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MARAVILHOSA, Rio de Janeiro, Brazil
Diante de tanta contradição da vida, aprendi que devo ter alto astral acima de qualquer coisa!Eu nunca imaginei que seria pedagoga. Não me preparei para isso. Ela chegou sem que eu preparasse o seu caminho e por isso fiquei tão apaixonada. Essa é para mim a profissão mais linda e digna que existe... Sem sonharmos e idealizarmos algo melhor, nunca poderemos alcançar um diferencial.Essa é minha ideologia e não posso deixar que apaguem por não acreditarem que existe solução para a educação do nosso país,"Não,podemos viver sem ideologias, ter sucesso sem acreditar em valores fortes, concretos,lutar por nossos objetivos sem acreditar que eles serão alcançados,almejar uma vida de realizações soterrando nossas verdadeiras crenças.Tenha suas ideologias muito bem definidas e paute sua vida sobre elas. Não tenha medo do que os outros vão pensar se você está realmente convicto no que acredita ser o certo,não tenha medo de fracassar embasado nelas, aprenda que neste mundo nada é absolutamente ruim ou bom e que sempre,terá que defender suas escolhas e pagar por elas." Eu estou consciente pela escolha que fiz na minha vida profissional,e você?

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Este espaço é algo criado por mim para dividir, com todos que, assim como eu, adoram de fato o que fazem dentro da educação, um pouco do que pesquiso na internet e também do que tenho de material voltado à esta área que de fato sou louca de paixão.

Peço desculpas pela demora em atualizar os conteúdos.

No mais, a todos que visitam este blog, espero que até o momento tudo que há de conteúdo esteja sendo agradável.

Com carinho,

Lu Moraes
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“Ninguém começa a ser educador numa certa terça-feira às quatro horas da tarde. Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão sobre a prática”

(Paulo Freire, em “A educação na cidade”)

“Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com a colheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes" Gabriel Chalita

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Eu fico com a pureza da resposta das crianças: a vida é bonita.
Viver e não ter a vergonha de ser feliz.
Cantar e... cantar e ...cantar a eterna beleza de ser aprendiz.
Eu sei que a vida devia ser bem melhor. E será.
Mas issoo impede que eu repita: é bonita, é bonita, é bonita!
(Gonzaguinha).

"Há os que adquirem conhecimento pelo valor do conhecimento - e isto é vaidade de baixo nível. Mas há os que desejam tê-lo para edificar outros - e isto é amor. E há outros que o desejam para que eles mesmos sejam edificados - e isto é sabedoria." - (Bernardo de Claraval)
"Todas as postagens que não são de minha autoria é dado o devido crédito e citado a fonte, até porque quando se copia algo de alguem a intenção não é fazer plágio, e sim divulgar as informações para um maior número de pessoas favorecendo assim o conhecimento."
Lucia Araújo/cc: Luciana Moraes

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A HISTÓRIA DA CRIANÇA - DA IDADE MÉDIA AOS TEMPOS MODERNOS O SURGIMENTO DO SENTIMENTO DA INFÂNCIA

Estava dando uma olhada nos artigos que possuo a um determinado tempo e com isso a mente começou a pensar em inúmeras coisas de uma só vez. Como mãe e praticamente pedagoga, não tenho como não pensar em crianças. Na delicaza que possue, na forma com que mudam de fato o ambiente em que estão. Como transformam a vida de pais, mãe, avós...  Daí vi uma reportagem em que uma mãe abandonou na rua sua filha, ainda bebê perto do lixo, a sorte dessa criança é que uma outra mulher a resgatou do triste destino. Ao retornar para a visualização dos meus artigos empoeirados me deparei com o artigo que segue abaixo e pensei: "Pq não postá-la e compartilhar com todos, a história da criança desde a idade média, e perceber que ainda, infelizmente, existe atitudes que não mudaram em quase nada."
Espero que goste da leitura!

Este texto apresenta as idéias desenvolvidas por Ariès sobre a concepção da infância ao longo dos tempos. Partindo da Idade Média, o autor analisa como a criança era vista pela sociedade medieval que a ignorava enquanto criança  e o surgimento e posterior  desenvolvimento de certos sentimentos em relação a criança pequena. Ariès aprofunda-se  no estudo das sociedades e mostra-nos o surgimento dos mecanismos  que conduziram a mudanças de atitude com relação a criança e o posterior surgimento do que pode si chamar de  “sentimento da infância”.

