de conteúdos específicos e de metodologias de transposição didática, a gestão de relacionamento humano e a autogestão, que compreende a capacidade do professor de se manter em harmonia consigo mesmo para fazer bem o seu trabalho."

5) Ser professor é mais que uma profissão
A educação acompanha o profissional 24 horas por dia. Portanto, não deixe dúvidas de que escolheu a profissão certa! É preciso amar o que faz e educar com entusiasmo. "Para nós é fundamental a garra, a vontade de trabalhar com o jovem. Analisamos muito isso. É fundamental ter “clima”, ter gosto pela profissão", ressalta Jacir Venturi. No Opet, a procura é por profissionais que trabalhem com as questões de valores, que tenham um bom exercício de cidadania. "O que a gente quer é um profissional que esteja à frente do seu tempo", reforça Gleyds Silva. "É necessário que nele se manifeste alegria e satisfação por estar no trabalho; o prazer do relacionamento com os alunos e colegas no trabalho, a construção do conhecimento", resume Castelli.

Outro aspecto interessante é a responsabilidade social que, hoje, é uma tendência do mercado. Quando falamos em educação, ela torna-se ainda mais indispensável. "O educador precisa ser socialmente responsável, no que diz respeito a cidadania, meio ambiente e outras vertentes da sociedade. Precisa, ainda, envolver os alunos com estas questões", diz Élio Mega, do Etapa.

6) Eterno aprendiz
O mundo está mudando cada vez mais rápido e, junto com ele, as crianças e adolescentes. Se você resolver “estacionar”, estará obsoleto em pouco tempo. Humildade para reconhecer os pontos pouco desenvolvidos é algo bem valorizado. Mas a disposição para treiná-los é ainda mais. “A questão da formação contínua é uma demanda não só da área educacional, mas do mercado como um todo. E quando a gente fala de professor, isso fica ainda mais destacado, porque lidamos com a formação de crianças e de jovens. E eles, rapidamente, acompanham os ritmos de mudança, incorporam novas formas de aprender, de estudar, enfim, novas tecnologias”, reitera Eloísa, do Pueri Domus.

Cursos oferecidos pela própria escola, congressos, seminários, reciclagens, tudo é válido. Além do aperfeiçoamento e atualização profissional, seu networking é trabalhado naturalmente, o que lhe abra a mente para novos conceitos e tendências.

7) Bagagem
Boa cultura geral é indispensável. Experiência de vida e conhecimento de causa, além de conquistar o respeito dos alunos e da instituição, fornece instrumentos para exercitar a interdisciplinaridade. “A formação cultural do educador é muito importante. Para um professor ser um profissional bacana é legal que ele assista a filmes, leia livros, esteja por dentro das coisas, tenha uma vivência cultural. Que ele conheça poesia, leve até a sala de aula um livro, debata com os alunos um filme. Não é uma formação técnica, isolada. É formação pessoal para professores de qualquer área”, explica Eloísa. Afinal de contas, como esperar do aluno admiração por uma pessoa que domina as fórmulas e equações mais complexas, mas, em contrapartida, não conhece absolutamente nada de cinema, teatro, literatura, dança, ou cultura em geral?

8) Trabalho em equipe
Não se aconchegue no conforto de sua sala de aula, isolando-se dos outros professores e demais profissionais. A troca de experiências é fundamental para um retorno positivo. Não esqueça! Seus colegas conhecem os alunos tanto quanto você. Marcos Meier, do Martinus, afirma que “procura pessoas que saibam se relacionar e trabalhar em equipe e que não tenham resistências para fazer as interações com as outras áreas do conhecimento nem com os outros profissionais da escola”. Segundo ele, “um professor que tenha dificuldade de se relacionar, fundamentalista em relação a questões políticas, religiosas ou filosóficas, acaba dando mais valor a teorias ou sistemas do que a pessoas.”

Sugestões e novas idéias são sempre bem-vindas, quando acompanhadas de humildade. “Não gostamos muito quando o profissional tem uma postura prepotente, porque isso vai, sem dúvidas, dificultar a integração com o grupo. Uma característica muito importante é a de entrar em uma equipe formada e se integrar, saber trabalhar em equipe na hora do desenvolvimento de projetos e atividades, reforça Arnaldo William Pinto, diretor pedagógico do COC.

9) Não se atenha aos meios convencionais
Tenha uma visão de 360º ao procurar uma colocação. Devido ao excesso de profissionais no mercado, as instituições de ensino anunciam cada vez menos em jornal. “Certa vez nós anunciamos no jornal que precisávamos de dois professores de Português. Nós tivemos 115 candidatos. Aí vem todo esse processo seletivo que se torna extremamente trabalhoso, pois acabamos nos perdendo pelo excesso de gente”, relata Jacir Venturi.

Os currículos ainda são a principal forma de contato inicial entre professor e escola, com poder decisivo de escolha. Portanto, não abandone totalmente esses meios, mas fique sempre antenado para indicações. “Quando precisamos de um professor de Química, por exemplo, nós vamos até os professores de Química da escola para ver se tem alguém para indicar, porque, geralmente, eles dão aula em mais de uma escola e conhecem muitos outros professores. Esse critério tem um valor extraordinário”, complementa Jacir.

10) O professor na era digital
Você não precisa ser um expert da informática, ou um aficionado por Internet. Mas alguma facilidade com as novas tecnologias do mercado ajudam, e muito. Várias escolas dispõem, hoje, de plantões 24 horas para sanar dúvidas dos alunos, pela Internet. Ou, então, de lousas digitais, canhões multimídia, retroprojetores e aí por diante. “Uma característica importante, e que é pré-requisito para nós, é a de o candidato ter um bom trânsito com os recursos digitais em geral.

