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MARAVILHOSA, Rio de Janeiro, Brazil
Diante de tanta contradição da vida, aprendi que devo ter alto astral acima de qualquer coisa!Eu nunca imaginei que seria pedagoga. Não me preparei para isso. Ela chegou sem que eu preparasse o seu caminho e por isso fiquei tão apaixonada. Essa é para mim a profissão mais linda e digna que existe... Sem sonharmos e idealizarmos algo melhor, nunca poderemos alcançar um diferencial.Essa é minha ideologia e não posso deixar que apaguem por não acreditarem que existe solução para a educação do nosso país,"Não,podemos viver sem ideologias, ter sucesso sem acreditar em valores fortes, concretos,lutar por nossos objetivos sem acreditar que eles serão alcançados,almejar uma vida de realizações soterrando nossas verdadeiras crenças.Tenha suas ideologias muito bem definidas e paute sua vida sobre elas. Não tenha medo do que os outros vão pensar se você está realmente convicto no que acredita ser o certo,não tenha medo de fracassar embasado nelas, aprenda que neste mundo nada é absolutamente ruim ou bom e que sempre,terá que defender suas escolhas e pagar por elas." Eu estou consciente pela escolha que fiz na minha vida profissional,e você?

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luciana.moraesmaluf@gmail.com

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Este espaço é algo criado por mim para dividir, com todos que, assim como eu, adoram de fato o que fazem dentro da educação, um pouco do que pesquiso na internet e também do que tenho de material voltado à esta área que de fato sou louca de paixão.

Peço desculpas pela demora em atualizar os conteúdos.

No mais, a todos que visitam este blog, espero que até o momento tudo que há de conteúdo esteja sendo agradável.

Com carinho,

Lu Moraes
contato: luciana.moraesmaluf@gmail.com
msn: pedlumoraes@hotmail.com

“Ninguém começa a ser educador numa certa terça-feira às quatro horas da tarde. Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão sobre a prática”

(Paulo Freire, em “A educação na cidade”)

“Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com a colheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes" Gabriel Chalita

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Eu fico com a pureza da resposta das crianças: a vida é bonita.
Viver e não ter a vergonha de ser feliz.
Cantar e... cantar e ...cantar a eterna beleza de ser aprendiz.
Eu sei que a vida devia ser bem melhor. E será.
Mas issoo impede que eu repita: é bonita, é bonita, é bonita!
(Gonzaguinha).

"Há os que adquirem conhecimento pelo valor do conhecimento - e isto é vaidade de baixo nível. Mas há os que desejam tê-lo para edificar outros - e isto é amor. E há outros que o desejam para que eles mesmos sejam edificados - e isto é sabedoria." - (Bernardo de Claraval)
"Todas as postagens que não são de minha autoria é dado o devido crédito e citado a fonte, até porque quando se copia algo de alguem a intenção não é fazer plágio, e sim divulgar as informações para um maior número de pessoas favorecendo assim o conhecimento."
Lucia Araújo/cc: Luciana Moraes

terça-feira, 27 de abril de 2010

Uma feira que você que gosta de ler não pode perder

 Hoje irá começar uma feira de livros usados na Cinelândia, que vai até o dia 26 de maio apartir das 8:00 horas da manhã, preços legais e será um ótimo lugar para garimpar algum exemplar raro...romances, best-sellers e até dicionários especializados... Serão cerca de 30 barracas e milhares de livros em promoção  inclusive muitos títulos de Agatha Christie por preços entre R$ 5 e R$ 15.   
Para quem curte, um ótimo programa!

domingo, 25 de abril de 2010

Síndrome de Alienação Parental (SAP), VOC6e sabe o que é?

Com certeza muitas pessoas já ouviram casos de casais que ao se separarem usaram de alguma forma o seu "poder" aos filhos para atingirem o ex conjuge de alguma forma. Independente de onde tenham visto ou ouvido, essa atitude horrível existe e apesar de saberem que tal atitude existe, desconhecem o real nome da coisa. 



Então vamos esclarecer isso:

Bem, o nome é  Alienação Parental e exatamente hoje, 25 de abril é o...
 

Dia Internacional da Conscientização sobre a Alienação Parental.

 Aqui no Brasil háverá/ há pontos de mobilização: 

São Paulo - Parque do Ibirapuera  
Rio de Janeiro: Praia de Copacabana  
Porto Alegre: Brique da Redenção   

Mas o que é mesmo essa alienação parental?

A Síndrome de Alienação Parental (SAP), também conhecida pela sigla em inglês PAS, é o termo proposto por Richard Gardner em 1985 para a situação em que a mãe ou o pai de uma criança a treina para romper os laços afetivos com o outro genitor, criando fortes sentimentos de ansiedade e temor em relação ao outro genitor.

Como acontece essa síndrome? 

Os casos mais freqüentes da Síndrome da Alienação Parental estão associados a situações onde a ruptura da vida conjugal gera, em um dos genitores, uma tendência vingativa muito grande. Quando este não consegue elaborar adequadamente o luto da separação, desencadeia um processo de destruição, vingança, desmoralização e descrédito do ex-cônjuge. Neste processo vingativo, o filho é utilizado como instrumento da agressividade direcionada ao parceiro. 

O Genitor Alienante 


  • Exclui o outro genitor da vida dos filhos 


    • Não comunica ao outro genitor fatos importantes relacionados à vida dos filhos (escola, médico, comemorações, etc.). 
    • Toma decisões importantes sobre a vida dos filhos, sem prévia consulta ao outro cônjuge (por exemplo: escolha ou mudança de escola, de pediatra, etc.). 
    • Transmite seu desagrado diante da manifestação de contentamento externada pela criança em estar com o outro genitor. 

  • Interfere nas visitas 


    • Controla excessivamente os horários de visita. 
    • Organiza diversas atividades para o dia de visitas, de modo a torná-las desinteressantes ou mesmo inibí-la. 
    • Não permite que a criança esteja com o genitor alienado em ocasiões outras que não aquelas prévia e expressamente estipuladas. 

  • Ataca a relação entre filho e o outro genitor 


    • Recorda à criança, com insistência, motivos ou fatos ocorridos que levem ao estranhamento com o outro genitor. 
    • Obriga a criança a optar entre a mãe ou o pai, fazendo-a tomar partido no conflito. 
    • Transforma a criança em espiã da vida do ex-cônjuge. 
    • Quebra, esconde ou cuida mal dos presentes que o genitor alienado dá ao filho. 
    • Sugere à criança que o outro genitor é pessoa perigosa. 

  • Denigre a imagem do outro genitor 


    • Faz comentários desairosos sobre presentes ou roupas compradas pelo outro genitor ou mesmo sobre o gênero do lazer que ele oferece ao filho. 
    • Critica a competência profissional e a situação financeira do ex-cônjuge. 
    • Emite falsas acusações de abuso sexual, uso de drogas e álcool.

A Criança Alienada:

  • Apresenta um sentimento constante de raiva e ódio contra o genitor alienado e sua família.
  • Se recusa a dar atenção, visitar, ou se comunicar com o outro genitor.
  • Guarda sentimentos e crenças negativas sobre o outro genitor, que são inconsequentes, exageradas ou inverossímeis com a realidade. 
Crianças Vítimas de SAP são mais propensas a:
  • Apresentar distúrbios psicológicos como depressão, ansiedade e pânico.
  • Utilizar drogas e álcool como forma de aliviar a dor e culpa da alienação.
  • Cometer suicídio.
  • Apresentar baixa auto-estima.
  • Não conseguir uma relação estável, quando adultas.
  • Possuir problemas de gênero, em função da desqualificação do genitor atacado.