 Na Idade Média  esse sentimento não existia. Quando  a criança não precisava mais do apoio constante da mãe ou da ama, ela já ingressava na vida adulta, isto é, passava a conviver com os adultos em suas reuniões e festas. Essa infância muito curta fazia com que as crianças ao completarem  cinco ou sete anos já ingressasse no mundo dos adultos sem absolutamente nenhuma transição. Ela era considerada um adulto em pequeno tamanho, pois executava as mesmas atividades dos mais velhos.  Era como se a criança pequena não existisse. A infância, nesta época, era vista como um estado de transição para a vida adulta.  O indivíduo só passava a existir quando podia se misturar e participar da vida adulta. Não se dispensava um tratamento especial para as crianças, o que tornava sua sobrevivência difícil. Segundo Moliére, grande gênio do teatro, contemporâneo daquela época, a criança muito pequena,  demasiado frágil ainda para se misturar à vida dos adultos, “não contava”, porque podia desaparecer. A morte de crianças era encarada com naturalidade. “perdi dois filhos pequenos, não sem tristeza, mais sem desespero”, afirmava Montaigne.  

Todas as  criança, a partir dos sete anos de idade, independente de sua condição social, eram colocadas em famílias estranhas para aprenderem os serviços domésticos.  Os trabalhos domésticos não eram considerados degradantes e constituíam uma forma comum de educação tanto para os ricos como para os pobre.

O primeiro sentimento que surge em relação a infância é a “paparicação”. Ele surge no meio familiar, na companhia das crianças pequenas. As pessoas não hesitam mais em admitir o prazer provocado pelas maneiras das crianças pequenas, o prazer que sentem em paparicá-las.  Com o tempo esse hábito expandiu-se e não só mais entre os bem-nascidos  mais, também, já junto ao povo ele pôde  ser observado. A criança por sua ingenuidade, gentileza e graça, se torna uma fonte de distração e de relaxamento para os adultos.

Esse hábito provoca reações críticas as mais diversas. No fim do século XVI e sobretudo no século XVII, alguns considerável insuportável a atenção que se dispensava então às crianças. Exasperavam-se com a maneira como paparicavam as crianças. Esse sentimento de exasperação era tão novo quanto a própria paparicação.

O segundo sentimento da infância a surgir e desenvolver-se foi a tomada de consciência da inocência e da fraqueza da infância. Este veio de uma fonte exterior a família. Foram os eclesiásticos, os homens da lei e os moralistas do século XVII que primeiro deram-se conta da necessidade de uma atenção especial a infância. Eles recusavam-se a considerar as crianças como brinquedos encantadores. Viam nelas, frágeis criaturas de Deus que era preciso ao mesmo tempo preservar e disciplinar. Esse sentimento depois passa para a família. No século XVIII a família passa a reunir os dois elementos antigos associados a um terceiro e novo elemento: a preocupação com a higiene e a saúde física.

Esta aproximação pais-crianças, gerou um sentimento de família e de infância que outrora não existia, e a criança tornou-se o centro das atenções, pois a família começou a se organizar em torno dela.  No início do século XVII, foram multiplicadas as escolas com a finalidade de aproximá-las das famílias, impedindo desse modo, o afastamento pais-criança. Neste século também foi criando para a criança um traje especial que a distinguia dos adultos.   

A afetividade, a especialização de um traje para os meninos e a incorporação de castigos corporais entre as crianças formaram os primeiros sentimentos de infância e introduziram os primeiros mecanismos de distinção entre a criança e o adulto, levando ao início do reconhecimento da infância como um estágio de desenvolvimento merecedor de tratamento especial.

Nos séculos XVI e XVII os escolares eram vistos como pertencentes ao mesmo mundo picaresco dos soldados, criados, e de um modo geral, dos mendigos. Foi necessário a pressão dos educadores para separar o escolar do adulto  boêmio.

A noção de criança bem educada não existia no século XVI, formou-se no século XVII através de visões reformadoras dessa  elite de pensadores  e moralistas que ocupavam funções eclesiásticas ou governamentais. Com essa preocupação a criança bem educada seria preservada das rudezas e da imoralidade, que se tornariam traços específicos das camadas populares e dos moleques.  

