Quem sou eu

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MARAVILHOSA, Rio de Janeiro, Brazil
Diante de tanta contradição da vida, aprendi que devo ter alto astral acima de qualquer coisa!Eu nunca imaginei que seria pedagoga. Não me preparei para isso. Ela chegou sem que eu preparasse o seu caminho e por isso fiquei tão apaixonada. Essa é para mim a profissão mais linda e digna que existe... Sem sonharmos e idealizarmos algo melhor, nunca poderemos alcançar um diferencial.Essa é minha ideologia e não posso deixar que apaguem por não acreditarem que existe solução para a educação do nosso país,"Não,podemos viver sem ideologias, ter sucesso sem acreditar em valores fortes, concretos,lutar por nossos objetivos sem acreditar que eles serão alcançados,almejar uma vida de realizações soterrando nossas verdadeiras crenças.Tenha suas ideologias muito bem definidas e paute sua vida sobre elas. Não tenha medo do que os outros vão pensar se você está realmente convicto no que acredita ser o certo,não tenha medo de fracassar embasado nelas, aprenda que neste mundo nada é absolutamente ruim ou bom e que sempre,terá que defender suas escolhas e pagar por elas." Eu estou consciente pela escolha que fiz na minha vida profissional,e você?

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Msn1:
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Este espaço é algo criado por mim para dividir, com todos que, assim como eu, adoram de fato o que fazem dentro da educação, um pouco do que pesquiso na internet e também do que tenho de material voltado à esta área que de fato sou louca de paixão.

Peço desculpas pela demora em atualizar os conteúdos.

No mais, a todos que visitam este blog, espero que até o momento tudo que há de conteúdo esteja sendo agradável.

Com carinho,

Lu Moraes
contato: luciana.moraesmaluf@gmail.com
msn: pedlumoraes@hotmail.com

“Ninguém começa a ser educador numa certa terça-feira às quatro horas da tarde. Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão sobre a prática”

(Paulo Freire, em “A educação na cidade”)

“Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com a colheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes" Gabriel Chalita

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Eu fico com a pureza da resposta das crianças: a vida é bonita.
Viver e não ter a vergonha de ser feliz.
Cantar e... cantar e ...cantar a eterna beleza de ser aprendiz.
Eu sei que a vida devia ser bem melhor. E será.
Mas issoo impede que eu repita: é bonita, é bonita, é bonita!
(Gonzaguinha).

"Há os que adquirem conhecimento pelo valor do conhecimento - e isto é vaidade de baixo nível. Mas há os que desejam tê-lo para edificar outros - e isto é amor. E há outros que o desejam para que eles mesmos sejam edificados - e isto é sabedoria." - (Bernardo de Claraval)
"Todas as postagens que não são de minha autoria é dado o devido crédito e citado a fonte, até porque quando se copia algo de alguem a intenção não é fazer plágio, e sim divulgar as informações para um maior número de pessoas favorecendo assim o conhecimento."
Lucia Araújo/cc: Luciana Moraes

sábado, 30 de outubro de 2010

Receita com e sem Alfabeti

Vasculhando minhas coisas de quatro anos de faculdade descobri um material muito legal que aos poucos estarei postando. Espero que curtam tanto quanto eu.


Receita de Alfabetização
Ingredientes:
1 criança de 6 anos
1 uniforme escolar
1 sala de aula decorada
1 cartilha
 
Preparo:Pegue 1 criança de 6 anos, limpe bem, lave e enxágüe com cuidado. Enfie a criança dentro do uniforme e coloque-a sentadinha na sala de aula (decorada com motivos infantis). Nas oito primeiras semanas, sirva como alimentação exercícios de prontidão. Na nona semana, ponha a cartilha nas mãos da criança.Atenção:tome cuidado para que ela não se contamine com o contato de livros, jornais, revistas e outros materiais impressos.Abra bem a boca da criança e faça com que ela engula as vogais. Depois de digeridas as vogais, mande-a mastigar uma a uma as palavras da cartilha. Cada palavra deve ser mastigada no mínimo sessenta vezes. Se houver dificuldade para engolir, separe as palavras em pedacinhos.Mantenha a criança em banho-maria durante quatro meses, fazendo exercícios de cópia. Em seguida, faça com que a criança engula algumas frases inteiras. Mexa com cuidado para não embolar.Ao fim do oitavo mês, espete a criança com um palito, ou melhor, aplique uma prova de leitura e verifique se ela devolve pelo menos 70% das palavras e frases engolidas.Se isso acontecer considere a criança alfabetizada. Enrole-a num bonito papel de presente e despache-a para a série seguinte.Se isso não acontecer se a criança não devolver o que lhe foi dado para engolir, recomece a receita desde o início, isto é, volte aos exercícios de prontidão. Repita a receita quantas vezes for necessário. Se não der resultado, ao fim de três anos enrole a criança em um papel pardo e coloque um rótulo: Aluno Renitente.Se não gostar da receita PARABÉNS.Nesse caso use a alfabetização sem receita.

Alfabetização sem Receita

Pegue uma criança de seis anos mais ou menos, no estado em que estiver, suja ou limpa, e coloque-a numa sala de aula onde existam muitas coisas escritas para olhar, manusear e examinar.Sirva jornais velhos, revistas, embalagens, anúncios publicitários, latas de óleo vazias, caixas de sabão, sacolas de supermercado, enfim, tudo o que estiver entulhando os armários de sua casa ou escola e que tenha coisas escritas.Convide a criança para brincar e ler, adivinhando o que está escrito. Você vai descobrir que ela sabe muita coisa!Converse com a criança, troque idéias sobre quem são vocês e as coisas que gostam ou não. Depois escreva no quadro algumas coisas que forem ditas e leia para ela.Peça à criança que olhe as coisas escritas que existem por aí, nas ruas, nas lojas, na televisão. Escreva algumas dessas coisas no quadro.Deixe a criança cortar letras, palavras e frases dos jornais velhos. Não esqueça de pedir para que ela limpe a sala depois, explicando que assim a escola fica limpa.Todos os dias leia em voz alta alguma coisa interessante: historinhas, poesia, notícia de jornal, anedota, letra de música, adivinhação, convite, mostre numa nota fiscal algo que você comprou, procure um nome na lista telefônica. Mostre também algumas coisas escritas que talvez a criança não conheça: dicionário, telegrama, carta, livro de receitas.Desafie a criança a pensar sobre a escrita e pense você também. Quando a criança estiver tentando escrever, deixe-a perguntar ou ajudar o colega. Aceite a escrita da criança. Não se apavore se a criança estiver comendo letras. Até hoje não houve caso de indigestão alfabética?.Invente sua própria cartilha, selecione palavras, frases e textos interessantes e que tenham a ver com a realidade da criança. Use sua capacidade de observação, sua experiência e sua imaginação para ensinar a ler. Leia e estude sempre e muito.