Como parar a Alienação Parental? 

Busque e Divulgue Informações

A síndrome da alienação parental é um tema bastante discutido internacionalmente e, atualmente, no Brasil também é possível encontrar vários sites sobre o assunto, bem como livros e textos.
Tenha Atitude 

Como pai/mãe 
  • Busque compreender seu filho e proteja-o de discussões ou situações tensas com o outro genitor.
  • Busque auxílio psicológico e jurídico para tratar o problema. Não espere que uma situação de SAP desapareça sozinha.

    LEMBRE-SE

A informação sobre a SAP é muito importante para garantir às crianças e adolescentes o direito ao desenvolvimento saudável, ao convívio familiar e a participação de ambos os genitores em sua vida. 
A Alienação Parental não é um problema somente dos genitores separados. É um problema social, que, silenciosamente, traz conseqüências nefastas para as gerações futuras. 
Pai e Mãe, os filhos precisam de ambos! 

Estatísticas sobre a Síndrome da Alienação Parental 

80% dos filhos de pais divorciados já sofreram algum tipo de alienação parental.  

Estima-se que mais de 20 milhões de crianças sofram este tipo de violência.  

Assita agora a um vídeo passado no Fantástico sobre este assunto.



 

 fonte: site da SAP

sábado, 24 de abril de 2010

Programas de inclusão social capacitam deficientes físicos e intelectuais

Hoje no programa Ação, comandado pelo apresentador Serginho Groisman, passou a história do trabalho do Instituto Caminhando, que atua na formação de mão de obra especializada com pessoas especiais.
Vale a pena ver!

A linguagem docente no contexto do mundo líquido

Professor, estamos indo para a caverna da liquidez?

Em tempos líquidos, como define Zygmunt Bauman, como fica o reflexo da linguagem docente ante o delírio do virtual?

Linguagem e entendimento são conceitos co-originários que se explicitam mutuamente. As convicções docentes e autoevidências de fundo, portanto, representados pela cultura e organizados pela linguagem, são responsáveis pelo contexto situacional no mundo da vida docente.

No fundo da caverna platônica, o homem sabia distinguir muito bem as sombras que dançavam contra a parede das coisas mesmas que as produziam. Se o ingênuo interpretava a sombra por realidade, o sábio buscava as coisas mesmas, para contemplar a realidade.

Como lidar com a comunicação líquida que invade o coração e as utopias de nossos discentes? Habituados aos fluidos do orkut, conversam com tantas pessoas que conhecem apenas virtualmente, num “planeta cyber”. A mídia convencional os seduz. Mas na escola se calam ou gritam.

O caráter inconstante e fragmentável do relacionamento educador/educando nunca pareceu tão explícito como nos tempos líquidos modernos, cujo vínculo afetivo apresenta-se cada vez mais frágil.

Os desafios da linguagem humana são parte natural dos imperativos da modernidade líquida, entendemos.

“Cadê” os antídotos a tantos mal-estares no contexto escolar, ocasionados por tantas perguntas sem respostas? As queixas da violência escolar, do bullying, tornaram-se tão rotineiras que as deixamos de lado e queimamos nossos preciosos neurônios em termos de construir ou desconstruir teorias. Parece que as palavras sólidas de mestre estão fluidificando,juntamente com sua imagem de sábio.

E cada vez mais se ouve o velho chavão: Onde estamos indo? Eu perguntaria: A que lugar nossa linguagem está indo? Na sala de aula, condenava-se o autoritarismo. Agora, o espontaneismo. Inventa-se tantas coisas. A cibercultura traz à escola um novo estilo cognitivo, a possibilidade de uma organização de saberes em rede. É uma nova linguagem do mundo. Não podemos negar.


Conta-se que alguém perguntou a Beethoven, depois de ter executado uma de suas composições, ao piano: “Que queria o senhor dizer com esta peça?” Como resposta, assenta-se ao piano e executa-a novamente. Sua ação representa a resposta. Nossa linguagem, assim como a composição de Beethoven, vai além do apenas símbolo.

Eu, você, todos nós estamos à procura de algo que ainda não entendemos ou não se explicita de forma mútua. Algo novo, do qual não seja necessário ouvirmos mais uma vez ou indagarmos se é virtual ou real. Uma outra caverna? De uma resposta, no final do percurso, com certeza, não poderemos fugir: linguagem apenas.


Texto de Ercília Maria de Moura Garcia Luiz

Cinco passos para uma Meta

“A fórmula da minha felicidade:
um sim, um não, uma linha reta, um objetivo.”
(Friedrich Nietzsche)

Você decide ir ao cinema. Sai de casa e, quando percebe, imerso em seus pensamentos, está fazendo o caminho convencional para ir ao trabalho – que, por sinal, é diametralmente oposto. Depois de enfrentar um belo trânsito, acerta o passo e chega ao shopping.

Vasculha os três pisos de estacionamento para obter uma vaga. Logo mais, encontra uma agradável fila para comprar os ingressos. Na boca do caixa descobre que a sessão está esgotada. A próxima, somente em duas horas e quinze minutos.

Impossível? Improvável? Com você não? Pense bem antes de responder. Se você ainda não passou pelo ciclo completo descrito acima, uma boa parte dele já lhe visitou em um final de semana destes. O mal é o mesmo que afeta a profissionais e empresas no mundo corporativo: a ausência de metas definidas.

Vamos partir de um pressuposto. Você sabe o que quer, para onde deseja ir. Se estiver em uma companhia que não lhe agrada, buscará outra. Se estiver disponível, sabe qual o perfil de vaga lhe interessa. Se estiver satisfeito em sua posição atual, almeja alcançar um cargo mais elevado.

Uma meta, qualquer seja ela, só pode ser assim conceituada quando traçada segundo cinco variáveis. A primeira delas é a especificidade. Seu objetivo deve ser muito bem definido. Assim, é inútil declamar aos quatro cantos do mundo: “Quero trabalhar na multinacional ABC Ltda.”. Desculpe-me pela franqueza, mas acho que você não será contratado a menos que pense: “Vou trabalhar como gerente comercial, na divisão alfa, da companhia ABC Ltda., atuando na coordenação e desenvolvimento de equipes de vendas para a região sul”. Em outras palavras, quanto mais específica for a definição de seu propósito, mais direcionado estará seu caminho.

A segunda variável é a mensurabilidade. Sua meta deve ser quantificável, tornando-se objetiva, palpável. Em nosso exemplo anterior, você teria que definir, por exemplo, a faixa de remuneração desejada. Outra situação bem ilustrativa desta variável é a aquisição de bens materiais. “Pretendo comprar um carro”, é um desejo. “Vou comprar um veículo da marca XYZ, modelo beta, com motor 2.0, dotado dos seguintes opcionais (relacioná-los) e com valor estimado de R$ 30 mil”, é uma quase-meta.

A próxima variável é a exequibilidade. Uma meta tem que ser alcançável, possível, viável. Voltando ao exemplo inicial, o objetivo de integrar o quadro da companhia ABC como gerente comercial não será alcançável se você tiver uma formação acadêmica deficiente, experiência profissional incompatível com o perfil do cargo e dificuldades de relacionamento interpessoal.