Os moralistas  e educadores conseguiram impor seu sentimento grave de uma infância longa graças ao sucesso das instituições escolares e as práticas de educação que eles orientaram e disciplinaram.

Os verdadeiros inovadores foram os reformadores escolásticos do século XV, o cardeal d’Estouteville,  Gerson, os organizadores dos colégios e pedagogias e, finalmente, acima de tudo, os jesuítas, oratorianos e os jansenistas do século XVII.

Durante muito tempo a escola ficou alheia a repartição e à distinção das idades. Seu objetivo  essencial não era a educação da infância. Ela era uma espécie de escola técnica destinada a instrução dos clérigos, jovens ou velhos. Era  comum ver-se adultos e, até mesmo ancião, junto com crianças pequenas formando uma só turma.

A partir do século XV, e sobretudo nos séculos XVI e XVII, apesar da persistência da atitude medieval de indiferença à idade, o colégio iria dedicar-se essencialmente à educação e a formação da juventude, inspirado-se em elementos de psicologia (Cordier, na Ratio dos jesuítas e na literatura pedagógica de Port-Royal). 

Percebemos que a disciplina escolar teve sua origem na disciplina eclesiástica ou religiosa. Essa característica, a introdução da disciplina, é a diferença essencial entre a escola da Idade Média e o colégio dos tempos Modernos.

A partir do século XVIII, a escola única foi substituída por um sistema de ensino duplo, em que cada ramo correspondia não a uma idade, mas a uma condição social: O liceu ou o colégio para os burgueses (secundário) e a escola para o povo (primário). 




Marcelo Uchoa













Desenhos Para Colorir E O Desenvolvimento Infantil


As revistas desenvolvidas exclusivamente para as crianças no que se refere a desenhos para colorir, ou para formar, são quase uma unanimidade na infância. Além do prazer em visualizar o desenho pronto, outros fatores que elas nem imaginam estão sendo desenvolvidos.
Um deles é a expressão pessoal, percebida nas cores utilizadas ao colorir, ou até mesmo, nos desenhos construídos pela criança. Normalmente, é através deles que ela estabelece uma linguagem comunicativa ou sentimental, por isso, neste âmbito, é importante perceber que tipos de desenhos são feitos, pois, certamente retratam o recado passado pelo pequeno autor.
Outro ponto importante é o controle exercido para segurar o lápis enquanto estiver colorindo, em outras palavras, o ato de pintar desenvolve a coordenação motora, fundamental quando se aprende a escrever. Uma atividade também presente nas revistas para pintar que contribui para a melhoria do controle com o lápis é o ligue os pontos, que estão dispostos em diferentes posições aparentemente aleatórias e, ao final, forma determinado desenho.
Outra coordenação estabelecida é a existente entre as mãos e os olhos, explicitamente observada enquanto se colore. Esta coordenação envolve também um nível de concentração acima do normal além de uma noção espacial, também denominada noção de limite exercida através do preenchimento de espaços em branco, o que acarretará mais tarde em uma escrita sob as linhas de uma folha.
A percepção visual que se constrói quando um desenho é pintado ou realizado é de extrema importância se analisado em longo prazo, já que, ao concretizar-se aquilo, até então, abstrato, a compreensão é feita de forma mais fácil no que diz respeito à definição ou conceituação.
Quando terminada a tarefa, a satisfação proporcionada pelo êxito da execução só tende a aumentar a motivação, a confiança e a sensação de tornarem-se mais capazes com o dever bravamente cumprido.
O colorir, ou o formar dos desenhos, por estes principais motivos, torna-se uma ferramenta importante no processo cognitivo das crianças e um instrumento altamente pedagógico, explorados, sobretudo, nos primeiros anos como alunos.
Felipe Ferreira

A Difícil (E Perigosa!) Missão De Ser Professor


Atualmente, ser professor no Brasil é uma tarefa para poucos, é necessário mais que o dom de ensinar e o amor à profissão, que sob minha ótica, são requisitos fundamentais para exercer essa árdua, porém nobre profissão.

É necessário, também, uma dose de coragem, sim, coragem para encarar uma rede pública de ensino falida, com parcos recursos, baixa remuneração, condições precárias em muitas instalações, instituições localizadas em áreas de alto risco e até mesmo a violência, que já vitimou vários profissionais.