Ele não precisa estar preparado para trabalhar exatamente com o recurso que nós utilizamos em nossa escola, mas ele também não pode ser um analfabeto digital. Tem que ter alguma formação, tem que ser uma pessoa que conecte freqüentemente a Internet, para poder estar em sintonia com o que esta acontecendo no mundo e, principalmente, na área dele. Isso é muito importante”, explica o diretor pedagógico do COC. Se tecnologia não é o seu forte vale a persistência, humildade e disciplina para incorporá-la ao seu cotidiano de trabalho!

Germano Assad

Educação, tecnologia e seus caminhos

 Nos nossos tempos modernos, em que mudanças vertiginosas estão ocorrendo, mais importante que “aprender a aprender” é “aprender a desaprender”. Só que aprender a desaprender é bem mais difícil. Crenças, depois de estabelecidas, não podem mais ser apagadas, só enfraquecidas.
O mundo está se transformando, novas descobertas acontecem e a distância entre o presente e o futuro se torna cada vez menor.
É claro que a tecnologia não é responsável por toda a transformação cultural que ela impulsiona. A mudança tecnológica apenas cria novos espaços de possibilidades a serem, então, explorados – no caso das novas tecnologias da informática, seriam rede de computadores, processamento de linguagem, inteligência artificial, linguagens icônicas, hipertextos, multimídia... O educador precisa acompanhar a evolução tecnológica, para que o processo de ensino-aprendizagem ocorra de forma eficaz.
Sabemos que para uma planta crescer temos que podá-la. E como “fazer isto” com o professor? E com o aluno?
Configura-se que, na escola moderna, aluno aprende com professor; professor aprende com aluno; aluno aprende com aluno (este tem ganhado grande espaço no contexto educacional, quando se trata de aprendizagem por projetos) e professor aprende com professor.
Os conteúdos e as aprendizagens são orientações expressas pela atual forma educativa, onde surge uma preocupação pela adequação à realidade inserida. A escola acorda e começa a trilhar um caminho entre a teoria e a prática e o ensino globalizado.
As dificuldades levam a escola a se “re” organizar, a aprofundar e adotar uma postura diante da questão. O ponto alvo está em o diretor ouvir os professores, os alunos, os funcionários e, juntos, montarem uma proposta metodológica, um plano de trabalho, enfim uma trajetória de vida para a escola.
Paulo Freire deixa claro em seu livro Pedagogia da autonomia que somente um método será capaz deste efeito: "a ação e o diálogo".
O diálogo é a base do método de Paulo Freire. Mas o que é o diálogo? É uma relação de comunicação de intercomunicação, que gera a crítica e a problematização, uma vez que é possível a ambos perguntarem "por quê?” “Dia” significa ultrapassar e “logo” significa razão. Diálogo no estudo da raiz da palavra se caracteriza por: ultrapassar para o lado da razão.
O diálogo nutre-se, portanto, da humildade, da simpatia, da esperança, da confiança dos que o realizam, passando sim para o lado da razão, onde o primeiro passo será a "ação".
O respeito mútuo implica na superação dos próprios pontos de vista e implica em compartilhar com o outro uma escala de valores e juntos definirem as metas a serem trabalhadas.
Jean Piaget, Paulo Freire, Humberto Maturana, autor de Uma nova concepção de aprendizagem (Ed. Dois pontos), e outros autores ressaltam que é só na cooperação que a superação da crise se efetiva. O homem isolado não chegaria jamais a conhecimento algum. O fenômeno do amor é que permite a transformação, pois é só vendo-se no outro que se tem coragem de promover a mudança ética. Piaget considera que, nas relações cooperativas, o respeito mútuo é uma exigência.
É preciso que o processo educativo não transmita certezas, que ele seja agradável e significativo, privilegie a expressão e a comunicação de todos os participantes, promova o encontro, a convivência e a cooperação.

Texto da pedagoga Divina Salvador Silva enviado ao Jornal Virtual. Ela é educadora, especialista em Tecnologias Aplicadas à Educação pela PUC/SP e especialista em EaD pelo SENAC/RJ

domingo, 16 de maio de 2010

Gerações Interativas

Divulgação

Gerações Interativas é um projeto internacional, que tem como objetivo compartilhar conhecimentos sobre os hábitos de crianças e adolescentes em relação às telas digitais: Internet, celular, televisão e videogame. Para tanto, são realizadas pesquisas em escolas de países iberoamericanos, com o objetivo de conhecer em detalhe o uso e a valorização das telas digitais entre os alunos de 6 a 18 anos, assim como o impacto desse uso no âmbito familiar e escolar.

No Brasil, a segunda edição da pesquisa Geração Interativa será lançada a partir de 20 de maio de 2010. E a sua escola pode participar! Basta ter computadores conectados à Internet. A pesquisa será aplicada por meio de um questinário on line que os estudantes respondem, anonimamente, em suas escolas. Cada escola recebe uma senha de acesso para ser utilizada por todos os alunos. Para receber essa senha, a escola deve preencher um formulário na Internet. ( a ser divulgado no dia)

A escola participante da pesquisa receberá relatórios personalizados sobre os dados coletados na sua instituição. A partir desse diagnóstico, é possível planejar como integrar essas informações e a temática do uso responsável das telas digitais em seu projeto educativo, trabalhando com educadores, alunos e suas famílias.
fonte:Educarede

17 de maio, dia da internet!!!

Dia da Internet: a serviço da inclusão digital
Criado em 2005, 17 de maio se transformou na data para promover a expansão de usuários da rede. Em 2010, mais de 20 países realizam ações locais.

Segundo dados do Painel IBOPE/NetRatings, em dezembro de 2005, o Brasil contava com 12,2 milhões de internautas domiciliares ativos, com média de aproximadamente 18 horas de navegação por mês. A mesma pesquisa indica que em dezembro de 2009, quatro anos depois, o número de usuários cresceu vertiginosos 234%. Passou para 28,5 milhões de brasileiros que navegam pela Internet de casa, com uma média de 30 horas/mês. O tempo de navegação aumentou 167% em quase meia década.