Chegamos à relevância. A meta tem que ser importante, significativa, desafiadora. Você decide como meta anual elevar o faturamento de seu departamento em 5% acima da inflação. Entretanto, seu mercado está aquecido e este foi o índice definido – e atingido – nos últimos dois anos. Logo, é preciso ousadia e coragem para determinar um percentual superior a este, capaz de motivar a equipe em busca do resultado. Lembre-se de que o bom não é bom onde o ótimo é esperado.

Finalmente, o aspecto mais negligenciado: o tempo. Muitas metas são bem específicas, mensuráveis, possíveis e importantes, porém não definidas em um horizonte de tempo. Aquela oportunidade de negócio tem que ser concretizada até uma data limite. Determinada reunião deve ocorrer entre oito e nove horas. Certo filme no cinema sairá de cartaz na sexta-feira próxima.

Por isso, evite procrastinar, nome feio dado à mania de adiar compromissos. Este pode ser um golpe fatal em qualquer meta proposta.


Texto de Tom Coelho, educador, conferencista e escritor.

Aprenda a motivar-se

Diariamente nos deparamos com situações que nos colocam à prova e em evidência perante nossos colegas de trabalho. Quem disse que o mundo corporativo é uma selva, estava coberto de razão. Uma selva aonde só os mais fortes sobrevivem.

Como enfrentar esse clima e essa batalha? Aonde encontrar a força e a motivação necessárias para seguir em frente, matar um leão por dia e ainda buscar o reconhecimento merecido?

A luta pelo sucesso não é tarefa fácil. É preciso algo a mais do que simples competência. É preciso bom relacionamento, capacidade de lidar com o inesperado, sangue frio , paciência e uma boa dose de sorte também.

A sorte tem seu papel nesta guerra mas ela sempre acontece para quem sabe aproveitar as oportunidades que se apresentam sem aviso e também para quem não prejudica deliberadamente os outros.

Motivar-se diariamente e persistir no caminho são as partes mais árduas. Exigem um foco incrível e uma visão de futuro que poucos têm. É como manter um casamento feliz e muitos fracassam na tentativa porque perdem o foco e desmotivam-se.

Existem dias bons e dias péssimos no quesito motivação. Dias em que tudo dá errado e dias em que as coisas boas simplesmente acontecem. Saber equilibrar-se nessa gangorra é o segredo para não ficar exposto aos extremos ( alegria exagerada ou tristeza profunda) porque viver nestas duas situações acaba por gerar um desgaste muito grande.

Procure não se abalar por qualquer coisa. Priorize suas atividades e suas reações. Reaja de maneira menos intensa quando o assunto não for tão sério e nem de maneira banal quando a coisa for grave. Crie um equilíbrio de emoções para manter sua mente saudável e resistente aos golpes. Desta forma é mais coerente resolver os problemas, mais sábio e mais produtivo. Permita-se um tempo para pensar ao invés de agir impulsivamente. Reflita, use sua inteligência , seja estrategista. Tudo isto vai provocar em você uma motivação até então desconhecida, que virá de decisões acertadas e pequenas vitórias diárias e vão alimentar seu ego, sua vaidade e lhe dará força para persistir.

O caminho se faz caminhando, é nele que se encontram as razões para seguir ou parar e é no peregrino que está a força ou a fraqueza interior para dar o próximo passo ou fazer a próxima curva. Portanto, você é o peregrino do caminho para seu sucesso ou seu fracasso, que estrada vai escolher?


Texto enviado ao meu e-mail pessoal por SIMONE CASTILLO

A força do temperamento na liderança

A liderança se destaca no mundo empresarial porque é a principal competência requerida para não ser expulso dos mercados globalizados, continuar competitivo e ter lucro perenemente. Mas a ela não têm sido oferecidas condições efetivas de desenvolvimento! Isso pode ser percebido no estudo de Miguel Vizioli, profissional de Recursos Humanos há mais de 30 anos, realizado com 5 mil líderes “top” que trabalham em 200 empresas de grande porte. Ele chegou à conclusão que, entre as nove competências habitualmente avaliadas em programas de assessment, a liderança aparece em último lugar e sequer obtém a metade da nota máxima nas escalas de avaliação.

Esse cenário mereceu de minha parte e do pesquisador citado uma análise profunda. Por que a liderança resiste à corte que lhe fazem empresários comprometidos e profissionais supostamente bem preparados? Ou, quando parece ter sido capturada, ela se esgueira? Após estudos, descobrimos que o temperamento impede o melhor desenvolvimento da liderança entre líderes.

Sim, temperamento, sinônimo de gênio, que pronunciamos sem atentar para a abrangência de seu conceito. Temperamento, já sabiam os filósofos gregos, é a espinha dorsal da personalidade. Os primeiros estudos sérios sobre o assunto, iniciados no século V a.C. pelo médico grego Hipócrates e desenvolvidos até a época atual, mostram que os temperamentos sempre foram quatro, e universalmente encontrados.

A filosofia de administração moderna e o foco em resultados, centrados no Q.I. (quociente intelectual) e com destaque para raciocínio lógico, criaram ambientes de trabalho apropriados para pessoas com tais características, negligenciando as que apresentam melhor desenvolvimento em Q.E. (quociente emocional) e também em Q.S. (quociente espiritual), recentemente identificado pela física e acadêmica norte-americana Dana Zohar.

Nas organizações é fácil perceber quais têm sido as escolhas da área de seleção e quem é preferido para cargos de chefia. Conforme pesquisa citada, constata-se alta incidência (mais de 50%) de líderes que apresentam o mesmo temperamento. Este se caracteriza por ter alto foco em resultados – o que é bom – mas falha por ter visão de curto prazo e pouco foco em pessoas. Percebe-se um enorme paradoxo entre a realidade das competências encontradas nas empresas e aquelas buscadas em seus líderes.

Hoje, fala-se muito em líder inspirador e motivador, que saiba comunicar-se em via de mão dupla. Pessoas com altos Q.E. e Q.S., mais habilitadas para lidar com a diversidade humana e promover desenvolvimento, harmonia e cooperação em trabalhos de equipes, vêm, há décadas, sendo sistematicamente alijadas de cargos de liderança. É por isso que as coisas não mudam!

Mas, nem tudo está perdido! Há uma metodologia, sugerida no livro “Liderança - a força do temperamento”, que se chama 3 As: Autoconhecimento, Aprendizagem e Acompanhamento. Primeiramente, o líder precisa se conhecer e perceber questões que são suas, muitas vezes inconscientes, e que o impelem a desenvolver comportamentos adequados e inadequados. Para isso, há ferramentas eficientes que detectam o perfil, os pontos fortes e fracos. Ele também precisa aprender continuamente para que o autoconhecimento se transforme em ação. Tanto o autoconhecimento quanto a aprendizagem requerem acompanhamento de um coach, preferencialmente externo à empresa. A imparcialidade e a expertise do coach no uso desse método asseguram o sucesso final da metodologia.

Texto de Maria da Luz Calegari, consultora de carreiras e de empresas para as áreas de comunicação e educação corporativa. Pesquisadora de temperamentos e tipos psicológicos desde o início dos anos 90. Autora, junto com Miguel Vizioli, de Liderança – a força do temperamento (Ed. Pearson).(revista profissão mestre)

sexta-feira, 23 de abril de 2010

DIA INTERNACIONAL DO LIVRO (23/04)

Pois é, penso que quase ninguém sabe que hoje é o dia internacional do livro. Então vamos lá né, já que fui acometida por uma inflamação no dedo do pé direito e mal consigo andar, pois dói demais e ao parar ele continua a doer e eu não estou dentro do viradão e curtindo a Preta, o Marcelo D2 e  outros sons irados na Praça XV, exposições e tudo mais que esse viradão esta disponibilizando para nós cariocas, só me resta postar algo sobre este dia tão importante quanto o viradão.