O professor é um formador de opinião, um mestre, tem em suas mãos uma grande responsabilidade, mas não é, e nem pode ser responsável pela educação de seus alunos...isso é papel da família, que muitas vezes, desestruturada, arruinada, em razão de vários fatores, acaba repassando essa atribuição à escola, fazendo com que o professor arque com esse ônus.

Ora, as Instituições de Ensino, sejam públicas ou privadas, já tem uma cota de responsabilidade na formação de um cidadão, colocar "nas costas" do professor essa responsabilidade que cabe aos pais,a família é tornar essa missão pesada e ingrata.

Cada professor vítima da violência de seus alunos, seja fatal ou não, é mais um vitimado pela sociedade corrompida, sem respeito a vida, sem moral, enfim, sem valores e que se impregnou e corrompeu a família, que é aonde tudo deveria começar, ou seja, uma família sem estrutura, refletirá as consequências no seio da sociedade, imagine várias famílias assim?

Cada jovem desestabilizado, pelas drogas, abusos ou violência cometidos contra ele, ou até mesmo por ser despreparado para a vida, se achando acima do bem e do mal, sem limites, é um perigo iminente e em potencial para os outros alunos e para os professores.

A educação tem que ser resgatada, não só através de um ensino de qualidade que é dever das Instituições, mas deve começar em casa.     

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Inclusão Social Já!!!

Há algum tempo atrás vi uma reportagem na Tv sobre o projeto de praia para todos. Achei incrivel o projeto e me emocionei muito ao poder ver que existe pessoas que se preocupam com o bem estar de outras pessoas, fazendo com isso, esquecerem de seus próprios. É muito gratificante poder ver a felicidade, a satisfação de alguns cadeirantes poderem chegar até as areias e mais ainda poderem entrar nas águas do mar. Chorei em ver a felicidade deles e de seus parentes, por mais essa conquista!
Derrepente vendo a novela das nove, o projeto da praia aparece como um tema polêmico, pois retrata a conquista da inclusão e as dificuldades que todos os portadores de alguma deficiência passam.
A personagem da atriz Aline Morais, resolveu divulgar em seu blog este projeto. E pensei, pq não também fazer essa divulgação? Afinal tudo que é bom temos que divulgar sim, quantas vezes forem necessárias.
Este projeto tem como finalidade facilitar o acesso a praia por meio de uma passarela por onde é possível passar a cadeira de rodas. No local é possivel também ter atividade de recreação e iniciação ao desporto adaptado, como volei, surf e outras atividades.
Mas, não é só a passarela que eles terão como conquista, existe nas areias, cadeiras anfíbias e de banho, que possuem facilidade de locomoção pelas areias e que flutuam na água.
Como educadora e amante da inclusão meu blog não poderia ficar de fora, por isso estou fazendo minha parte de divulgação, e começo falando do primeiro campeonato de volei sentado na praia da barra da tijuca no posto 3, as 9:00 horas.

Quer conhecer mais o projeto? então entre no site e divulgue também para seus conhecidos.

http://www.praiaparatodos.com.br/home_novo.html

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Primeiro dia de aula Mestres e Pupilos se reencontram



Este texto o li pelo meu e-mail e achei legal posta-lo pois, assim como meu filho João, há ainda muitas crianças que terão inicio do ano letivo apartir do dia 22 de fevereiro. Então boa leitura!!

Primeiro dia de aula. Alunos ansiosos andam pelos corredores. Professores tentam demonstrar tranquilidade. O sinal ainda não bateu. Sorrisos e saudações entre mestres e pupilos dão uma amostra de que na escola, apesar das tensões eventualmente aflorarem, prevalece um ambiente amigo, cordial, camarada e muito propício ao ensino-aprendizagem.

É perceptível que as pessoas, ainda que algumas com ressalvas, principalmente os alunos – que reclamam de levantar cedo, das tarefas que têm pela frente, de alguns professores com os quais não tem uma relação tão boa, entre outros temas que geram descontentamento – apreciam estar nestas salas, corredores, laboratórios, bibliotecas, quadras...

O encontro marcado começa, ano após ano, com turmas que se renovam, é gente que vai e outros tantos que vem. Saudades de ambas as partes. Dos professores, além das boas memórias, das lições, dos conteúdos e dos momentos agradáveis. Ficam para os alunos o carinho, a preocupação, os conselhos. Mesmo entre os que são mais sérios, turrões, bravos ou tímidos demais para expressar esta afeição que o ambiente escolar propicia.