A educação financeira: de casa para a escola

Desde agosto deste ano, 450 escolas públicas dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Tocantins e do Distrito Federal iniciaram aulas do projeto-piloto de educação financeira, que pretende chegar a mais de 200 mil instituições de ensino e combater o “analfabetismo financeiro” no País.
Com esse curso, os estudantes irão aprender mais sobre temas que interessam a todos, mas apavoram até mesmo os adultos pós-graduados, como orçamento doméstico, poupança, aposentadoria, seguros e financiamentos. Esse piloto vai envolver 15 mil estudantes do ensino médio nessa primeira etapa e será estendido às escolas do ensino fundamental no próximo ano. A partir de 2012, o programa didático deve ser aplicado nas 200 mil escolas da rede pública do País.
Uma vez que vivemos em uma sociedade com forte apelo consumista e sofisticadas estratégias de marketing, que nos bombardeiam constantemente, a escola e a família precisam ensinar fundamentos de responsabilidade financeira às crianças logo cedo, para evitar criar consumidores vorazes e irresponsáveis. Ocorre que a atual geração de pais demonstra dificuldade na orientação financeira de seus filhos, pois viveu o auge da hiperinflação no Brasil, período em que o ritmo de aumento de preços era frenético e a resposta a esse quadro era consumir tudo o que fosse possível o quanto antes; afinal, no dia seguinte, já custaria mais caro. Diante desse contexto, precisamos de um novo olhar sobre as relações de consumo e, sobretudo, criar estratégias de abordagem desse tema com nossos filhos. O autocontrole sobre as finanças deve ser praticado desde a infância, para que o jovem não chegue despreparado à fase adulta. Inevitavelmente, tem de haver planejamento, organização e disciplina, porque não existe mágica. Para alguns, isso pode soar como inatingível, mas essas habilidades no controle orçamentário podem ser conquistadas com ações simples e que estão ao alcance de todos.
Além das atividades em sala de aula, é importante que o assunto "dinheiro" seja conversado e discutido em família, sem tabus. Os limites do orçamento familiar precisam ficar claros e o envolvimento de todos é importante, assim como a definição de prioridades e dos grandes projetos familiares.
Um exercício prático é dar uma quantia fixa de dinheiro à criança, com uma periodicidade preestabelecida. O pequeno economista deve ser orientado sobre como administrar suas contas, incluindo hábitos como pesquisar preços – para entender o que é caro e barato – e poupar, definindo objetivos de curto e de longo prazo. Ele precisa ser responsável pelas escolhas que faz. Se, apesar das conversas, os filhos gastarem todo o dinheiro antes do prazo combinado e pedirem mais, os pais precisam ser firmes e dizer não.
Todavia, de nada adiantará o discurso se as crianças e adolescentes constatarem que seus pais consomem por impulso e sem planejamento. Dar o exemplo é uma das atitudes mais importantes, seguida pelo planejamento cuidadoso a respeito das estratégias para presentear os filhos, já que o excesso de mimos dificulta o entendimento prático das dificuldades que nossos filhos enfrentarão na vida adulta.

Texto de Marcus Mingoni, diretor de Operações da Divisão de Sistemas de Ensino da Editora Saraiva.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

EVENTOS

Congresso: 8º Congresso Brasileiro de Autismo
Data: 28 a 30/10/2010
Tema: Saúde Mental e Educação Especial Inclusiva
Local: Estação Cabo Branco, João Pessoa (PB)

Curso: Histórias Sociais
Data: 30/10/2010 - 08h30 às 15h30 - Tutor: Vera Juhlin
Duração: 7h - Valor: R$ 150,00
Local: Rua Luis Gama, 890, Cambuci – S. Paulo, SP.

Palestra:  "A Sindrome de Asperger dentro do Espectro Autista" http://goo.gl/vt6T
Data: 30/10/2010, 14h00
Palestrantes: Camille Groetars (Idealizadora do Blog do Lipe sobre S. Asperger) e Priscila Félix (Fonoaudióloga)
Local: APADEM, Av. Beira-Rio, 413, Voldac, Volta Redonda, RJ

Curso: Programa Son-Rise - Workshop Nível 1
Inspirados pelo Autismo
Datas: 5, 6 e 7 de novembro de 2010 (sex., sáb. e domingo)
Local: Centro Empresarial Rio, Praia de Botafogo, RJ
Horário: 9:00 às 17:30 - Inscrições limitadas
Inscrições abertas até o dia 29 de outubro de 2010
(sexta-feira), ou até que as vagas sejam preenchidas.
Valor: R$750,00 por participante, veja no site política de descontos;    Mais informações:http://www.inspiradospeloautismo.com.br/Workshops/Intro/Intro.html

I Seminário Paulista do Espectro do Autismo
Data: 06.nov.2010, das 9h00 às 14h00
Realização: Defensoria Pública do Estado de São Paulo em parceira com o Movimento Pró Autistas de entidades de pessoas com deficiência
Local: Auditório de Defensoria Pública do Estado de São Paulo -- Rua Boa Vista, 200 – térreo (próximo à Estação do Metrô São Bento)
Público-alvo: Pais, familiares, profissionais, parlamentares, estudantes e sociedade em geral.
Inscrições gratuitas: Através do preenchimento de ficha de inscrição que deve ser enviada para o e-mail:  movimentoproautistas@yahoo.com.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
Mais informações: Blog Falando de Autismo ou pelos telefones (11) 8274-0019 (Ana Ruiz) ou (11) 7303-2963 (Heloisa).

Curso: Atividades Básicas da Vida Diária (ABVDs)
AMA (SP)
Data: 06/11/2010 08h00 às 12h00 Local: Rua Luis Gama, 890, Cambuci, São Paulo, SP.
Valor: R$ 80,00 até 30-10-2010, após acréscimo de 50%, valor R$ 120,00  Mais informações em http://www.ama.org.br/public/listaCursos.php?tipoCurso=1

Curso: PECS e Alfabetização de crianças com necessidades especiais
Data: 6 e 7 de novembro de 2010
Ministradora: Vera Juhlin (Suécia)
Local: Faculdades EST – Auditório do Prédio H (Rua Amadeo Rossi, 467, Morro do Espelho, São Leopoldo/RS)
Duração: 20 horas
Valor: de R$ 120,00 (grupo de 3, à vista) a R$ 160,00 (individual, parcelado)

Curso: "Nova técnica para atendimento do paciente Autista"
Ministradora: Dra.Adriana Gledys Zink
Realização: 20 de novembro de 2010 - sábado
Horário: Das 9 às 12h
Gratuito
local:Associação Paulista de Cirurgiões-dentistas
Rua Voluntários da Pátria 547 em frente a Rodoviária do Tietê
público: pais e profissionais
temas abordados:

  • método tradicional de abordagem para o tratamento odontológico
  • método utilizado pela palestrante e experiência profissional com a técnica
  • como higienizar os dentes em casa respeitando o tempo do paciente
  • importância da prevenção


Curso: Relation Play
Data: 27/11/2010 08h00 às 15h00
Tutor: Giselle Taiuni e Murilo Nosella
Local: Rua Luis Gama, 890, Cambuci - São Paulo, SP
Valor: R$ 120,00 até 20-11-2010, após acréscimo de 50%, valor R$ 180,00 - Mais informações em http://www.ama.org.br/public/listaCursos.php?tipoCurso=1

Curso: Alfabetização para crianças com autismo
Data: 09/10/2010 - Carga horária: 10 horas
PALESTRANTE: Beatriz Cunha
CIDADE: São José dos Campos – SP
Valor: R$180.00
PUBLICO ALVO: FISIOTERAPEUTAS, T.Os, PEDAGOGOS,
FONOAUDIÓLOGOS, NEUROPEDIATRAS, PSICÓLOGOS,
FACILITADORES E FAMILIARES

 FONTE: REVISTA AUTISMO

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

domingo, 24 de outubro de 2010

LIVROS DA ABPp

"Ao longo destes últimos anos , a ABPp reuniu importantes artigos de diferentes autores e os publicou em formato de livros.
Estes, encontram-se à venda e podem ser adquiridos pelo correio.
São importantes fontes de consulta e registros de trabalho de alguns dos nossos mais renomados colegas."


LIVROS À VENDA (NO BRASIL)
Não associados
Associados
1 - Aprendizagem
"Tramas do conhecimento, do saber e da subjetividade" ( livro com artigos das palestras do VII Congresso Brasileiro de Psicopedagogia - 2006)
R$ 35,00
R$ 30,00
2 - História da Psicopedagogia e da ABPp no Brasil
fatos, protagonistas e conquistas
R$ 50,00
R$ 45,00
3 - "A Práxis Psicopedagógica Brasileira"
R$ 25,00
R$ 20,00
4 - "Psicopedagogia Avanços Teóricos e Práticos: Escola / Família / Aprendizagem
(livro do V Congresso Brasileiro de Psicopedagogia e Ementas -2000)
R$ 30,00
R$ 25,00
5 - Psicopedagogia: Contribuições para a educação pós-moderna”(livro com artigos das palestras do VI Congresso Brasileiro de Psicopedagogia -2003)
R$ 26,00
R$ 20,00
6 - “Psicopedagogia: Um portal para a inserção social” (livro com artigos das palestras do VI Congresso Brasileiro de Psicopedagogia -2003)
R$ 35,00
R$ 28,00

• Enviar o comprovante do depósito bancário no valor total da aquisição acompanhado do respectivo formulário totalmente preenchido para a ABPp por fax(55)(11) 3085-2716 ou(55)(11)3085-7567 ou ainda por e-mail: psicoped@uol.com.br
O depósito bancário deve ser feito em nome da:
Associação Brasileira de Psicopedagogia ABPp
Banco Itaú (banco n° 341 )
Agencia 0383
Conta Corrente 05814-6
CNPJ: 45.705.282/0001-60
fonte: ABPp


sábado, 23 de outubro de 2010

A importância do lúdico no processo de aprendizagem



Diversos estudiosos do desenvolvimento infantil, independentemente das diferenças epistemológicas, apontam a importância do brincar como fator de desenvolvimento afetivo, cognitivo, social e físico. Pesquisas têm demonstrado, porém, que, a despeito desta importância, o brincar está sendo reduzido cada vez mais a mero artifício didático. Além de concebido pelas instituições de ensino como recurso para a recreação das crianças. Estes aspectos nos conduzem a indagar acerca do valor que tal atividade tem enquanto fator de desenvolvimento no contexto educacional infantil.

O modo como a criança brinca demonstra a sua maneira de pensar e sentir. No ato do brincar, as crianças podem desenvolver muitas capacidades importantes, tais como a atenção, imitação, memória e a imaginação. Para tanto, é indispensável que haja riqueza e diversidade nas experiências que lhes são proporcionadas. Por meio das brincadeiras, o educando encontra apoio para superar suas dificuldades de aprendizagem.
 
Perante os avanços tecnológicos da atualidade, a criança deste novo milênio está evoluindo rapidamente. As diferentes áreas do cérebro humano se desenvolvem por meio de estímulos que a criança recebe no decorrer dos sete primeiros anos de vida. Hoje em dia, pais trabalham fora, as famílias são menos numerosas, e as crianças convivem, desde cedo, em berçários, creches e escolinhas maternais, de onde recebem estímulos diferentes dos que recebiam aquelas que eram criadas em casa pelos irmãos e que só eram levadas para a escola aos sete anos.
 
Temos, atualmente, crianças com características próprias de uma era tecnologicamente desenvolvida; mas temos, também, grande número de crianças imaturas e com dificuldades motoras que necessitam suprir as defasagens para o desenvolvimento de suas potencialidades como pessoa. O desenvolvimento infantil precisa acontecer, ao mesmo tempo, nas diferentes áreas para que ocorra o equilíbrio necessário entre elas e o indivíduo como um todo. Quando o desenvolvimento acontece apenas numa área, seguramente outras ficarão em atraso, e a criança ficará desequilibrada de algum modo. As crianças passam a maior parte do seu tempo na frente da televisão ou com jogos eletrônicos. As imagens hiperestimulam a área cognitiva, mas a criança não está desenvolvendo as áreas afetivas e motoras.
 
É vital conhecer as características do aprendiz para sabermos quais são as potencialidades que estão sendo desenvolvidas e quais as esquecidas, quais os transtornos que esse desequilíbrio pode causar no desenvolvimento do indivíduo e como podemos estimular a criança para o processo ensino-aprendizagem. Diante disso, a proposta sobre o uso da ludicidade deverá ser a de propiciar uma aprendizagem significativa na pratica pedagógica. Uma vez que ela promove o rendimento escolar, além do conhecimento, da comunicação, do pensamento e do sentimento.

Texto de Marjorie Calumby Gomes de Almeida, psicopedagoga clínica e institucional, de Porto Alegre (RS).

sábado, 16 de outubro de 2010

V Simpósio Nacional - TDAH/Autismo/Transtornos de Humor/Semelhanças e Diferenças na Escola e em Casa

Coordenação Geral: Dr. Fábio Barbirato
Data:03 e 04 de dezembro de 2010
Local: Auditório Geral da Santa Casa de Misericórdia - R.J.