O Dia Internacional do Livro teve a sua origem na Catalunha, uma região semi-autônoma da Espanha,
A data começou a ser celebrada em 7 de outubro de 1926, em comemoração ao nascimento deMiguel de Cervantes. No ano de 1930, a data comemorativa foi trasladada para 23 de abril, dia do falecimento de Cervantes.

Em 1996, a Unesco instituiu 23 de abril como oDia mundial do livro e do Direito de autor.

Nada mais justo do viradão estar se iniciando hoje. 23 de abril.

Para quem esta participando do Viradão, curtão tudo, e torça, para que até domingo eu consiga fazer parte desse grupo e poder visitar algumas exposiçoes...

bj a todos
Lu

quarta-feira, 21 de abril de 2010

APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL

Olha que legal o que vai acontecer em julho aqui no Rio de Janeiro, pertinho de nós , centro de convenções sulamérica na cidade nova. Vale a pena divulgar desde já para que todos possam começar a se preparar. Eu já estou fazendo os meus planos para participar em todos os dias desta jornada. Entre no site e saiba de todos os congressos, palestras e feiras relacionados com educação.

 



terça-feira, 20 de abril de 2010

Tecnologias da Educação

Depois de assistir a um video em sala de aula, levado pela minha professora, não me contive e mesmo diante de muito cançaso e dor de cabeça resolvi colocar em prática o que foi solicitado pela prof. Ana Laura, comecei a fuxicar atras de algo relacionado ao tema da aula e claro da disciplina. Estarei colocando abaixo os vídeos dos quais particularmente achei o máximo.








Em seguida vem o video que foi apresentado em sala de aula.



ESPERO QUE GOSTEM ASSIM COMO EU GOSTEI!
lU MALUF

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Currículo dos cursos de Pedagogia não prepara para a realidade escolar

O currículo dos cursos de Pedagogia, principal entrada na profissão, não contempla o "quê" e o "como" ensinar nem prepara para a realidade escolar, revela pesquisa da Fundação Carlos Chagas.

O professor, por excelência, é o profissional que sabe ensinar e tem domínio sobre os conteúdos que leciona. Aparentemente óbvios, esses preceitos infelizmente não se confirmam no dia-a-dia, e a maior causa disso é a formação inicial. O curso de Pedagogia, que deveria garantir a competência de quem leciona na Educação Infantil e nas primeiras séries do Ensino Fundamental, forma profissionais despreparados para planejar, ensinar e avaliar. O resultado é a péssima qualidade da Educação no país.
Um curso que tem como missão formar profissionais tão diversos como professores de diferentes segmentos, além de coordenadores pedagógicos, gestores, supervisores de ensino e pesquisadores, não tem como prioridade no currículo o "quê" e o "como" ensinar determinadas faixas etárias. Segundo a pesquisa realizada pela Fundação Carlos Chagas para NOVA ESCOLA, apenas 28% das disciplinas dos cursos ministrados em todo o país se referem à formação profissional específica - 20,5% a metodologias e práticas de ensino e 7,5% a conteúdos.
"Muitos dos futuros educadores não dominam esses conteúdos, e cabe à faculdade considerar os conhecimentos dos ingressantes e suprir essas lacunas", diz Gisela Wajskop, doutora em Educação e diretora do Instituto Superior de Educação de São Paulo - Singularidades. Na Argentina, um país reconhecido por desenvolver de forma articulada a investigação didática e projetos de formação docente, as disciplinas do currículo voltadas a "o quê" e "como" ensinar correspondem a 65,2% do currículo do curso.

No Brasil, grande parte da carga de matérias da Pedagogia - 42% do total - é voltada para o funcionamento dos sistemas educacionais e os fundamentos da Educação (História, Psicologia da Educação etc.). Uma boa base teórica em humanidades é fundamental, mas não o suficiente (leia os depoimentos nesta página e nas seguintes). "A graduação deve ajudar os professores a se servir de conhecimentos teóricos para ref letir sobre o cotidiano - o que não acontece hoje", afirma Elisabete Monteiro, da Universidade do Estado da Bahia (Uneb).

Faltaram didáticas
  Elaine Oliveira, professora da rede municipal de Salvador, BA diz:

Quando começou a trabalhar com uma turma de 1ª série em Salvador, há dez anos, Elaine Oliveira não estava preparada para essa difícil tarefa. Apesar de ter estudado as hipóteses de escrita, ela não sabia o que fazer com a informação quando se deparava com os textos escritos pelas crianças. "Não tinha claro quais atividades propor para que cada uma delas avançasse", conta. " Ficava frustrada por não conseguir usar em sala de aula conhecimentos tão importantes para o trabalho com essa fase." Nas aulas de Matemática, o problema era igualmente grave. Além da didática, conteúdos da disciplina, como o trabalho com sistemas de numeração, também ficaram de fora das aulas durante a graduação.

"Não aprendi os conteúdos de Matemática nem como alfabetizar."

A história da formação docente no país ajuda a entender a ênfase do curso de Pedagogia, em fundamentos da Educação (leia a linha do tempo abaixo). Desde antes da República, os professores primários eram colocados no mercado pelas Escolas Normais de nível médio e assim permaneceu após a criação do superior de Pedagogia, que tinha como foco preparar especialistas e pesquisadores em Educação, mas nada relacionado à prática.

Essa trajetória voltada para as humanidades fez surgir um impasse quando, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, ficou definido que em dez anos o diploma do Normal médio não seria mais suficiente para lecionar e que Institutos Superiores de Educação (ISEs) e Escolas Normais Superiores formassem professores da Educação Básica com foco na prática docente. "Houve um embate entre os ISEs e as faculdades de Pedagogia, que também lutavam por esse mercado", explica Bernardete Gatti, coordenadora do departamento de pesquisas educacionais da Fundação Carlos Chagas. Essas últimas levaram a melhor e os ISEs se adaptaram ou fecharam.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia, de 2006, não ajudaram a definir o que se espera do curso. O resultado é um currículo fragmentado, como mostra a pesquisa. Nos 71 currículos analisados, foram identificadas 1.968 disciplinas diferentes sem correspondente em nenhuma outra instituição.

A prática de sala de aula está em segundo plano no currículo. "As faculdades de Pedagogia não discutem os problemas da escola, só os tangenciam", diz Bernardete. "Há que levar em conta que muitos docentes universitários nunca lecionaram na Educação Básica", acrescenta. "Mesmo os poucos pós-graduandos que estudam práticas de ensino não levam para a rede o que defendem na teoria", diz Estela Giordani, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul. Essa distância da realidade escolar se evidencia na análise das ementas dos cursos de Pedagogia na pesquisa: apenas 8% delas citam a palavra "escola".

Mais ausentes ainda das faculdades de Pedagogia estão as didáticas específicas: saberes que tratam da interação entre professor, aluno e objeto de estudo, ou seja, as relações de ensino e aprendizagem de cada conteúdo para cada faixa etária.

A proposta é que, pela reflexão, se abram novos caminhos para a prática docente e se evite a simples reprodução do modo de ensinar conhecido na infância e na universidade. "Os professores precisam produzir respostas próprias, e não inventar o que já se sabe", afirmou Delia Lerner.