Dos alunos, para os professores, dos mais aplicados aos mais quietinhos, daqueles que aprontam e dão muito trabalho aos que têm muita dificuldade, ficam tanto a devoção e a admiração – mesmo que entremeadas por situações de dificuldade, tensão e indisciplina – quanto o reconhecimento do esforço, a dedicação para aprender a vontade de vencer.

É claro que no primeiro dia de aula ainda não é possível prever ou antecipar tudo que há pela frente. Não dá para saber ao certo quem é quem. Mesmo em relação aos alunos com os quais trabalhamos em anos anteriores, em outras etapas de sua formação. As férias podem ter mudado algo neles. Eles podem ter amadurecido, ou mesmo resolvido ficar um pouco mais travessos, brincalhões...

A escola prevê, com os planos de ensino, aquilo que devemos, pretendemos e iremos lecionar. Em Matemática, História, Ciências, Português e todas as áreas do conhecimento, ficamos antevendo e explicando, no dia a dia das escolas, com a esperança de que, de algum modo, isso possa legar aos estudantes um futuro mais digno, glorioso, de conquistas e muitas alegrias.

Por vezes nem nos damos conta de que os professores vão muito além das áreas do conhecimento, nas quais atuam como especialistas ou mesmo como generalistas (nas séries iniciais do ensino fundamental). Entramos na alma, deixamos, indelével, nossas marcas. E estas marcas podem ser profundas ou superficiais, mas estão lá. Assim como recebemos também, dos alunos, retornos que nos acompanham ao longo de nossas vidas. Alguns mais do que outros, sendo sempre lembrados, mas todos, de algum modo, passam a fazer parte de nossas trajetórias profissionais e pessoais.

Ser professor nestes primeiros dias é assumir riscos e compromissos que duram não apenas um ou alguns anos letivos. Vai muito além disso. Relaciona-se à existência de todos e de cada um dos alunos em particular, seja porque lhes demos instrumentais com os quais irão poder pelejar na vida (e esperamos que com isso possam vencer) ou porque lhes demos a oportunidade de usufruir de nossas crenças, valores, ações e ética para que, de algum modo, sejam capazes de escolher os seus caminhos tendo outros referenciais.

Educar é um ato de amor profundo. Ao educar salvamos vidas. Na escola, perseguimos não apenas conteúdos, mas dignidade, cidadania, ética e felicidade em cada aluno com o qual nos encontramos.

Poético demais? Creio que não. A poesia não apenas ilumina a alma e dá força para lutarmos diariamente por um mundo melhor. É poderoso elemento que alimenta o sonho, permite e estimula o plano de vida e nos possibilita concretizar um amanhã realmente digno e feliz! Um ótimo retorno às aulas a todos!

Texto de João Luís de Almeida Machado enviado ao Jornal Virtual. Ele também é autor do livro Na Sala de Aula com a Sétima Arte – Aprendendo com o Cinema (Edit. Intersubjetiva). E-mail: joaoluis28@gmail.com.


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Apartheid

Ontem fez 20 anos da libertação do lider Nelson Mandela, muitos jovens infelizmente não sabem quem foi esse lider que lutou toda a sua vida contra o preconceito aos negros. E para comemorar essa data especial, estou postando algo sobre Mandela. No meu outro blog (endereço acima), você poderá ver a biografia dessa cara que veio ao mundo para fazer a diferença.

Boa leitura!!!
Mandela  quando estava preso por lutar contra o apartheid na África do Sul

Apartheid (significa "vidas separadas" em africano) 
O apartheid foi estabelecido oficialmente na África do Sul em 1948 pelo Nationalist Party (Partido dos Nacionalistas) que ascendeu ao poder e bloqueou a política integracionista que vinha sendo praticada pelo governo central.

O Nationalist Party representava os interesses das elites brancas, especificamente da minoria boere. Após 1948, o sistema de segregação racial atingiu o auge. Foram abolidos definitivamente alguns direitos políticos e sociais que ainda existiam em algumas províncias sul-africanas.

As diferenças raciais foram juridicamente codificadas de modo a classificar a população de acordo com o grupo social a que pertenciam. A segregação assumiu enorme extensão permeando todos os espaços e relações sociais. Os casamentos entre brancos e negros foram proibidos.