FÓRUM PERMANENTE DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E DA JUSTIÇA TERAPÊUTICA

22 de outubro de 2010
Das 9h às 17h
BULLYING

Mesa de Abertura
 

Dra. Ivone Ferreira Caetano
Presidente do Fórum Permanente da Criança, do Adolescente e da Justiça Terapêutica e Juíza de Direito Titular da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Comarca da Capital/RJ

9.00h – Palestra: “Compreendendo o Triângulo Relacional que Fomenta o Bullying“

Maria Cristina Milanez Werner
Psicóloga, Sexóloga, Terapeuta de Casal e Família<
Mestre em Psicologia Clínica – PUC/RJ

10.00h – Palestra: “Uma Leitura do Fenômeno Bullying no Contexto Escolar”

Izabel Guimarães de Oliveira
Psicóloga
Orientadora Educacional do Colégio Santo Inácio

11.00h – Palestra: “O Bullying e a Educação”

Mirian Paura S. Zippin Grinspun
Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da UERJ

12.00h – Intervalo para almoço

14.00h – Palestra: “Bullying e a Pessoa com Deficiência”
 

Izabel Cristina Silva Moura
Mestre em Psicologia Social
Professora da Secretaria Municipal de Educação

15.00h – Palestra: “Reflexões sobre o Bullying”

Danielle Goldrajch
Psicóloga da VIJI
Professora da EMERJ

16.00h– Debates

17.00h – Encerramento

Av. N. Sra. de Copacabana 861 - Sala 302
Rio de janeiro - rj / cep: 22060-000
fone/fax: 21 2236-2012

fonte: abpp-rj

Palavras que promovem a paz

Palavras são como ferramentas que podem ser usadas para diversas finalidades. Ao usarmos palavras estamos comunicando algo a alguém, seja qual for a situação. Há alguns anos, um senhor me disse que...

“toda palavra pode ser dita a toda pessoa – dependendo da forma como é falada”. Isso é verdade, pois tal como um artista diante de uma pedra de diamante que precisa passar pelo processo de lapidação, assim também nossas palavras precisam ser moldadas para transmitir a paz, não a guerra, como temos visto acontecer em diversos momentos.
 
Acontece que, muitas vezes, estamos acostumados à guerra, ao sangue, às lágrimas, a tal ponto que não zelamos mais por aquilo que dizemos. Simplesmente falamos, jogamos para cima do outro nossas insatisfações, sem nos importar com o impacto que nossas palavras podem causar à outra pessoa.
 
Há, ainda, quem se utiliza dessa prática dizendo que assim faz porque é sincero, ou seja, sem cera, sem maquiagem. Muito mais que uma ferramenta, tais pessoas estão sob o risco de usar as palavras como armamentos que ferem não apenas o corpo, mas todo um sistema psicológico, virando as costas como se nada de tão grave tivesse acontecido.
 
Não se trata de maquiar o que estamos sentindo, mas de ter o cuidado para expressarmos nossos pensamentos da melhor maneira possível, de modo que aquele que nos ouve não tenha o foco desviado diante da maneira grosseira que estamos, por um acaso, usando. Assim como causadora de dores, a palavra pode trazer paz ao coração, como quando nos deliciamos em leituras que falam de paz, de amor e de segurança.
 
Nossos jovens, adolescentes e crianças, carecem cada dia mais de palavras assim, pois diariamente estão expostos à violência em forma de brigas, até em programas televisivos, por exemplo. O que dá mais audiência do que brigas, iras, traições e desonestidades?
 
Muitos de nós, professores, vemos as violências da televisão incorporadas à rotina de vários de nossos alunos. A forma de andar, falar, agir, como também de reagir, nos mostra claramente os reflexos da exposição exagerada diante do mal, diante daquilo que é ruim.
 
Com os olhos atentos ao mal, nossos jovens se acostumam a ele com uma velocidade assustadora. Há quem diga que os olhos são as janelas da alma. É por meio do olhar atencioso que muitos sentimentos descem ao coração, fixando lá moradia. Assim como numa casa em que há guerra, não há paz no coração que se permite dar abrigo ao que é ruim ou, pelo menos, àquilo que deveria ser tido como ruim, como indesejável.
 
Nossa missão como professores e também pais é muito nobre para ser deixada de lado. Como pais, não dá mais para fazermos do videogame e da televisão babás para nossos filhos. Como professores, não dá mais para fingir que não estamos vendo o mau caminho que está sendo trilhado por muitos de nossos alunos. É hora de nos motivar, de buscar soluções, de buscar a paz. Para tal, é muito interessante pensar em nossas palavras como ferramentas para construir bases sólidas para uma vida melhor para nossos filhos e alunos.

Texto de Erika de Souza Bueno, consultora pedagógica de Língua Portuguesa do Planeta Educação e editora do Portal Planeta Educação

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Homenagem a todos os educadores



Professores lecionam para doentes e transformam hospitais em escolas

No Brasil, há 22 mil alunos estudando em classes hospitalares, diz censo.
Objetivo é fazer com que a criança continue a aprender, mesmo internada.

 

Todos os dias, quando sai para dar aulas, a professora Jane Leila Silva Mendonça, de 43 anos, não leva giz ou apagador. Depois de lecionar 24 anos para alunos da educação infantil e ensino fundamental na rede privada de ensino, Jane trocou a sala de aula regular pelas brinquedotecas adaptadas em salas de aulas no hospital infantil Darcy Vargas, em São Paulo. É lá que ela deve comemorar o Dia do Professor nesta sexta-feira (15). Ela é uma das educadoras contratadas pelo governo do estado de São Paulo para ensinar as crianças em idade escolar que estão internadas.

Mais do que giz ou apagador, Jane precisa de habilidade e discernimento para lidar com alunos que muitas vezes estão debilitados, têm de interromper as aulas para tomar medicamentos, não conseguem prestar atenção na explicação porque sentem dor e podem passar até anos dentro de um hospital.

O trabalho começa a partir do 15º dia de internação. Todas as crianças podem participar das aulas, independente da doença que têm, desde que aceitem. A participação não é obrigatória, mas fundamental para garantir que eles não percam o ano letivo e continuem o trabalho feito na escola.

Em todo o país, há mais 22 mil alunos estudandos em classes hospitalares, segundo o censo escolar de 2009. Em São Paulo, onde há 50 classes e 50 professores exclusivos para o programa, segundo a Secretaria de Estado da Educação, o atendimento é garantido por meio de uma lei estadual de 2000.

Para iniciar o trabalho, os professores entram em contato com a escola dos pacientes para não fugir do conteúdo que está sendo aplicado aos demais alunos. Relatórios com a produção das crianças são encaminhados periodicamente às instituições de ensino. Há casos em que os pacientes chegam a fazer avaliações no hospital. Para os mais debilitados, as aulas são dadas nos leitos.

"Quando trabalhava em escolas, buscava algo que não sabia o que era. Achava que tinha de me doar além da rotina da sala de aula, mas não sabia como. Agora encontrei a realização pessoal e profissional", disse Jane.