 Concursada, mas perdida

Daniela Arco e Flexa, professora da rede municipal de São Paulo, SP, diz:

Durante o curso de Pedagogia, concluído em uma faculdade particular da capital paulista, Daniela não aprendeu a trabalhar com crianças de Educação Infantil. Mesmo assim, recém-formada, ela foi aprovada em um concurso da rede municipal de São Paulo para trabalhar com turmas de até 3 anos. Ao chegar à sala de aula, se deu conta de que não dominava questões fundamentais para a rotina profissional. "Não sabia nada sobre os cuidados, que incluíam a alimentação e o banho, nem que atividades propor a crianças tão pequenas. Nessas situações, o acompanhamento pedagógico é essencial, mas não tive esse apoio."

"Ao longo do curso, tive pouquíssimas aulas sobre Educação Infantil."


A formação de professores no Brasil
1982
Surgem os Centros Específicos de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério (Cefams), criados pelo governo federal para aprofundar a formação de professores em nível Médio com carga horária em período integral.

1986
O Conselho Federal de Educação cria uma resolução que permite aos cursos de Pedagogia, além de formar os técnicos em Educação, oferecer habilitação para a docência de 1ª a 4ª série, antes limitada ao Magistério em nível Médio.

1996
Com a nova LDB, institui-se a exigência de nível superior para os professores da Educação Básica. Redes públicas e privadas e profissionais da Educação têm prazo de dez anos para se adaptar à nova legislação.

1997
O ano marca o início de uma disputa: de um lado, Institutos Superiores de Educação e Escolas Normais Superiores e, do outro, Faculdades de Pedagogia. Professores de 1ª a 4ª série são formados sem diretrizes claras.

2003
O Conselho Nacional de Educação emite resolução e nota de esclarecimento confirmando a obrigatoriedade do diploma em nível superior para a docência na Educação Infantil e séries iniciais, o que já fora instituído na LDB de 1996.

2006
Saem as Diretrizes Nacionais para a Pedagogia, de caráter vago. E as Diretrizes Nacionais da Educação delegam ao curso a formação de professores de 1º a 5º ano, Educação Infantil, Ensino Médio na Modalidade Normal e EJA.

FONTES HISTÓRIA DA FORMAÇÃO DOCENTE NO BRASIL: TRÊS MOMENTOS DECISIVOS, DE DERMEVAL SAVIANI, E DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA O CURSO DE PEDAGOGIA.

Os formados em Pedagogia podem atuar em diferentes segmentos: Educação Infantil, séries iniciais, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e em contextos não escolares, como organizações não-governamentais. Para dar conta de tão diversas modalidades de ensino, o curso tem apenas 11% das disciplinas. Para o trabalho com crianças de até 5 anos, segundo a pesquisa, há em média apenas duas disciplinas. Cerca de 29% das universidades federais e 11% das privadas não oferecem matérias relacionadas ao segmento. A situação não é menos crítica em relação à EJA, abordada em 1,5% das disciplinas. "As especificidades da prática nas diferentes modalidades de ensino são tratadas de forma insuficiente e isso é percebido quando os formados chegam à sala de aula", diz Elisabete Monteiro, da Uneb.

Se a ênfase da graduação não está na prática profissional, ao menos nos estágios obrigatórios os futuros mestres poderiam se ver inseridos no ambiente escolar. Propostas consistentes de estágio, porém, ainda não estão presentes no curso. Hoje, a lei manda que o estudante de Pedagogia cumpra no mínimo 300 horas de estágio em instituições de ensino: nada mais fica claro sobre como deve ser essa experiência, fundamental para o educador.

A observação seguida de relatório é a atividade cumprida com mais freqüência pelos estagiários. Poucas vezes, no entanto, eles são suficientemente orientados sobre como relacionar o que foi visto em aula à teoria estudada na faculdade. É freqüente, assim, que eles vejam de forma pouco crítica a prática dos educadores com que tomam contato e, se identificam problemas, não conseguem propor soluções. O choque com o cotidiano costuma ser a tônica dessa etapa. "Cria-se ao longo do curso um modelo idealizado de ensino e desconstruí-lo é difícil", diz Estela Giordani, da UFSM.

Para enfim vivenciar como profissional a realidade da rede pública de ensino, o formado em Pedagogia muitas vezes presta um concurso público. Dados obtidos na pesquisa da Fundação Carlos Chagas demonstram que 57,1% dos editais não trazem bibliografia. A análise das que foram encontradas demonstra que o conhecimento exigido de quem leciona de 1º a 5º ano em redes estaduais e municipais está bem próximo do curso oferecido pelas faculdades de Pedagogia. As leituras pedidas sobre "o quê" e "como" ensinar nas provas correspondem a 32% do total, enquanto aspectos gerais da Educação, legislação e currículo somam 63%.

Maria Auxiliadora Seabra Rezende, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação, aponta para a necessidade de diretrizes que dêem a estados e municípios suporte para a realização das provas de seleção. O ideal, de acordo com ela, seria que os concursos trouxessem questões mais relacionadas à sala de aula, criando uma demanda para as próprias faculdades de Pedagogia. Alguns estados tentam aproximar a escola do ensino superior, mas esbarram na autonomia universitária. "A universidade precisa se conscientizar de seu papel para que a Educação avance", conclui Maria Auxiliadora.

Caos no estágio
Monica Fonseca, estudante de Pedagogia de Brasília, DF, diz:

O batismo de Monica Fonseca na condução de uma sala de aula não foi diferente do de muitos professores. Além de não conhecer bem o que cabe ao professor ensinar e de que forma, ela não estava preparada para comandar um grupo de cerca de 30 crianças. E, o pior, cumprindo estágio em uma escola pública de Brasília, soube que substituiria a titular da turma. "Deram-me exercícios em papel mimeografado e me mandaram para a sala de aula. Eu não sabia nada sobre como intervir e nem havia planejado nada. A classe ficou agitadíssima e eu quase comecei a chorar." Ela levava os dilemas para os encontros com a orientadora na faculdade, mas saía de lá sem soluções.

"A escola que encontrei não me foi apresentada durante a faculdade." 

Segundo os especialistas, o curso de Pedagogia eficiente...


Valoriza as didáticas específicas
Esses saberes devem ter destaque, pois são eles que dão a base para um ensino que garanta a aprendizagem das crianças. "Só com a apropriação do conhecimento didático - baseado em pesquisa sobre a prática docente - é possível instrumentalizar o profissional para ensinar bem História, Ciências ou qualquer outra disciplina", diz Gisela Wajskop. (Em novembro, NOVA ESCOLA vai trazer reportagem sobre como o conhecimento didático é produzido e aproveitado em classe.)

Promove estágios supervisionados
A primeira experiência em sala de aula é um importante campo para a reflexão sobre a prática e deve ocorrer ao longo do curso. Na Argentina, o estágio é marcado pela forte interação entre a escola e a instituição formadora. Em Buenos Aires, por exemplo, existe o "maestro orientador" - o titular de sala que acompanha o futuro profissional durante sua experiência na rede.

Ensina a planejar, avaliar e registrar
Para promover a aprendizagem, é necessário saber planejar as aulas, avaliar o trabalho, reorientar os próximos passos e colocar tudo no papel. "A escrita de projetos, relatórios e textos acadêmicos também faz parte da rotina docente - embora ainda esteja longe dos currículos", diz Magdalena Viviani Jalbut, coordenadora do Instituto Superior de Educação Vera Cruz, em São Paulo.