Os números indicam uma tendência definitiva. Seja no Brasil ou em qualquer outro país do mundo, é evidente a importância que a Internet passou a ter no dia-a-dia das pessoas. Vivemos em um mundo cada vez mais conectado e as redes sociais são um bom exemplo disso. Orkut, Facebook, Twitter e tantas outras são acessadas diariamente por pessoas de todo o planeta. Novas amizades, contatos profissionais e formas de se relacionar não são mais exclusividade do mundo presencial das ruas. As relações entre as pessoas já podem ser estabelecidas e sustentadas somente no mundo virtual.



 

Nos últimos quatro anos, portanto, o mundo presenciou um grande avanço em relação ao uso das tecnologias. No entanto, a maior parcela da população do planeta ainda não tem acesso à rede, seja por questões financeiras, falta de interesse ou conhecimento. Segundo a Internet World Stats, em dezembro de 2009, 73,4% da população mundial ainda não acessava a web.

É pela mudança desse cenário que, desde 2005, a Associação de Usuários de Internet, entidade espanhola sem fins lucrativos constituída em Madri, se preocupa com a necessidade de expansão de usuários da rede e pensa numa forma de levar ao público, de maneira geral, os benefícios e o conforto que a utilização da Internet traz.

Foi com esse objetivo que nasceu o Dia da Internet, há meia década, por iniciativa da associação espanhola. No mesmo ano de 2005, durante a II Cúpula Mundial da Sociedade da Informação, realizada em Tunis, as Nações Unidas aprovaram o dia 17 de maio como Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação, compartilhando metas idênticas às do Dia da Internet.


O que é o Dia da Internet?


É um projeto em rede que surge da sociedade, pela sociedade e para a sociedade, e está aberto à participação voluntária e gratuita de todos os países do mundo. Um dos aspectos principais do evento é a liberdade para cada uma das nações comemorarem o seu Dia da Internet e pensarem em ações locais que possam incluir a parcela da população que ainda não tem acesso à cultura digital.


Dia da Internet 2010 no Brasil e no mundo


Segundo o site oficial do Dia da Internet, estão programados mais de quatrocentos eventos em 23 diferentes países para o 17 de maio deste ano. Cada Nação organiza o evento ao seu modo. Serão realizadas ações solidárias, concursos, conferências e cursos de formação mundo afora. No Brasil, a responsável pelas ações do Dia da Internet é a Internauta Brasil, organização não-governamental que atua com a inclusão digital.

O projeto idealizado pela organização é o "Quem tem medo de computador?", em que pais e avós de alunos de telecentros da prefeitura de São Paulo que ainda não foram incluídos na cultura digital serão apresentados ao computador por meio de noções básicas de manuseio de programas e de navegação em rede.

O público aprenderá a fazer trabalhos e difundi-los pela web com a abertura de contas de e-mails. Depois da realização do curso, haverá uma mesa redonda na qual serão discutidos temas como a realização do Dia da Internet, a importância da Internet na vida das pessoas e os benefícios que uma sociedade conectada conquista a partir da possibilidade de comunicação em rede entre as pessoas.

Os benefícios que a Internet pode oferecer para a Educação

O EducaRede Brasil também organiza ações integradas ao Dia da Internet. A primeira é o lançamento no Brasil da segunda edição da pesquisa Geração Interativa, realizada com crianças e adolescentes de 6 a 18 anos de idade.

O objetivo do estudo é conhecer em detalhe o uso e a valorização das telas digitais (Internet, celular, televisão e videogame) entre a população dessa faixa etária, assim como o impacto desse uso no âmbito da família e da escola. A pesquisa serve de base para educadores, pais e adultos de uma forma geral entenderem a geração que já nasceu teclando.

A pesquisa será aplicada por meio de um questinário on line que os estudantes respondem em suas escolas. Cada escola recebe uma senha de acesso para ser utilizada por todos os alunos. Para receber a senha, a escola deve preencher um formulário na Internet, disponível, a partir de 20 de maio, na página do Gerações Interativas.

A segunda ação é um chat sobre
REA - Recursos Educacionais Abertos com Carolina Rossini, pesquisadora da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e coordenadora do Projeto REA no Brasil. A entrevista on line será realizada no dia 17/05, às 16 h. Para participar, acesse a seção Bate-papo do EducaRede no dia e horário marcados. 

Você sabe o que é REA? Segundo Bianca Santana, pesquisadora da Casa da Cultura Digital, "recursos educacionais abertos é uma comunidade internacional que trata os materiais educacionais como bens de toda a humanidade. A ideia é que planos de aula, softwares, artigos, livros e todo o material que contribua para o ensino e a aprendizagem possa estar disponível na Internet para todas as pessoas usarem livremente, estejam elas onde estiverem".

Santana complementa: "Imagine só um adolescente no sertão de Pernambuco pegar um material que um professor da USP colocou na Internet e estudar junto com os colegas?". Ouça o podcast (acima) com Bianca Santana e conheça mais sobre o REA.
 
Por José Alves 

sábado, 15 de maio de 2010

Não é burrice, nem preguiça!

 

Seu filho não copia direito os textos da lousa? Tem dificuldade para entender o que o professor fala? O que parece preguiça pode ser um problema de saúde que afeta o rendimento escolar

Uma dorzinha no ombro, um apertar de olhos para copiar a matéria da lousa ou uma enorme dificuldade para se concentrar. Esses sintomas tão banais, que costumam passar despercebidos por pais e professores, são sinais de problemas que podem afetar o rendimento escolar do seu filho.

A maioria dos distúrbios relacionados aos sentidos (como visão e audição), ao movimento e à atenção interferem diretamente no aprendizado. "É importante levar as crianças regularmente ao médico, para acompanhar o desenvolvimento e detectar algo anormal logo cedo", sugere o pediatra Fábio Ancona Lopez, da Universidade Federal de São Paulo.