Como a rotatividade de pacientes é grande, as professoras podem dar aulas para crianças diferentes todos os dias. Por isso, uma das características necessárias para lecionar nas classes hospitalares é ser criativa. "Não dá para programar aula, como se fosse uma escola regular. Tenho de estar preparada para todos os públicos. É uma missão. É necessário se desdobrar, gostar demais e fazer tudo com muito amor", afirmou a professora.

Para Jane, um dos momentos mais marcantes destes quatro anos lecionando no hospital foi quando um garoto, que recebeu alta após muitos meses internado, ligou para avisá-la que estava no seu primeiro dia de aula na escola. "Trabalhar aqui exige muita doação, mas tem de ter equilíbrio. Às vezes me emociono, mas, se for sentar e chorar, não sirvo", afirmou Jane.

Internado desde 2 de outubro por causa de uma anemia falciforme, Ezequiel Santos Gomes de Oliveira, de 10 anos, que está na 4ª série, é um dos alunos do hospital Darcy Vargas. "Estou com saudades da escola. Gosto de matemática porque tem de fazer continhas, mas é bom poder estudar aqui", disse o garoto.

A mãe dele, Valmira Correia Santos, de 44 anos, contou que a atividade escolar deixou Ezequiel mais animado. "Ele está aqui, mas pelo menos está estudando. Eu acho bom, e ele adora."

Outro paciente que estuda no hospital é William Jeferson de Melo de Souza, de 7 anos, que, depois de contrair um vírus de um cachorro doente, passou muitas temporadas internado. "Tenho saudades da escola porque lá é bom, mas estou feliz por poder aprender aqui. Gosto de aprender a ler."

Na quarta-feira (13), Luygi Gustavo Mulatinho da Silva, de 9 anos, completou o 18º dia de internação porque estava com suspeita de leucemia. Nesse tempo, aproveitou os jogos da brinquedoteca e fez lições no ambulatório. "Gostei daqui, tem muitos brinquedos, livros, parece uma creche", afirmou o garoto, que esperava ter alta nos próximos dias.

Segundo o professor de psicologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Miguel Claudio Moriel Chacon, pesquisas indicam que as crianças que frequentam as aulas nos hospitais têm boa recuperação e passam menos tempo internadas. "Isto ocorre porque o foco não é mais a doença. Além do mais, quando há uma ocupação pedagógica, a criança está ali no hospital, mas ao mesmo tempo não está desprendida da escola."

Seminário

Entre 21 a 23 de outubro, o campus de Marília da Unesp sedia o Seminário em Saúde e Educação, que vai abordar os desafios da pedagogia em ambiente hospitalar. As inscrições podem ser feitas pelo site www.marilia.unesp.br até a próxima segunda-feira (18).

fonte: Vanessa Fajardo Do G1, em São Paulo


Aula hospital 
Professora Jane Leila Silva Mendonça dá aula para William Jeferson de Melo de Souza no hospital infantil Darcy Vargas, em São Paulo

classe hospitalar 
Ezequiel Santos,10 anos: "É bom poder estudar"

classe hospitalar

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Brinquedos para crianças com necessidades especiais

A brincadeira garante desenvolvimento e inclusão para os pequenos. Surgiram dúvidas na hora de escolher o brinquedo? Conheça algumas opções no Brasil e no exterior 


Tem coisa mais gostosa que brincar? Para os adultos pode até parecer bobeira, mas as atividades lúdicas são fundamentais, pois possibilitam o desenvolvimento em vários aspectos. Quando se trata de crianças com necessidades especiais, a brincadeira assume papel ainda mais importante. “Brincar complementa a reabilitação, pois propicia a qualidade de vida e também os ganhos funcionais. É uma estimulação fundamental para auxiliar na recuperação ou mesmo na criação de mecanismos adaptativos”, afirma Germana Savoy, coordenadora da Associação Brasileira de Brinquedotecas (ABBri).

Escolhas conscientes
Na hora de comprar brinquedos, os pais devem levar em consideração sobretudo as preferências da criança, assim como as habilidades e capacidades funcionais. “Determinar que a criança com necessidade especial só fique com o brinquedo adaptado é uma forma de exclui-la”, defende Germana.

É mais importante selecionar o brinquedo de acordo com o desenvolvimento do que com a faixa etária. O que vai resultar em um largo sorriso não é apenas o jogo – adaptado ou não –, mas a estratégia e a dinâmica da brincadeira.

Estímulos ideais
A criança precisa de desafios para sentir-se estimulada, assim como êxito na exploração do brinquedo. O que vale é que o pequeno sinta-se valorizado pela conquista, seja montar um bloco ou apertar um botão. “À medida do possível, as crianças devem ser expostas às experiências e brincadeiras naturais da idade. O importante é ter pessoas preparadas para facilitar e mediar a interação”, alerta.

Estratégias como texturizar, sonorizar ou iluminar móbiles, chocalhos e demais acessórios possibilitam que o objeto seja melhor percebido. A música, o canto e a representação de histórias são indicados para qualquer criança, inclusive as com limitações graves no leito. Vale abusar de máscaras, fantasias, bonecos e super heróis, uma boa alternativa aos distúrbios comportamentais.

Para estimular a percepção visual, vale lançar mão de lanternas, purpurina e laminados. Os rostos de brinquedos com muitos detalhes e cores contrastantes ajudam a organizar esquemas visuais. Utilizar os demais sentidos na brincadeira como a audição e o tato é fundamental.

As crianças com limitações motoras devem ter seu acesso facilitado a diversos ambientes e posições que possibilitem a exploração. No caso das limitações auditivas, as brincadeiras corporais são as mais indicadas. Jogos de percussão são interessantes, pois possibilitam perceber a vibração do som e ampliar a sensibilidade.

A escolha certa
Com a consultoria de Germana Savoy, da Associação Brasileira de Brinquedotecas, foram selecionados algumas opções para ajudar você a se inspirar na hora de comprar o brinquedo para o seu filho. Mas lembre-se: seja qual, a diversão fará toda a diferença se ele tiver o seu estímulo e companhia. Aproveite! 

  Divulgação


É hora da sopa!
Indicado a partir dos 3 anos
BigStar, (11) 4679-5220

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Vamos fazer feira?
Indicado a partir dos 4 anos
BigStar, (11) 4679-5220

  Divulgação

Brincando de montar
Indicado a partir dos 3 anos
BigStar, (11) 4679-5220

  Divulgação


Primeiras palavras
Indicado a partir dos 6 anos
Simque, (19) 3227-8655

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Para aprender a contar
Indicado a partir dos 5 anos
Simque, (19) 3227-8655

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Andador musical
Indicado a partir dos 6 meses de idade
Fisher-Price, SAC: 0800 55 07 80

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Bongô eletrônico
Indicado a partir dos 3 anos
Fisher-Price, SAC: 0800 55 07 80

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Estojo de pintura
PBKids, SAC (11) 3825-7046


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Massa de Modelar
PBKids, SAC (11) 3825-7046

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 Cores e formas
Chicco, SAC 11 2246-2129


Brinquedos adaptados mundo afora

Fora do Brasil, principalmente nos Estados Unidos, há muitas lojas especializadas em brinquedos para crianças com necessidades especiais. Há de tudo e é uma pena que a maioria não entregue fora do país. Uma das que tem mais opções é a Beyond Play (www.beyondplay.com). Vale a visita virtual. As lojas a seguir fazem entregas internacionais:

Sillyas Toys (www.sillyasstoys.com)
Essa loja virtual, além de brinquedos comuns, mas nada convencionais, tem opções para crianças com necessidades especiais, separadas em uma categoria. Há quebra-cabeças, jogos de memória e até uma inusitada mini-bateria para ser tocada com os dedos.