Os negros não podiam ocupar o mesmo transporte coletivo usado pelos brancos, não podiam residir no mesmo bairro e nem realizar o mesmo trabalho, entre outras restrições. Os brancos passaram a controlar cerca de 87% do território do país, o que sobrava se compunha de territórios independentes, mas paupérrimos, deixados aos grupos sociais não-brancos.

Declínio do apartheid

O apartheid é o único caso histórico de um sistema onde a segregação racial assumiu uma dimensão institucional. Essa situação permite definir o governo sul-africano como uma ditadura da raça branca.

Na década de 1970, o governo da África do Sul tentou em vão encontrar fórmulas que pudessem assegurar certa legitimidade internacional. Porém, tanto a ONU (Organização das Nações Unidas) como a Organização da Unidade Africana, votaram inúmeras resoluções condenando o regime.

No transcurso dos anos 70, a África do Sul presenciou inúmeras e violentas revoltas sociais promovidas pela maioria negra, mas duramente reprimidas pela elite branca. Sob o governo de linha dura, liderado por Peter. W. Botha (1985-1988), tentou-se eliminar os opositores brancos ao governo e as revoltas raciais foram duramente reprimidas.

Porém, as revoltas sociais se intensificaram bem como as pressões internacionais. Em 1989, Frederic. W. de Klerk, assumiu a presidência. Em 1990, o novo presidente conduz o regime sul-africano a uma mudança que põe fim ao apartheid. Neste mesmo ano, o líder negro Nelson Mandela, que desde 1964 cumpria pena de prisão perpétua, é posto em liberdade. Nas primeiras eleições livres, ocorridas em 1993, Mandela é eleito presidente da África do Sul e governa de 1994 a 1999.
 