Com 1 ano de idade, os pequenos devem ir mensalmente ao pediatra; no segundo ano de vida, de três a quatro vezes por ano. Se você tiver filhos maiores, leve-os ao médico uma vez por ano. Será que não está na hora de levar seu filhote para fazer um check-up? Levantamos com os especialistas Alberto Gallo Neto, oftalmologista do Instituto Penido Burnier; Fábio Ancona Lopez, pediatra da Unifesp; Francisco Guarniero, psiquiatra; e Susi Mary de Souza Fernandes, fisioterapeuta da Universidade Presbiteriana Mackenzie 6 problemas de saúde que atrapalham na escola:

Dificuldade de copiar 

Pode ser - Miopia

Sinais - A criança não consegue enxergar de longe e aproxima o rosto do caderno para ler ou escrever. É muito raro uma criança reclamar disso, porque tudo parece normal para ela - como sempre foi.

O que fazer - Coloque um cartaz com algo escrito e afaste-o do seu filho. Se você conseguir ler e ele não, leve-o ao oftalmologista.

Tropeços e falata de habilidade esportivas

  Pode ser - Astigmatismo

Sinais - Seu filho vê as imagens distorcidas, quer estejam próximas ou afastadas dele. Em casos mais sérios, a visão fica borrada. Essa alteração pode estar presente já nos primeiros anos de vida ou se manifestar com o crescimento da criança.

O que fazer - Toda criança precisa fazer um exame básico de visão quando tiver entre 4 e 5 anos.

Letra ruim ou esforço para escrever

Pode ser - Hipermetropia

Sinais - O aluno tem muita dificuldade para enxergar de perto. Por não conseguir focalizar palavras escritas, seu filho pode sentir desconforto e até dor de cabeça. A hipermetropia Pode ser - diagnosticada por um médico logo nos primeiros anos de vida.

O que fazer - Leve seu filho ao oftalmologista para um teste inicial e sempre que ele passar por dificuldades para ler ou escrever.

Desatenção ou dor de ouvido

Pode ser - Infecção

Sinais - Geralmente depois de gripes ou resfriados, a criança ouve menos e sente febre e desconforto. Em alguns casos, o ouvido fica com pus. É um problema muito comum na infância.

O que fazer - Leve-o ao pediatra. Esse especialista poderá encaminhar seu filho a um otorrinolaringologista, médico que trata problemas de nariz, ouvido e garganta.

Cansaço ou postura errada

 Pode ser - Escoliose

Sinais - Dores no braço, na mão, no ombro ou no quadril indicam que uma das partes do corpo está sofrendo mais pressão do que outra. A causa Pode ser - um desvio na coluna. Em geral, esses problemas aparecem por causa da má postura.

O que fazer - Deixe a criança sem camisa, com as costas numa parede. Se um ombro estiver mais alto que o outro, leve-a ao ortopedista.

Agitação

Pode ser - Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade

Sinais - Aparecem logo cedo: a criança se mostra agitada, impulsiva ou desatenta. Essas alterações estão presentes na escola, em casa e até nas brincadeiras.

O que fazer - Só o pediatra poderá avaliar se seu filho precisa de tratamento com um psicólogo ou um psiquiatra infantil.

 

15 critérios para escolher a escola de seu filho

 
1) Expectativa
Não é possível escolher uma escola com consciência sem antes examinar com cuidado quais são as suas expectativas em relação à aprendizagem e ao futuro de seu filho. Assim, antes de sair à procura da escola de seus sonhos, pare e pense: quero que meu filho seja alfabetizado o quanto antes? Quero que ele traga muitas lições de casa? Espero que ele produza muitos trabalhos artísticos? Gostaria que ele aprendesse idiomas estrangeiros com comprometimento? Prefiro conviver com outras famílias de mesmo nível socioeconômico? Gostaria que meu filho tivesse coleguinhas com necessidades especiais, para conviver desde cedo com as diferenças? O uso de tecnologia no cotidiano é importante para mim? Estas e muitas outras questões podem ser o ponto de partida na busca de uma escola adequada para o seu filho e que seja minimamente compatível com tudo o que você deseja para ele. "Antes de começar a busca, porém, é bom ter em mente que não existe uma escola ideal para todos, mas talvez exista uma escola apropriada para o seu filho".
 
2) Empatia
Pode parecer subjetivo, mas o "feeling" é essencial. "Qual sentimento aquele ambiente desperta nos pais?", propõe a psicóloga educacional Carmen Sílvia P. Galuzzi. Não deixe de visitar a escola durante o período de aulas, quando ela está funcionando normalmente, de preferência em mais de um dia da semana e em períodos diferentes. Ande pelo lugar, observe as pessoas, sinta o clima. Ele lhe agrada? As pessoas lhe parecem simpáticas e acessíveis? Já são ótimos sinais. Se puder, converse descompromissadamente com funcionários, alunos e outros pais. Além disso, segundo o professor José Augusto de Mattos Lourenço, o ideal é que o futuro aluno faça a visita junto com os pais. "A criança não pode ficar dessa escolha", sinaliza. Veja se seu filho se vê frequentando aquela instituição. Se ele mostrar hesitação ou repulsa, desconsidere-a.

3) Proposta Pedagógica
"Existem várias metodologias, e o importante é que a família se identifique com os ideais da escola", diz a psicopedagoga Quézia Bombonatto. Ou seja, não existe certo ou errado, mas existem métodos em que os pais confiam mais e outros em que confiam menos. Por isso, ao conversar com o diretor ou coordenador, peça explicações claras sobre a metodologia de ensino, o uso de materiais pedagógicos e até mesmo o calendário escolar. Os pais têm de entender o que se passa na escola, até mesmo para acompanharem o filho com mais segurança ao longo do ano. No caso do Ensino Fundamental I, a questão da alfabetização é crucial. Não deixe de perguntar como esse processo é realizado e veja se você concorda com ele. É importante, também, destrinchar a proposta pedagógica da escola para procurar incoerências entre o discurso e a prática. Por exemplo, a coordenadora pode dizer que todos os alunos do 2º ano já estão alfabetizados, mas, ao observar os trabalhos das crianças nos murais, você percebe que não é bem assim. Ou a fala dos profissionais é dócil e consciente, mas você acaba pegando uma professora dando bronca num aluno no pátio. Isso vale, inclusive, para o método que a escola afirma adotar. "Muitas escolas, por exemplo, se dizem construtivistas e anunciam que respeitarão o ritmo da criança. Mas ali o conhecimento está mesmo sendo construído?", questiona Quézia. Um aspecto que também não pode faltar no momento da escolha é a relação que a escola pretende ter com os pais. Não se esqueça de perguntar sobre a frequência das reuniões de pais e mestres, atividades realizadas com os pais e, enfim, sobre a cumplicidade entre a família e a instituição - lembrando que, quanto mais aberta for essa relação, maior a possibilidade de bem-estar para o aluno.
4) Atualidade da escola
 