Fat Brain Toys (www.fatbraintoys.com)
Tem uma infinidade de brinquedos separados por categorias de necessidades especiais como desenvolvimento motor, socialização, linguagem e atividades sensoriais. As opções são separadas também por faixa etária, de bebês a adultos em alguns casos.

PlayAbility Toys (www.playabilitytoys.com)
O site classifica os brinquedos de acordo com as necessidades especiais e fornece informações completas sobre os produtos. Os brinquedos podem ser encontrados por categorias de necessidades especiais: física, sensorial, cognitiva ou de comunicação ou ainda por necessidades específicas como tetraplegia ou paralisia cerebral. 
 
fonte: crescer

Sinais de autismo podem aparecer em bebês com 1 mês de vida

Pesquisa foi realizada com prematuros que permaneceram em UTI e revela anormalidades precoces em crianças que mais tarde foram diagnosticadas com o distúrbio 

Ana Paula Pontes

 Shutterstock

Diagnosticar precocemente o autismo é tão fundamental para o tratamento e o desenvolvimento das crianças que tem sido o grande desafio da medicina desvendar quando os primeiros sinais podem surgir. Um novo estudo, publicado na edição de setembro da revista científica Pediatrics, revelou que com apenas 1 mês de vida isso já seria possível.

Cientistas do
New York State Institute for Basic Research in Developmental Disabilities estudaram 28 bebês de uma UTI neonatal que mais tarde foram diagnosticados com autismo, comparando-os com 112 bebês sem o distúrbio de comportamento. O comportamento e desenvolvimento dos bebês foram avaliados com 1 mês, aos 4 meses e, periodicamente, até completarem 2 anos.

Um dos resultados revelou que, com apenas um mês, 40 % das crianças que foram diagnosticadas com autismo posteriormente apresentaram anormalidades na maneira como visualizavam objetos e mais da metade tinham flexibilidade ou rigidez demais nos braços.


Segundo Antonio Carlos de Farias, neuropediatra do Hospital Pequeno Príncipe (PR), embora os sinais de alerta para autismo possam surgir em crianças tão novas, isso não quer dizer que ela desenvolva o distúrbio no futuro. “O diagnóstico não é tão simples, e deve ser feito por um especialista, mas os pais devem estar atentos desde cedo com o comportamento dos bebês. Em especial aqueles que não oscilam reação de fome ou frio, ficam muito quietos no berço, demonstram uma fixação maior pelo objeto que pelas pessoas e não têm costume de olhar nos olhos”, diz.


O especialista alerta que esse estudo foi feito com bebês prematuros de UTI, e outras pesquisam devem ser feitas com crianças nascidas a termo e diagnosticadas com autismo mais tarde para verificar se as anormalidades precoces seriam similares em crianças não-prematuras também.

fonte: Crescer 

8 itens para prestar atenção no berçário

Estamos na reta final de mais um ano. Alguns pais começam a se preocupar nas possibibilidades existentes de, qual a melhor creche para meu filho?
O artigo em seguida é da revista crescer e que dá algumas sugestões para não escolher uma creche pelo "unidunetê".

Quantos funcionários há por bebê? A área verde é suficiente? Tem brinquedos e livros por todo o lado? Alguns detalhes vão deixar os pais mais tranqüilos

Cristiane Rogerio e Thais Lazzeri

Shutterstock


1) O ideal é que exista um berçarista para cada três crianças.

2) Observe como é o controle de entrada e saída dos funcionários.

3) Em qualquer “entradinha rápida” você pode saber o jeito que a equipe trata as crianças.

4) Entenda mais sobre as rotinas do bebê, o que faz e se há brinquedos ou livros à mão.

5) A agenda da criança com as anotações podem ajudar muito no item acima e mostrar seu desenvolvimento – e até suas preferências.

6) Como a área verde e o tempo em contato com o sol é fundamental, veja se isto está acontecendo com frequência.

7) Nas casas com escadas, fique de olho nas condições das grades e portões. Observe também como estão os protetores de tomadas, das quinas de móveis etc.

8) O estado do bebê e dos itens dele na mala, por exemplo, dão uma boa ideia de como o berçário se preocupa com pontos como higiene.  

fonte: Revista Crescer

Espaço e tempo para as artes dos seus filhos

Desenhos, pinturas, trabalhos. Veja o que e como guardar as “obras-de-arte” que seu filho traz da escola





Arquivo Crescer

As crianças irão encher a sua casa de itens bem concretos, como desenhos, pinturas, esculturas em argila, colagens, reutilização de sucatas. Você tem de encontrar um lugar para guardar tudo isso e, o mais importante, valorizar cada forma nova que ele aprender. E ainda pode ser melhor: seu filho vai encher sua casa também de itens mais abstratos e igualmente deliciosos de saber, como as músicas e letras de canções, as histórias dos livros (ou as que o professor contar). Isto também vai exigir um tempo a mais de você em casa – e será uma delícia.

Mas o que guardar e o que jogar fora? Claro que a gente adoraria manter tudo em casa, o difícil é encontrar espaço. Você pode montar, junto com seu filho, uma espécie de portfólio anual. “Escolham um desenho do início e outro do final do ano, as primeiras atividades que aparecerem a escrita do nome, os desenhos de artes, como uso de muitas cores ou de uma cor predileta”, diz Liliane Gomes, coordenadora pedagógica de educação infantil da escola Stance Dual (SP). Separe também as primeiras produções escritas. Tente imaginar o que fará sentido daqui a alguns anos. Outra opção é fotografar as atividades e guardar algumas. Imagine quantas fotos não cabem em um único CD!

fonte: Redação Crescer

O que pode atrapalhar o aprendizado

Dislexia, hiperatividade, déficit de atenção. Educadora conta como a escola deve receber alunos com tais diagnósticos

Dislexia, hiperatividade, déficit de atenção. Não é fácil quando você descobre que seu filho tem um desses distúrbios comportamentais. E entre tantas questões, uma das mais frequentes é saber como será o aprendizado da criança.