Contempla os segmentos de ensino
Dar mais peso às características dos segmentos assegura a competência para atuar em cada um deles. "Com informações sobre o ambiente educacional, é possível organizar o espaço e o tempo em sala de aula, determinar os conteúdos a ensinar e escolher como trabalhá-los com cada aluno", afirma Magdalena.

A fragilidade de cursos de Pedagogia e de licenciaturas no Brasil

Cursos sem foco, currículos distantes das necessidades e ensino precário mostram a urgência de repensar a preparação para a docência no país.

O Instituto Superior de Educação Programus (Isepro) é uma instituição formadora de professores localizada em Água Branca, a 99 quilômetros de Teresina. Ele abriga um dos nove cursos de Pedagogia com conceito 1 - o mais baixo - no último Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que mede a qualidade do Ensino Superior. Também faz parte da lista de 62 entidades em que os alunos ingressantes tiraram nota superior aos concluintes (os dois grupos fazem a mesma prova). No país, cinco cursos de Pedagogia conjugam essas duas características. Apenas o Isepro veio a público explicar as razões do fraco desempenho. Decidiu fazê-lo por meio de uma "nota a sociedade" (sic) em seu site. O texto contabiliza equívocos de ortografia (troca de letras, erros de acentuação e pontuação), gramática (problemas de concordância e regência verbal e nominal) e digitação (palavras truncadas). Alguns estão destacados na ilustração acima.

É verdade que todo mundo erra. Uma leitura atenta revelará deslizes aqui mesmo, nesta edição de NOVA ESCOLA. Também é possível (e válido) contestar as fragilidades do Enade, alegando que ele não mede com precisão o que se ensina e que suas questões estão mais próximas da realidade de ingressantes do que de concluintes. Mesmo tratando-se de um mecanismo imperfeito, o panorama delineado por ele é grave. Considerando apenas a avaliação de Pedagogia, 160 cursos - 14% do total - apresentam desempenho insuficiente (conceitos 1 e 2).

Essa crise de qualidade é resultado de uma espécie de inconstância permanente que marca a formação de professores no Brasil (leia a linha do tempo no quadro abaixo). Mais recentemente, em 1996, essa trajetória teve um capítulo importante com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). O desafio era superar uma histórica contradição. Enquanto professores polivalentes da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental (formados sobretudo nas habilitações de Magistério de nível Médio) possuíam conhecimento razoável do "como", mas pouca base do "que" ensinar, os especialistas das séries finais (egressos das Licenciaturas) viviam o contrário: dominavam o "que" e derrapavam no "como".

Duas propostas carregavam a promessa de avanço: a exigência de concluir uma graduação para lecionar na Educação Básica e a criação dos Institutos Superiores de Educação (ISEs). Concebidos com a intenção de ser centros de formação de docentes, eles prometiam integrar os fundamentos da Educação, os conteúdos específicos e a prática.

Mas as mudanças não surtiram o efeito desejado. Universidades públicas e associações de docentes passaram a bombardear os ISEs (a maioria, segundo os críticos, não teria tradição em pesquisa nem corpo docente qualificado) e o Normal Superior (tido como um "aligeiramento" da formação). Em 2006, o curso começou a desaparecer, com a determinação do Conselho Nacional de Educação (CNE) de que a formação de professores polivalentes ocorra na Pedagogia.

A migração para o nível superior, por sua vez, pouco contribuiu para melhorar a situação. Impulsionado pela demanda da expansão da Educação Básica, o número de cursos de Pedagogia e Licenciaturas - a maioria sem qualidade - explodiu (aumento de 65% entre 2001 e 2006). E tudo indica que as faculdades afastem os futuros docentes da realidade das escolas. Em 2008, uma pesquisa da Fundação Carlos Chagas (FCC) encomendada pela Fundação Victor Civita (FVC) revelou que as disciplinas com conhecimentos específicos sobre a docência (voltadas à prática e às didáticas específicas) representam, no máximo, 30% da carga horária dessas graduações.
Idas e vindas da Formação
Em um século e meio, quase tudo mudou: o nome e a natureza dos cursos, o grau de instrução para a matrícula e o perfil profissional almejado

1835 Inagurada a primeira Escola Normal do país. A formação, de nível Médio, preparava docentes para a etapa inicial da escolarização.

1939 Criados os cursos de Licenciatura, para especialistas das séries finais, e Pedagogia, para formar docentes das Escolas Normais.

1969 Modificado o perfil da Pedagogia, que também passa a formar especialistas em Educação (diretores, coordenadores e supervisores).

1971 A Escola Normal é substituída pela habilitação de Magistério, também de nível Médio, para formar professores polivalentes.

1996 A exigência de formação superior para lecionar acaba com o Magistério. A opção é o Normal Superior, de dois ou três anos.

2006 Encerrada a oferta de vagas para o Normal Superior. A Pedagogia passa a acumular a formação de professores polivalentes.

Repensar currículos e garantir que os piores saiam de cena

Por mais que o problema da formação se relacione com diversas outras questões da Educação (da seleção de alunos à carreira docente), uma mudança do quadro atual exige medidas de impacto direto nas instituições formadoras. Para os especialistas ouvidos por NOVA ESCOLA, reorganizar o currículo é fundamental. Equilibrar a balança entre o "que" e o "como" ensinar e aproximar a universidade do dia a dia das escolas é o caminho para que a teoria que se aprende na graduação sirva, de fato, para refletir sobre a prática. Uma possibilidade é a análise dos livros didáticos. Por meio de leituras críticas em grupos de estudo, futuros pedagogos e licenciandos entrariam em contato com o conteúdo e a forma efetivamente apresentados nas escolas, examinando seu alcance e suas limitações.


No plano das políticas públicas, é preciso resolver a "crise de identidade" do curso de Pedagogia. A exigência atual de preparar tantos profissionais (professores polivalentes, diretores, coordenadores pedagógicos e supervisores) parece suplantar a capacidade de um só curso. Uma saída é concentrar na graduação os saberes dos anos iniciais do Ensino Fundamental, oferecendo as demais habilitações (gestão e Educação Infantil, por exemplo) como especializações.

Por último, o problema das instituições de mau desempenho. A ideia é garantir que melhorem - ou saiam de cena. Com base no Enade de 2005, o Ministério da Educação (MEC) iniciou, três anos depois, a supervisão de 48 cursos de Pedagogia e 11 remanescentes de Normal Superior. Desses, 16 foram fechados e dez suspenderam novas matrículas. É preciso ampliar a fiscalização para as 160 instituições com conceitos insuficientes no exame de 2008. Até agora, nenhum dos cinco cursos citados no início do texto está na mira do MEC.

BIBLIOGRAFIA
A Pedagogia no Brasil - História e Teoria
, Dermeval Saviani, 275 págs., Ed. Autores Associados, tel. (19)3249-2800, 49 reais

revista nova escola 04/2010

POR QUE O DIA DO ÍNDIO É 19 DE ABRIL?