A Educação, assim como as outras áreas do conhecimento, se encontra em constante transformação. Novas pesquisas são apresentadas todos os anos, e os profissionais refinam a sua formação para entender melhor a relação ensino/aprendizado. A escola mantém-se por dentro dessas descobertas? Busca melhorar seus métodos? Possui profissionais atualizados? A atualidade é um aspecto imprescindível para a qualidade da Educação. "A escola não pode ficar parada no tempo", aponta a psicóloga educacional Carmen Sílvia P. Galuzzi. "É interessante observar se a escola recorre a recursos inovadores para ensinar, como aulas de robótica ou em laboratórios bem equipados", complementa o professor José Augusto de Mattos Lourenço.
 
5) Professores
No Ensino Fundamental I, não há obrigatoriedade de formação específica para os professores, mas, por lei, todos têm de ser graduados em pedagogia. A partir do 6º ano, quando começa o segundo ciclo do Ensino Fundamental, passa a ser obrigatória a formação específica - um professor de geografia, por exemplo, tem de ser formado em geografia. Mas, apesar da falta de obrigatoriedade, muitos colégios optam por professores altamente especializados, com outras formações além da pedagogia e, às vezes, até mestrado. E, quanto melhor a formação dos professores, melhor provavelmente será a escola. "Outro ponto a ser checado é a rotatividade dos professores. Se há um entre e sai muito grande, pode-se imaginar que há um problema naquela instituição. Se, por outro lado, muitos professores tiverem se desenvolvido ao longo dos anos ali, é um bom sinal", considera a psicóloga educacional Carmen Sílvia P. Galuzzi, que lembra, ainda, da importância da formação continuada para os professores. Quem ensina não pode parar de estudar. Durante a visita à escola, procure também observar a relação dos professores com os alunos. Eles são atenciosos? Parecem dedicados? Se puder conversar com o futuro professor de seu filho, melhor ainda.
 
6) Estrutura
"A escola é um espaço para ensinar e aprender. Não precisa ser um clube", ressalta Quézia Bombonatto. Isso significa que os ambientes da escola têm de ter uma função no aprendizado da criança, e não apenas trazerem status à instituição. Quadras para a prática de esportes nas aulas de educação física, sala de música e de artes, laboratório de ciências, sala com computadores e, claro, uma boa biblioteca são essenciais. Se houver outros espaços que os pais considerem interessantes, ótimo. Mas é bom não se deixar levar apenas pela bela decoração.
 
7) Método de Avaliação
Assim como os pais têm de se identificar com a linha pedagógica adotada pela escola, o método de avaliação também não pode escapar às conversas que antecedem a matrícula. Como a escola avalia o aluno? Há notas e/ou conceitos? A participação em sala de aula conta? E os trabalhos em grupo? São feitos relatórios para os pais? E a lição de casa, como funciona? Um ponto fundamental é se a escola oferece reforço para os alunos que não estejam conseguindo acompanhar no mesmo ritmo da classe. Em geral, são aulas dadas ao longo do ano letivo, fora do horário normal. O reforço pode evitar reprovações e assegurar a inclusão do aluno. "Vale a pena questionar toda a parte regimental da escola, inclusive aspectos de disciplina", afirma o professor José Augusto de Mattos Lourenço. Lembre-se: não adianta colocar seu filho numa escola rígida e depois criticar, em casa, os métodos de avaliação, ou vice-versa. Os pais têm de confiar no julgamento da instituição para que a criança se sinta mais segura.
 
8) Número de alunos
Os pais muitas vezes acreditam que, numa escola menor, seu filho receberá mais atenção. Isso, porém, é uma falácia, pois a atenção dada a cada criança não tem a ver com o tamanho da escola ou o número de alunos, mas com a equipe de profissionais que trabalha lá. "Quanto menor o número de alunos por profissional, melhor", lembra o professor José Augusto de Mattos Lourenço. A psicóloga educacional Carmen Sílvia P. Galuzzi reitera: "Não importa se a escola é grande ou pequena. O que importa é a relação entre o número de profissionais e de alunos". Ou seja, uma classe de 30 alunos com uma professora e uma professora auxiliar pode ser tão bem atendida quanto uma de 20 com apenas uma professora. É interessante verificar, também, se há pelo menos uma coordenadora e uma orientadora pedagógica por ciclo. Uma psicóloga por ciclo também é bem-vinda. O importante é que todos os alunos, sejam eles 100 ou 5 mil, sejam bem atendidos na instituição.
 
9) Localização
Em geral, os pais não querem que os filhos passem muito tempo no trânsito das grandes cidades, pelo estresse que isso pode trazer à criança e/ou por razões de segurança. E têm razão. "É melhor optar por uma escola mais próxima à sua casa, para que a criança não fique atravessando a cidade", aconselha Quézia Bombonatto. A psicóloga educacional Carmen Sílvia P. Galuzzi lembra, ainda, de outro aspecto: "É bom verificar se a escola possui lugar para estacionar no horário da entrada e da saída, para que esses momentos não virem um sacrifício cotidiano na vida de pais e filhos".
 