Para ajudar você a compreender melhor como lidar com esses problemas no ambiente escolar, a CRESCER entrevistou Liliane Garcez, professora do curso de pós-graduação em Educação Inclusiva do Instituto Vera Cruz.

Crescer: Qual é a principal dificuldade de alunos que sofrem de distúrbios como dislexia, déficit de atenção e hiperatividade?
Liliane Garcez: O maior problema de alunos que sofrem de distúrbios comportamentais está no relacionamento com as outras crianças e no estar na sala de aula -o que, de alguma forma, influencia no aprendizado (com exceção para a dislexia, que se refere às dificuldades em ler e escrever). Não há uma medida para saber se esses alunos vão aprender mais ou menos do que os outros.

Crescer: De que maneira conhecer o diagnóstico vai ajudar o professor a lidar com determinado aluno?
LG: Um ponto importante é não rotular o aluno de acordo com o distúrbio que ele apresenta. Duas crianças que sofrem do mesmo problema podem ser bem diferentes uma da outra. O diagnóstico vai, sim, ajudar o professor a entender melhor aquele aluno, mas ele não pode orientar apenas com base nessa definição. É preciso avaliar o comportamento da criança no dia a dia. Um aluno com TOC, por exemplo, pode trabalhar bem em dupla; já se o problema for a dislexia, o professor deve fazer com que o aluno aprenda ao máximo. Ou seja, faz parte do desafio da escola descobrir o potencial de cada um.

Outra coisa importante é a interação entre o professor e o terapeuta. Eles devem conversar, mas cada um em sua função. O ambiente escolar tem, sim, efeitos terapêuticos – já que é o espaço onde as crianças vão se relacionar com os outros -, mas é apenas um colaborador.

Crescer: E como fica a questão das regras no ambiente escolar – essas crianças devem respeitar os mesmos limites que os outros alunos?
LG: Sim, os limites na também devem existir para esses alunos. Não é por que uma criança tem transtorno bipolar que vai poder brigar com todo mundo quando bem entender. Ele precisa saber que não se pode fazer tudo o que quiser na escola. 

fonte: crescer

Filhos de pais separados correm o risco de ter baixo desempenho escolar

Essa foi uma das conclusões de um estudo brasileiro, coordenado pelo Instituto Glia, e que será apresentado durante congresso sobre neurologia infantil em Ribeirão Preto-SP. Saiba mais e veja outros pontos que serão discutidos no evento.

Como se não bastasse o estresse causada pela separação dos pais, um estudo brasileiro, coordenador pelo Instituto Glia, mostra mais um risco para o desenvolvimento infantil: baixo desempenho escolar. Ao todo, os pesquisadores questionaram pais e professores de 5961 crianças e adolescentes (na faixa de 5 a 18 anos) de 17 estados. Mas se você passou - ou está passando - por um divórcio não precisa ficar tão preocupado. “O estudo mostra que há um risco, sim, mas não que seja uma causa do baixo rendimento na escola”, explica Marco Antonio Arruda, neurologista da infância e adolescência e coordenador da pesquisa.

Uma saída para controlar esse risco? Ficar perto das crianças durante o processo de divórcio. “Os pais devem preservar o filho o máximo possível e saber que, nesse momento, vão precisar dar mais atenção às crianças do que o habitual”, diz Arruda.

Esses dados fazem parte de um estudo maior, chamado Atenção Brasil, em que os pesquisadores avaliaram possíveis dificuldades emocionais, problemas de conduta, hiperatividade e desatenção, problemas com os colegas e comportamento pró-social (empatia) das crianças. E como o objetivo final é orientar os pais e professores sobre a boa saúde mental das crianças, o instituto criou uma cartilha, disponível para download gratuito no site do projeto. Como explica Arruda, saúde mental é um estado de bem estar no qual a pessoa está apta a exercer suas habilidades, superar as dificuldades da vida, poder estudar e trabalhar de forma produtiva, colaborando com sua comunidade. “Ou seja, é mais do que apenas não ter uma doença mental”, diz o neurologista.

A pesquisa foi desenvolvida em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), a Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (SP), a universidade La Sapienza (de Roma, Itália) e o Albert Einstein College of Medicine (de Nova York, Estados Unidos).
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fonte: CRESCER

Chupetógrafo: você já ouviu falar nele?

O acessório, objeto de estudo da professora Eloísa Lima, da UFRJ, serve para compreender como se dá a aquisição de linguagem pelas crianças ainda antes de aprenderem a falar.

Chupetógrafo. É com base em um acessório com esse nome diferente que a professora Eloísa Lima, do departamento de Neurolinguística da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), desenvolveu sua tese de mestrado. Há 30 anos ela atua no ensino de inglês para crianças (hoje é responsável pela escola Dice, no Rio de Janeiro), e, ao buscar um jeito de trabalhar a aquisição de uma segunda língua “que não fosse por uma mera repetição de palavras”, ela se deparou com o chupetógrafo.

O acessório surgiu na década de 1980 como uma invenção do linguista francês Jacques Mehler, pesquisador da Universidade de Triestre, na Itália. Na época, ele fez uma pesquisa com bebês e descobriu que desde o nascimento eles já identificam diferentes idiomas a partir do ritmo de cada um – e não pelo significado. Para chegar a essa conclusão, ele montou uma máquina que registrava a sucção da chupeta por um bebê. O pesquisador partiu do princípio que o ato de sugar é uma resposta a alguma emoção da criança – tanto que, ao nascer, um dos primeiros reflexos é o da sucção. Em entrevista à CRESCER, Eloísa fala como essa descoberta influenciou seus estudos. Confira.

CRESCER: Como você chegou aos estudos de Jacques Mehler e ao chupetógrafo ?
ELOÍSA LIMA:
Queria entender como se dá aquisição de linguagem por crianças pequenas e, para isso, precisava saber em que momento os bebês adquirem as consoantes, que aliás são mais significativas para compreender um vocábulo. É possível ler uma palavra só com base nelas. E para fazer esse trabalho me baseei na experiência de Mehler.

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Bebê com um chupetógrafo
CRESCER: E foi necessária alguma adaptação do aparelho?
EL:
Sim, nós queríamos uma tecnologia mais moderna e menos invasiva. Seria difícil ter mães voluntárias com um aparelho tão grande, como de ressonância magnética, produzido pela equipe de Mehler. O que fizemos foi acoplar à chupeta um caninho de vinil com um microfone, o qual envia para um programa de computador os registros sonoros que são identificados em um gráfico. Avaliamos cerca de 30 crianças de até 6 meses.

CRESCER: Por quanto tempo elas ficavam chupando chupeta?
EL:
Os bebês ficavam de um a dois minutos com o aparelho, enquanto ouviam uma palavra diferente por dia em diferentes idiomas: português, inglês e tcheco.