Em 1940  a Funai realizou, na cidade de Patzcuaro, no México, o I congresso Indigenista Internacional, com objetivo de debater assuntos relacionados às sociedades indígenas de cada país. Foram convidados representantes de todos os países do continente americano.
Os índios, principal motivo do evento, receberam o convite de honra, entretanto, por terem sido, ao longo de sua história, perseguidos e traídos pela sociedade envolvente, optaram por manterem-se afastados. Vários e insistentes convites foram feitos na tentativa de faze-lo participar do congresso. Ao fim de alguns dias, na medida em que se inteiravam dos reais propósitos da reunião, de sua importância para a luta por garantias de seus direitos, resolveram participar de forma efetiva nas reuniões de Patzcuaro.
Esse momento, por sua importância na história do indigenismo das Américas, motivou os Congressistas a deliberarem no sentido de instituir o dia 19 de Abril como o “Dia do Índio”.
O I Congresso Indigenista Interamericano foi um evento importante, não só por ter instituído o “Dia do Índio”, mas principalmente por ter deliberado a criação do Instituto Indigenista Internacional, com sede no México, cuja finalidade é zelar péla garantia dos direitos indígenas nas Américas. Ao Instituto Indigenista Interamericano encontram-se ligado os Institutos Indigenista Nacionais.
O governo brasileiro, por questão de política interna, não aderiu de imediato às deliberações desse Congresso, somente em 1943, graças aos apelos e intervenções formulados pelo Marechal Rondon é que o então Presidente da República, Getúlio Vargas, determinou a adesão do Brasil ao Instituto Indigenista Interamericano, como também instituiu o dia 19 de abril como o “Dia do Índio”, por meio do Decreto - Lei N.° 5. 540.

 "Se por um lado é importante ter uma data para que a sociedade nacional comemore e reflita sobre as sociedades indígenas, por outro lado é lamentável que as atenções estejam voltadas para esses povos por apenas um dia ou uma semana. O ideal é a conscientização nacional de que o Brasil é um país pluriético e que é preciso construir um cotidiano de convivência pacífica, de respeito e aprendizado mútuo."

19 de abril, dia dos verdadeiros donos dessa terra, o índio.

POEMA: A vida do índio


O índio lutador,
Tem sempre uma história pra contar.
Coisas da sua vida,
Que ele não há de negar.
A vida é de sofrimento,
E eu preciso recuperar.

Eu luto por minha terra,

Por que ela me pertence.
Ela é minha mãe,
E faz feliz muita gente.
Ela tudo nós dar,
Se plantarmos a semente.

A minha luta é grande,
Não sei quando vai terminar.
Eu não desisto dos meus sonhos,
E sei quando vou encontrar.
A felicidade de um povo,
Que vive a sonhar.

Ser índio não é fácil,
Mas eles têm que entender.
Que somos índios guerreiros.
E lutamos pra vencer.
Temos que buscar a paz,
E ver nosso povo crescer.

Orgulho-me de ser índio,
E tenho cultura pra exibir.
Luto por meus ideais,
E nunca vou desistir.
Sou Pataxó Hãhãhãe,
E tenho muito que expandir.


Autor: Edmar Batista de Souza (Itohã Pataxó)

domingo, 11 de abril de 2010

O QUE A EDUCAÇÃO TEM HAVER COM A TRAGÉDIA DO RIO (ABRIL 2010)

Com tanta coisa acontecendo na cidade do Rio de Janeiro, com os debates do que se fazer com os inúmeros moradores das áreas de riscos existentes. Desocupa? Põe essas pessoas a onde? Quem paga o aluguel dessas pessoas que perderam tudo? Por que tudo isso aconteceu? por que não foram avisados?...
Tantas perguntas e quase sem muitas respostas.
Lendo o jornal impresso de hoje. Me deparei com com artigos sobre as desocupações a serem feitas daqui a alguns dias. E com isso passei a refletir ...

1. Fiquei pasma de saber que a seis anos, familias já deviam ter sido removidas, mas somente agora essa medida entrará em ação.   Para mim um completo descaso.
      
2. Entidades contrárias as remoções, que lutavam a favor da permanencia deles em áreas de riscos  e de proteção ambiental. - Será que estas pessoas realmente não tinham conhecimento que onde estavam era lugar de risco de vida? Que cedo ou tarde, algo negativo poderia acontecer? - descaso / omissão / negligência / "inconcientização".
     
3. Ocupação desordenada. - Uma palavra que me hamou a atenção. Entendo que  pessoas querem e tem o direito de estarem morando próximo a áreas de grandes fluxos economicos, sociais, financeiros, etc. Mas passar por cima de segurança e ocupar locais inapropriados? Difícil entender. A um tempo atrás, ainda solteira lembro-me de dois fatos que ocorreram na minha vidinha... Quando morava na Tijuca na rua Uruguai, tivemos um desentendimento familiar e com isso eu e minha mãe saímos da onde morávamos confortavelmente e ir para um lugar muito longe de onde estávamos acostumadas e onde tinha minha escola, meus amigos. Me lamentei, chorei, mas fui, e lá, tive que me adapitar ao novo ambiente, aos novos vizinhos...depois de um tempo, voltamos, porém passado algum tempo, perdermos tudo e tivemos que ir morar no morro do Andaraí. Nossa, saíndo do conforto de um belo ape, em um bairro tradicional e charmoso, para ir morar no morro, nada contra, mas é difícil a mudança, a adaptação, os riscos que passamos foram grandes, mas o que fazer? Tínhamos que morar em algum lugar e lá era um lugar que nos dava de certa forma uma proteção. Já tive minha mãe refém de bandido fugindo de bandindo, mas para nós, não haviam opções. Nos conformamos, mas nos mantinhamos de certa forma, seguros. Arriscar nossas vidas em lugar de risco, jamais! Soube que existe uma Lei Orgânica do Município, que cita a remoção próxima às áreas á ocupadas. Ai o ex-presidente da Federação das associações de Moradores de Favelas, Sr. José Nerson, diz que "o prefeito não pode mexer na vida social das pessoas". Porém, abandidagem, as drogas, têm esse direito? Sr., escola, a prefeitura tem a obrigação de providenciar a transferência das crianças. Amigos? Conhecidos?, colegas? Vizinhos? Refazemos ! A vida continua! O concreto vale mais que a própria vida? Temos que usar o racional e nos amar mais!

4. Não dizer aos moradores para onde vão. - Absurdo!!!! Paes disse isso. Sr. prefeito, o Sr. esta lidando com seres humanos. Todos tem o direito de saber para onde serão encaminhados e o Sr. tem a obrigação de falar.

5. "Tem que se mapear as áreas de risco e, depois, reacentar ou fazer contenção das encostas, dependendo do que for mais barato." - Mias barato??? faça me o favor?! Que absurdo! Uma prefeitura que gasta milhões no carnaval que dur 3 dias, ainda compra fantasias caríssimas para estrelas internacional da música, vai resolver economizar agora? A prefeitura, o governo, têm que fazer o melhor para a população, para a comunidade, para a segurança, para a vida. São vidas, Sr. Ricardo Corrêa. E se preocupar com o valor nesta situação é pura falta de sensibilidade. Agora é a hora certa para se gastar milhões, mapear, reassentar, E fazer a contenção.!!!!!

6. Outro Absurdo é o que o Sr. Itamar Silva declarou sobre a remoção. Antes da tragédia, ele era contra a remoção e agora, como descreveu o reporter, a nova versão 2010 do pensamento desse Sr., é que ele é contra em caso de especulação imobiliaria. rs, vai entender....

Agora depois de tudo isso, vamos parar e refletir... Tudo isso tem ou não haver com a educação?
No meu pensamento a educação engloba: saber, conhecimento, concientização, reflexão, opinião...
Devemos parar de sempre ligar educação a escola, a estudo. Educação é muito mais!
É equivocado afirmar e limitar educação à etapa de estudo.  Além do que, educação é muito mais do que um período, que uma etapa, que uma tarefa, ou ainda que uma fase. Educação, o processo em que o humano vai buscando trilhar o caminho do amadurecimento integral. Este processo não é momentâneo ou passageiro, mas sim uma dinâmica que precisa ser buscada e vivida durante toda a existência. 