10) Mensalidade
A regra é simples: os pais têm de optar por uma escola que caiba em seu orçamento familiar, evitando sacrifícios e uma possível inadimplência. "O lado pior de não ficar em dia com a mensalidade é que a criança percebe quando seus pais não pagam a escola e se ressente disso", ressalta o professor José Augusto de Mattos Lourenço, que lembra, ainda, que a mensalidade de uma escola não está apenas relacionada à qualidade que ela afirma ter (ou mesmo à qualidade comprovada), mas a outros fatores, como os equipamentos pedagógicos (livros, computadores, laboratórios), a localização - o IPTU de um grande terreno num bom bairro é muito maior - e a formação de seus professores, que podem receber salários mais altos do que a média quando possuem pós-graduação. Antes de fazer a matrícula, questione também quais serão os gastos extras realizados durante o ano, como excursões, viagens e compra de materiais. Com essa previsão, você evita sustos tardios.
 
11) Atividades extracurriculares
Muitas escolas hoje oferecem aulas de natação e outros esportes, de dança, de música e de idiomas estrangeiros fora do período de aula, o que pode facilitar muito a vida dos pais que trabalham e não podem ficar se deslocando com as crianças o dia todo. Se realizarem atividades extras na escola, os alunos podem permanecer lá em período integral. Porém, é importante lembrar que a criança precisa de tempo para fazer a lição de casa, para brincar e para descansar, todos os dias. E que o tempo que ela passe com os pais ao chegar em casa tem de ser de qualidade. "Escola não é depositário de criança", como bem lembra a psicopedagoga Quézia Bombonatto. Isto é: não pense que deixar seu filho o dia inteiro na escola irá garantir a Educação dele.
 
12) Limpeza e segurança
Visitar os banheiros da escola pode ser uma maneira rápida de verificar o cuidado com o asseio, como lembra o professor José Augusto de Mattos Lourenço. Veja se os materiais pedagógicos ficam bem dispostos nas salas, se as carteiras são limpas e se, de maneira geral, o ambiente está organizado. Em relação à segurança, questione se estranhos podem entrar ou sair da escola a qualquer hora e se alguém ficará com a criança caso os pais demorem a ir buscá-la. A escola tem de garantir um bom esquema de vigilância, para que os pais fiquem sossegados e os alunos, seguros.
 
13) Alimentação
A obesidade infantil tem sido uma das principais preocupações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Se você quer que seu filho passe longe dessa epidemia mundial, além de preparar lanches saudáveis para ele levar na lancheira, verifique antes da matrícula se a cantina oferece opções balanceadas para os dias em que ele tiver de comprar a merenda ou almoçar na escola. Se a própria escola fornecer lanches, questione se há um nutricionista por trás da elaboração do cardápio. Refrigerante e salgadinhos não apenas engordam, como podem não garantir a energia necessária para que seu filho fique atento e disposto a aprender.
 
14) Inclusão
O conceito de inclusão, que pressupõe um tratamento igual a todos os alunos e uma relação consciente com a sociedade como um todo, está muito presente nas escolas, mas nem sempre é praticado como deveria. Se seu filho apresenta algum tipo de deficiência física e/ou intelectual, não se deixe levar por um discurso bonito antes de conversar com outros pais a respeito da atitude da escola para com as crianças com necessidades especiais. "A referência de quem convive ali no dia a dia é a melhor, pois muitas escolas se dizem inclusivas, mas acabam incitando a marginalidade", argumenta Quézia Bombonatto. Ainda a respeito do ideal de inclusão, vale a pena investigar se a escola propõe projetos sociais para a comunidade e se possui convênios com ONGs e instituições de caridade. No mundo de hoje, a questão social não pode passar em branco, muito menos para as crianças, que serão os cidadãos de amanhã.
 
15) Adaptação
Depois de feita a escolha, a primeira coisa a que se deve prestar atenção é se a criança está feliz. De nada adianta a escola parecer a oitava maravilha do mundo se seu filho não estiver bem adaptado. "Como a criança está indo para a escola? Você nota alegria?", questiona o professor José Augusto de Mattos Lourenço. Uma boa adaptação não só garante o bem-estar de seu filho, como uma abertura muito maior ao aprendizado.
fonte: educar para crescer
 

ORIENTAÇÃO VOCACIONAL

Falando sobre a escolha da carreira com seus alunos

Professor, você já parou para pensar em como somos referência para os nossos alunos, ao discutirmos sobre a importância da escolha da carreira? Este é um dos fatores mais determinantes na vida de uma pessoa. Você já pensou nisso? Para falar nesse assunto tão polêmico, escolhi fazer as perguntas a vocês, em nome de seus alunos e... também vou respondê-las. Vamos a elas:

Quais os principais critérios que as pessoas devem levar em conta na hora de definir a carreira?

O processo de começar a pensar na carreira normalmente ocorre entre os 17 ou 18 anos de idade, período em que o aluno passa por transformações hormonais, psicológicas e comportamentais. Podemos afirmar que este não é o melhor momento dessa escolha, correto? Corretíssimo! Minha indicação é que, nesta fase a que me refiro, o estudante busque informações sobre os mais variados cursos, procurando conversar com profissionais que admira, saber do dia a dia das tarefas e atividades desse profissional, fazer consultas em sites ou livros sobre profissões do momento e até aquelas quase esquecidas... Enfim, fazer um trabalho organizado para elaborar, desenvolver e escolher a melhor opção que possa conduzi-lo a uma profissão que, por vezes, poderá não ser a definitiva, pois a cada dia novos desafios lhes serão apresentados e o aprendizado continuado será cada vez mais exigido.

Quais são as áreas mais promissoras atualmente?