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Solidariedade na infância


Estender o olhar para o outro torna o mundo e o coração melhores



A professora universitária Márcia de Castro acredita que a solidariedade deva ser a base da convivência das pessoas. E pensando nisto, acaba de lançar o livro Solidariedade - uma grande palavra grande, destinado ao público infantil. "Discutir o assunto com crianças pode ser o começo da mudança", diz ela, que tem esperança de ver valores como ética e solidariedade cada vez mais praticados pela sociedade.
O sentimento que a levou a escrever o livro é triste e nobre. Há cinco anos, seu filho mais novo, Luiz Fernando, na época com 29 anos, ao tentar salvar uma senhora de 89 anos de um assalto, perdeu a vida baleado. Márcia costuma dizer que ele morreu de solidariedade. A dor da mãe é grande mas o orgulho do gesto do filho é ainda maior. A vontade de espalhar o legado solidário de Luiz Fernando move a professora. "Ele sempre foi preocupado com as pessoas próximas e com a justiça", conta.
Ao invés de se trancar em sua dor, Márcia encontrou força no último gesto do filho - ajudar ao outro - e fez disto seu lema de vida. Já promoveu campanhas de arrecadação de alimentos e agasalhos e foi a escolas e universidades debater sobre solidariedade. "Em pequenas ações podemos demonstrar preocupação com alguém próximo", afirma. E agora, veio o livro. É dando voz a uma professora primária e sua turminha que ela convida as crianças a observarem melhor suas ações no dia-a-dia e aprender a ajudar aos outros.
Leia abaixo a entrevista de Márcia e entenda como ela canaliza a imensa saudade que sente estendendo o olhar e a mão ao próximo. Através do livro, dos debates e das campanhas de solidariedade, ela não só mantém viva a memória de Luiz Fernando mas também traz alívio ao próprio coração e se sente um ser humano melhor.
Por que você quis escrever para crianças?
Ouvi de uma pessoa conhecida que, ao comentar a história do Luiz Fernando com sua filha, já adolescente, ela teria perguntado: "mas por que ele quis ser bonzinho? Isso me impressionou muito. O individualismo está muito grande hoje em dia. Todos pensam na importância de "ter" coisas, a qualquer preço e isso já é incentivado nas crianças. Construímos necessidades e delas nos tornamos dependentes. Discutir o assunto com crianças pode ser o começo da mudança. Temos que começar por algum lugar!
Trazendo este tema para o universo infantil, é possível pensar numa sociedade futura mais solidária?
Se conseguirmos discutir um pouquinho com as crianças sobre este assunto, podem começar a agir de forma diferente e elas serão responsáveis pelas transformações da sociedade no futuro.
O quê do Luiz Fernando está no livro?
O seu jeito de ser e de fazer as coisas. Ele sempre foi muito solidário: quando tinha 10 anos eu trabalhava numa escola para portadores de deficiência física e mental. Ele ia para lá, participar das aulas de artes, ajudando a professora. Participava das peças de teatro que fazíamos, lendo os textos ou sendo o apresentador. Quando entrou para a Universidade, seu primeiro trabalho foi um jogo de coordenação visual-motora, que doou para a instituição, onde funcionava a escola. Com 18 anos participou de um projeto da Cruz Vermelha e passou um mês ajudando em uma comunidade pobre do Espírito Santo. Assim era ele, não se conformava com injustiças e sempre reagia ao que considerava errado.
Como a solidariedade transforma a vida das pessoas?
Se cada um se preocupar com quem está próximo, certamente já teremos um mundo melhor e menos violento. O problema é que muitas vezes é mais fácil ser solidário com quem está longe, porque não afeta nossa vida"Se cada um se preocupar com quem está próximo, certamente já teremos um mundo melhor e menos violento. O problema é que muitas vezes é mais fácil ser solidário com quem está longe, porque não afeta nossa vida" . Se colocar no lugar do outro às vezes dói...
É possível a superação de um acontecimento tão difícil?
É possível, porque inevitável, viver com ele. Aprende-se a conviver com a presença constante da ausência, com a saudade. A vida segue seu rumo e a necessidade de sobreviver e de manter algum equilíbrio, inclusive para o bem do resto da família, nos faz encontrar forças.
Como transformar a dor em um gesto solidário?
O Luiz Fernando morreu por ter sido solidário com uma senhora de 89 anos, que ele não conhecia. Sua preocupação, a caminho do hospital, era saber se ela estava bem. Daí, e do orgulho pelo seu gesto, veio a inspiração para a primeira campanha, para asilos de idosos.
Promover ações solidárias e escrever o livro fizeram e fazem o quanto por você?
Fazem com que meu filho não seja apenas um número de uma estatística que não para de crescer. Quando há uma tragédia coletiva, todos, incluindo governos e autoridades, se manifestam, mas todo dia a violência mata diversas pessoas. Só que ai, como eu digo, é "no varejo" e como a fila anda rápido os casos caem logo no esquecimento. Essa é a minha forma de não deixar isso acontecer.
Cinco anos, várias campanhas, um livro e um neto depois, dá para dizer que o tempo cura e traz o sorriso de novo?
O tempo é muito estranho, ele passa num ritmo próprio: parece que foi ontem, e a cada dia, que o Luiz Fernando saiu de casa todo arrumado - não era seu estilo, porque ele gostava mesmo de ficar na fábrica, mexendo com seus plásticos e resinas - dizendo que ia visitar clientes e, portanto, tinha que ficar bonito... Parece que faz um século que ele não volta para casa e que não me dá um abraço ou um beijo. Mas de qualquer forma o tempo passa e a gente vive. Acontecem coisas boas, que nos fazem felizes, como o nascimento do Theo, o neto querido, e outra coisas menos boas, mas certamente se aprende a valorizar o que é importante e a deixar de lado coisas menores.
Visão de crianças sobre a palavra solidariedade
"É quando você percebe que um amigo ou uma pessoa precisa da sua ajuda antes mesmo de eles te pedirem. Você percebe, vai e faz uma coisa bacana para ajudar." Antônio Monteiro - 8 anos - Toronto - Canadá
"É ser bom para seus amigos e tentar ajudar se eles não sabem alguma coisa na escola. Ano passado eu li um livro para meu amigo Owen que ainda não havia aprendido a ler." Tadija Vukas, 6 anos - Toronto, Canadá
"Pessoas solidárias pensam em outras antes delas e fazem com que outras ganhem mais com isso. E tudo que fazem é sem esperar nada em troca." Kristin Louise Pettersen - 11 anos - Koge - Dinamarca
"Solidariedade para mim é quando eu ajudo um amigo na escola. Eu empresto borracha, lápis ou qualquer coisa que eles precisam." Nahyra Cunha - 8 anos - Rio de Janeiro
Nem especial, nem regular, nem pra "normais", nem pra "deficientes"...apenas educação, porque chegará o dia que educação será uma coisa só.

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