Educação é passar de uma mentalidade ou de um senso comum a uma consciência. Significa sair de uma concepção fragmentária, incoerente, desarticulada, implícita, degradada, mecânica, passiva e simplista, para assumir uma concepção unitária, coerente, articulada, explícita, original, intencional, ativa e cultivada. De tudo o que foi dito, conclui-se que a passagem do senso comum à uma consciência é condição necessária para situar a educação dentro de seu significado primordial. Preocupar-se com a elevação do nível de consciência de todo um povo, de toda uma nação, é reconhecer na educação o sentido e o valor de nossa existência.

A educação nos vem de três princípios básicos: a natureza, o homem, e as coisas. Assim, o desenvolvimento interno de nossas faculdades e de nossos órgãos é a educação da natureza; o uso que nos ensinam a fazer desse desenvolvimento é a educação dos homens; e a adquirida dos objetos que nos impressionam, por experiência própria, é a educação das coisas. Por isso, educação não é somente uma atividade é, acima de tudo, a construção de um saber que ultrapassa o sentido escolar e se torna uma construção permanente na vida do ser humano. 

E você,  o que pensa sobre o tema descrito?  Educação tem ou não ligação com a tragédia que ocorreu dias atrás em nossa cidade? 
Se puder, deixe seu comentário!
bjs no coração a todos os cariocas que se comoveram diante de tanto pranto.
Lu Moraes

sábado, 10 de abril de 2010

MEU SEGUNDO BLOG

PARA QUEM AINDA NÃO CONHECE E PARA QUEM SOLICITOU, POSTO AGORA O LINK DO MEU OUTRO BLOG DE TUDO & MAIS UM POUCO.

ENTREM, OLHEM, LEIAM, E PARTICIPEM, CONTO C/ VOCÊS!!

BEIJOS NO CORAÇÃO DE TODOS

LU MALUF


terça-feira, 6 de abril de 2010

Tudo que é enriquecedor tem e deve ser compartilhado!

"A educação é uma atividade que deve promover três coisas importantes para a humanidade: a verdade, a beleza e a bondade. Podemos desenvolver verdade por meio de uma aprendizagem das ciências. Podemos desenvolver gosto pela beleza por meio de programas que ajudem nossos alunos a apreciar as grandes obras de arte criadas por gênios com Mozart, Aleijadinho, Portinari, Machado de Assis etc. etc. Podemos promover bondade por meio de programas que ajudem nossos alunos a crescerem em termos de educação moral. Não precisaria acrescentar mais nada. Mas ouso fazê-lo. Creio que educação é atividade que deve fazer com que as pessoas desenvolvam mais e mais suas capacidades para encontrar o sentido das coisas e o sentido da vida. O sentido das coisas está ligado à nossa capacidade de entender o mundo por meio da ciência. O sentido da vida está ligado às nossas capacidades de buscar sempre o melhor possí­vel (busca ética), e de apreciar a beleza das coisas e das produções humanas (busca estética). Essas coisas simples são tudo que a gente precisa ensinar."

professor Jarbas N. Barato 

"Os blogs não são ferramentas pedagógicas...Eles são ferramentas de comunicação.

"Os blogs não são ferramentas pedagógicas, nem podem ser transformados nisso. Eles são ferramentas de comunicação. Quando se tenta converter instrumentos de comunicação em ferramentas pedagógicas, o que geralmente acontece é o empobrecimento de algo que não é bem entendido. Sempre temo a ânsia dos educadores que querem usar novos meios de comunicação humana sem entendê-los muito bem."

Fazendo uma busca na internet sobre assuntos educacionais, me deparei com um artigo muito interessante citando a utilidade correta dos blogs feitos por diversos educadores. Confesso que ao ler, fiquei com aquela sensação de montanha russa... "será que estou sabendo usar meu blog corretamente?"Afinal, todos nós que possuimos um blog, queremos utiliza-lo da melhor forma e compartilhar "coisas"que julgamos interessante. Então resolvi postar o link do referido artigo e compartilha-lo com todos que passam por aqui. Torcendo sempre para que eu e vc possamos estar no caminho certo, e caso não estejamos, poderemos a tempo nos posicionar corretamente frente as tecnologias disponibilizadas.
com carinho...
Lu Maluf
BOA LEITURA!!!!

   

sexta-feira, 2 de abril de 2010

A linguagem docente no contexto do mundo líquido

Professor, estamos indo para a caverna da liquidez?

Em tempos líquidos, como define Zygmunt Bauman, como fica o reflexo da linguagem docente ante o delírio do virtual?

Linguagem e entendimento são conceitos co-originários que se explicitam mutuamente. As convicções docentes e autoevidências de fundo, portanto, representados pela cultura e organizados pela linguagem, são responsáveis pelo contexto situacional no mundo da vida docente.

No fundo da caverna platônica, o homem sabia distinguir muito bem as sombras que dançavam contra a parede das coisas mesmas que as produziam. Se o ingênuo interpretava a sombra por realidade, o sábio buscava as coisas mesmas, para contemplar a realidade.

Como lidar com a comunicação líquida que invade o coração e as utopias de nossos discentes? Habituados aos fluidos do orkut, conversam com tantas pessoas que conhecem apenas virtualmente, num “planeta cyber”. A mídia convencional os seduz. Mas na escola se calam ou gritam.

O caráter inconstante e fragmentável do relacionamento educador/educando nunca pareceu tão explícito como nos tempos líquidos modernos, cujo vínculo afetivo apresenta-se cada vez mais frágil.

Os desafios da linguagem humana são parte natural dos imperativos da modernidade líquida, entendemos.

“Cadê” os antídotos a tantos mal-estares no contexto escolar, ocasionados por tantas perguntas sem respostas? As queixas da violência escolar, do bullying, tornaram-se tão rotineiras que as deixamos de lado e queimamos nossos preciosos neurônios em termos de construir ou desconstruir teorias. Parece que as palavras sólidas de mestre estão fluidificando,juntamente com sua imagem de sábio.

E cada vez mais se ouve o velho chavão: Onde estamos indo? Eu perguntaria: A que lugar nossa linguagem está indo? Na sala de aula, condenava-se o autoritarismo. Agora, o espontaneismo. Inventa-se tantas coisas. A cibercultura traz à escola um novo estilo cognitivo, a possibilidade de uma organização de saberes em rede. É uma nova linguagem do mundo. Não podemos negar.


Conta-se que alguém perguntou a Beethoven, depois de ter executado uma de suas composições, ao piano: “Que queria o senhor dizer com esta peça?” Como resposta, assenta-se ao piano e executa-a novamente. Sua ação representa a resposta. Nossa linguagem, assim como a composição de Beethoven, vai além do apenas símbolo.

Eu, você, todos nós estamos à procura de algo que ainda não entendemos ou não se explicita de forma mútua. Algo novo, do qual não seja necessário ouvirmos mais uma vez ou indagarmos se é virtual ou real. Uma outra caverna? De uma resposta, no final do percurso, com certeza, não poderemos fugir: linguagem apenas.

Texto de Ercília Maria de Moura Garcia Luiz, 
professora mestre pela Universidade Federal de Santa Maria
Nem especial, nem regular, nem pra "normais", nem pra "deficientes"...apenas educação, porque chegará o dia que educação será uma coisa só.

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