A mídia impressa e os noticiários recentemente têm investido em entrevistas e matérias relevantes frente a esta questão e apontado um crescimento cada vez maior dos cursos técnicos, os quais podemos citar aqui alguns: Mecatrônica, Elétrica, Eletrônica, Logística, Mecânica, CNC (Comando Numérico por Computação), Segurança do Trabalho, Sistemas de Informações, entre outros. Cabe a cada aluno escolher a melhor opção, levando em conta o conhecimento que tem das disciplinas constantes no currículo dos cursos (e para isso é preciso pesquisar!); saber que a prática é uma parte importante e essencial nos cursos técnicos, o que facilita sobremaneira a consolidação do profissional na carreira que irá abraçar.

Qual seria o perfil do profissional do futuro? Quais características passam a ser fundamentais para o sucesso profissional?


Sem dúvida alguma, o perfil ideal do profissional atual e do futuro é a capacidade que o indivíduo tem de aprender sempre, ter flexibilidade, ser pró-ativo, comprometido com seus processos, sua carreira e sua vida, e ter, principalmente, o hábito de leitura. Este último item o tornará mais informado, mais crítico, com maior capacidade de argumentação e com um grande poder de escolha.

Podemos dizer aos nossos alunos: não existe receita pronta para o sucesso, porém, posso afirmar com bastante tranquilidade que o único lugar em que o sucesso vem antes do trabalho é o dicionário.... Por isso, é preciso se planejar, dedicar-se, ser organizado e criativo para estar pronto às exigências do mercado. Então? Mãos à obra?

Texto de Valéria Júlia Patriani, pedagoga pós-Graduada em Educação e Recursos Humanos, enviado ao Jornal Virtual.

domingo, 2 de maio de 2010

EJA... UMA REALIDADE BUSCANDO UM ESPAÇO

Nossa, quanto caminho ainda se tem a percorrer para atingir uma objetivo. Que a alfabetização esteja erradicada em nosso país. Utópico com certeza, mas me dêem o direito de sonhar!
Essa é uma disciplina que atuamente estou vendo na faculdade e que ao começar a elaborar um questionário para fazer em uma instituição de ensino de Eja. Me deparei com alguns artigos bem legais e de fácil entendimento. Confesso aqui que Paulo Freire de fato é bárbaro, mas seu vocabulário para quem esta começando é bem complicadinho... hehehe eu estou a 1 mês de finalizar a minha graduação em pedagogia e há coisas que ainda encontro barreiras, mas nada que um pouco de força de vontade e muito interesse para que essas barreiras sejam tiradas do caminho.

Bem para se falar em EJA temos que falar em Paulo Freire. Quem foi essa cara, quais eram seus pensamentos, suas metas...

  • Paulo Reglus Neves Freire nasceu no dia 19 de setembro de 1921, em Recife, Pernambuco, na época, uma das regiões mais pobres do país, onde logo cedo pôde experimentar as dificuldades de sobrevivência das classes populares. 

  • Formou-se em direito, mas não seguiu carreira, encaminhando a vida profissional para o magistério. 

  • Suas idéias pedagógicas se formaram da observação da cultura dos alunos – em particular o uso da linguagem – e do papel elitista da escola. 

  • Em 1963, em Angicos (RN), chefiou um programa que alfabetizou 300 pessoas em um mês. 

  • Em 64 o golpe militar o surpreendeu em Brasília, onde coordenava o Plano Nacional de Alfabetização do presidente João Goulart. Freire passou 70 dias na prisão antes de se exilar. 

  • Em 1968, no Chile, escreveu seu livro mais conhecido, Pedagogia do Oprimido. Para Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno. Isso significa, em relação às parcelas desfavorecidas da sociedade, levá-las a entender sua situação de oprimidas e agir em favor da própria libertação. 

  • Deu aulas nos Estados Unidos e na Suíça e organizou planos de alfabetização em países africanos. 

  • Com a anistia, em 1979, voltou ao Brasil, escreveu dois livros tidos como fundamentais em sua obra: Pedagogia da Esperança (1992) e À Sombra desta Mangueira (1995). Lecionou na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Em 1989, foi secretário de Educação no Município de São Paulo, sob a prefeitura de Luíza Erundina.

  • Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores e, entre 1989 e 1991, foi secretário municipal de Educação de São Paulo. 

  • Freire foi casado duas vezes e teve cinco filhos. Foi nomeado doutor honoris causa de 28 universidades em vários países e teve obras traduzidas em mais de 20 idiomas. 

  • Morreu em 1997, de enfarte.

Ao propor uma prática de sala de aula que pudesse desenvolver a criticidade dos alunos, Freire condenava o ensino oferecido pela ampla maioria das escolas (isto é, as "escolas burguesas"), que ele qualificou de educação bancária. Nela, segundo Freire, o professor age como quem deposita conhecimento num aluno apenas receptivo, dócil. Em outras palavras, o saber é visto como uma doação dos que se julgam seus detentores. Trata-se, para Freire, de uma escola alienante, mas não menos ideologizada do que a que ele propunha para despertar a consciência dos oprimidos. "Sua tônica fundamentalmente reside em matar nos educandos a curiosidade, o espírito investigador, a criatividade", escreveu o educador. Ele dizia que, enquanto a escola conservadora procura acomodar os alunos ao mundo existente, a educação que defendia tinha a intenção de inquietá-los.

Freire criticava a idéia de que ensinar é transmitir saber porque para ele a missão do professor era possibilitar a criação ou a produção de conhecimentos. Mas ele não comungava da concepção de que o aluno precisa apenas de que lhe sejam facilitadas as condições para o auto-aprendizado. Freire previa para o professor um papel diretivo e informativo – portanto, ele não pode renunciar a exercer autoridade. Segundo o pensador pernambucano, o profissional de educação deve levar os alunos a conhecer conteúdos, mas não como verdade absoluta. Freire dizia que ninguém ensina nada a ninguém, mas as pessoas também não aprendem sozinhas. "Os homens se educam entre si mediados pelo mundo", escreveu. Isso implica um princípio fundamental para Freire: o de que o aluno, alfabetizado ou não, chega à escola levando uma cultura que não é melhor nem pior do que a do professor. Em sala de aula, os dois lados aprenderão juntos, um com o outro – e para isso é necessário que as relações sejam afetivas e democráticas, garantindo a todos a possibilidade de se expressar.

A valorização da cultura do aluno é a chave para o processo de conscientização preconizado por Paulo Freire e está no âmago de seu método de alfabetização, formulado inicialmente para o ensino de adultos. Basicamente, o método propõe a identificação e catalogação das palavras-chave do vocabulário dos alunos – as chamadas palavras geradoras. Elas devem sugerir situações de vida comuns e significativas para os integrantes da comunidade em que se atua, como por exemplo "tijolo" para os operários da construção civil.

Diante dos alunos, o professor mostrará lado a lado a palavra e a representação visual do objeto que ela designa. Os mecanismos de linguagem serão estudados depois do desdobramento em sílabas das palavras geradoras. O conjunto das palavras geradoras deve conter as diferentes possibilidades silábicas e permitir o estudo de todas as situações que possam ocorrer durante a leitura e a escrita. "Isso faz com que a pessoa incorpore as estruturas lingüísticas do idioma materno", diz Romão. Embora a técnica de silabação seja hoje vista como ultrapassada, o uso de palavras geradoras continua sendo adotado com sucesso em programas de alfabetização em diversos países do mundo.
O método Paulo Freire não visa apenas tornar mais rápido e acessível o aprendizado, mas pretende habilitar o aluno a "ler o mundo", na expressão famosa do educador. "Trata-se de aprender a ler a realidade (conhecê-la) para em seguida poder reescrever essa realidade (transformá-la)", dizia Freire. A alfabetização é, para o educador, um modo de os desfavorecidos romperem o que chamou de "cultura do silêncio" e transformar a realidade, "como sujeitos da própria história".

No conjunto do pensamento de Paulo Freire encontra-se a idéia de que tudo está em permanente transformação e interação. Por isso, não há futuro a priori, como ele gostava de repetir no fim da vida, como crítica aos intelectuais de esquerda que consideravam a emancipação das classes desfavorecidas como uma inevitabilidade histórica. Esse ponto de vista implica a concepção do ser humano como "histórico e inacabado" e conseqüentemente sempre pronto a aprender. No caso particular dos professores, isso se reflete na necessidade de formação rigorosa e permanente. Freire dizia, numa frase famosa, que "o mundo não é, o mundo está sendo".
Seguem os links dos cadernos da EJA que ajudam a responder muitas dúvidas e atender às necessidades pedagógicas de educadores que atuam ou pretendem atuar na educação de jovens adultos. Com uma linguagem fácil e idéias práticas os cadernos são uma ótima ferramenta  para o trabalho. 

Boa leitura!





Fonte: nova escola/paulofreire.org

Educação tipo “Fast Food”


Vivemos um momento histórico muito importante e ao mesmo tempo muito complicado. Nunca na história da humanidade tivemos tanto acesso à informação e ao conhecimento como agora. Para ficarmos apenas num exemplo, há 50 anos, para termos acesso à carne de frango, a maioria das pessoas precisava preparar a terra, plantar o milho, criar o frango para depois comer a carne. Atualmente, basta ir ao mercado.


A educação há 50 anos era mais ou menos parecida com a atual, pelo menos na parte formal. Todos os alunos deveriam ir à escola, estudar, fazer provas, passar de ano e, assim, continuava o ciclo. Ocorre que nos últimos anos, com o maior acesso à informação, a educação passou a ser confundida com escola que deve ser apenas a parte formal da educação. A sociedade, na ânsia de dar aos filhos tudo o que não teve, delegou à escola toda a educação, inclusive a parte que cabe à família, como valores, respeito e limites. Assim, formou algumas gerações que confundem viver com consumir, viver com adultos a seu dispor.
O sistema trabalha no mesmo sentido, com a seguinte visão: o aluno tem o direito de passar de ano, se não passa a culpa é da professora, da escola, do governo. Mas, com o passar do tempo, a família percebe que não deu conta, que seu filho não aprendeu o necessário para continuar os estudos, que seu filho não tem hábito de estudar, não respeita os pais, os mais velhos, ou seja, tem muita dificuldade para viver em sociedade. O governo percebe que 50% das crianças de 10 anos não estão alfabetizadas. E aí começam as fórmulas mágicas, os aligeiramentos, as provas, e o mais nobre exemplo: o ENEM, uma avaliação que deveria servir de parâmetro para avaliar a educação básica, que foi transformado em fórmula mágica para entrar na universidade pública, para certificar concluintes do ensino médio que não cursaram, para “ranquear” e comparar as escolas.
O ENEM é um bom exemplo da educação “fast”, e diz mais ou menos assim: Não importa se você estudou, se tem conhecimento. A prova é o aligeiramento que vai colocar você na faculdade. E o conhecimento? Bem, pouco importa. A prova e a maneira da formulação das questões consegue num passe de mágica separar o bom estudante do ruim.
Para resolver o problema da não alfabetização, importamos um modelo que funciona bem em Cuba, e não importa se você não aprendeu até os 14 anos a ler e escrever, basta usar o método infalível cubano que resolvemos o problema. Condizentes, as famílias, ao perceber que não deram conta da educação de seus filhos, procuram fórmulas mágicas, escolas com métodos rápidos, que ensinam e preparam para passar no vestibular ou no ENEM, pois, se entrar na universidade, está tudo resolvido.
A sociedade não percebe ou não quer perceber que o fato de entrar na universidade nada quer dizer, não entende por que 40% dos alunos abandonam a universidade. A sociedade precisa perceber e aceitar o seu papel de orientar os jovens, que muitas vezes vai contra as facilidades do sistema.

Texto de Ademar Batista Pereira, presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe/PR), enviado ao Jornal Virtual.
Nem especial, nem regular, nem pra "normais", nem pra "deficientes"...apenas educação, porque chegará o dia que educação será uma coisa só.

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