CRESCER: O que essa experiência mostrou?
EL:
Que as crianças assumem as consoantes a partir do segundo mês de vida. O que mostra que o período de pré-fala é o mais importante da linguagem. Crianças que até os 7 anos aprendem um segundo idioma têm mais chances de falar a nova língua como um nativo. A partir dessa idade, porém, a criança já é considerada um ‘adulto’ para a aquisição da língua. Ou seja, ela já vai carregar o acento de sua língua materna e, por mais espontâneo e fluente que seja, vai fazer uma tradução em seu cérebro. Não estou dizendo que a partir de 7 anos a pessoa não seja mais capaz, mas há uma série de limitações durante a aquisição de uma nova língua.

CRESCER: Essa limitação varia entre as pessoas ou é assim como todo mundo?
EL:
Não é uma limitação, é um fechamento de aquisição. Nosso cérebro trabalha com várias interfaces, sendo que uma auxilia a outra no funcionamento. Mas existem determinadas aquisições do ser humano – por exemplo, o fato de caminharmos com duas pernas e não com quatro como um cachorro – que dependem de um período crítico para acontecer. É uma janela de oportunidades, se você não passar por esse momento, pode carregar uma sequela.

CRESCER: Você acredita que o chupetógrafo seria só um instrumento de pesquisa ou teria um outro uso?
EL:
Poderia auxiliar no diagnóstico de problemas que afetam a linguagem – como a afasia (perda do poder de expressão pela fala, pela escrita ou por sinalização por causa de uma lesão cerebral) ou autismo. Ao perceber que uma criança não se interessa pelo que vê ou ouve é possível suspeitar de que tem algo errado e que deve ser investigado desde cedo.

CRESCER: Mas o seu objetivo principal é sedimentar o porquê de começar cada vez mais cedo o aprendizado de uma segunda língua, certo?
EL:
Sim, meu foco é como trabalhar uma segunda língua com crianças pequenas. O que temos de mostrar é que no primeiro ano de vida, considerado o período pré-fala, a criança não representa oralmente mas já tem a linguagem em funcionamento. As pessoas costumam não entender isso, acham que não faz diferença conviver tão cedo com outros idiomas. Há linhas da área da pedagogia que só consideram o ser humano pensante a partir do momento em que ele fala e “deleta” o ano em que não fala. Mas esse justamente acaba sendo o período mais importante.
 fonte: Crescer

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Universidade oferece curso gratuito a docentes para discutir uso da internet

Podem participar professores da rede pública de ensino.
Inscrições devem ser feitas até 15 de outubro. 

A Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, vai oferecer, no dia 23 de outubro, um curso gratuito para professores da rede pública de ensino para debater problemas associados ao uso da internet. O objetivo é inserir a realidade tecnológica no ensino.

Para participar, os professores devem se inscrever pelo site:


O curso ocorre no dia 23, das 9h às 12h. Há 60 vagas.

A atividade faz parte das ações do Mackenzie Voluntário, projeto anual que acontece em todo o país e envolve cerca de 25 mil voluntários que se dedicam a diversos trabalhos sociais.

Segundo Solange Barros, coordenadora do Laboratório de Estudos Éticos nos Meios Eletrônicos (Leeme) da Universidade Mackenzie e organizadora da atividade, é importante que o professor tenha cada vez mais espaço para reflexão sobre como ensinar diante das constantes inovações tecnológicas. “Nossa intenção é que professores de escolas públicas, consigam se atualizar e, desta forma, estejam melhor preparados para o dia a dia na sala de aula”.

O curso será realizado no Mackenzie que fica na Rua da da Consolação, 930, prédio 13, sala 305, São Paulo.

 fonte: G1

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

sábado, 2 de outubro de 2010

Bullyng: onde é a saída?

O Jornal Virtual desta semana apresenta o texto da psicóloga Mariliz Vargas, que traz um tema muito discutido hoje em dia: o bullyng. Para ela, este fenômeno é resultado das pessoas não saberem lidar com as questões humanas, como a insegurança e a solidão. “Precisamos aprender a lidar com esta humanidade, com o desenvolvimento humano”, afirma. Confira sua análise completa no artigo a seguir.

Boa leitura!



Dia desses, ao passar pelo quarto da minha filha, de 16 anos, que vai prestar vestibular no final do ano, assustei-me com a quantidade de apostilas que ela acumulou até agora, com conteúdos que serão cobrados nesta prova. O volume é muito grande, talvez duas mil páginas, ou mais, entre exercícios, conceitos, fórmulas, listas e mais listas de nomes estranhos. Passa-se muito tempo aprendendo coisas que não serão necessárias. Mas a juventude não tem por parte destas instituições de ensino, nem de nenhum outro lugar, o favorecimento da aprendizagem de habilidades que deveriam ser consideradas básicas. Isto acontece por que fazemos parte de uma cultura que manifesta profunda ignorância no que diz respeito ao trato com o ser humano.
 
De maneira geral, não se sabe lidar com suas questões humanas, como o medo, a insegurança, a raiva, a solidão. E o bullyng está aí sinalizando esta ignorância. Em vez de se empenhar tanto tempo na absorção de conhecimentos descartáveis, a sociedade deveria se debruçar diante deste sintoma que é o bullyng e aceitar o desafio de solucionar este triste quadro. Não adianta culpar o jovem sem limites ou a família despreparada. Precisamos mais do que isto. A nossa sociedade ocidental, com sua ênfase no racional e na lógica, se vê indefesa diante da própria natureza humana, que se mostra violenta e caótica, agressiva e ilógica, na maior parte do tempo. Precisamos aprender a lidar com esta humanidade, com o desenvolvimento humano, para podermos atender com eficiência as demandas deste desenvolvimento.
 
Jovens que praticam bullyng estão manifestando um impulso biológico de autoafirmação. Estão vivendo a hegemonia do mais forte perante o mais fraco. E o mais forte fisicamente, o mais forte no aspecto da liderança, é o que acaba se impondo perante o mais fraco, utilizando este mais fraco como saco de pancadas, como forma de fortalecer a sua autoconfiança e seu domínio perante o grupo. A vítima do bullyng é invariavelmente fraca em quesitos sociais como sociabilidade e força física, o que a deixa vulnerável ao ataque dos jovens em desenvolvimento e que não encontram outra forma de provar o seu valor, de desenvolver o seu potencial humano. Ninguém os está direcionando para que a animalidade não se estabeleça como principal forma de relacionamento com o mundo. Ninguém os está instruindo para que a humanidade vença e domine a animalidade, que o equipamento físico, o corpo e seus recursos, sejam utilizados para a construção, para o bem, e não para a destruição e o mal.
 
A ignorância a respeito do ser humano e suas necessidades na fase de desenvolvimento permitem que nos concentremos em conhecimentos inúteis, enquanto uma grande gama de informações úteis é deixada de lado. Não adianta simplesmente punir e reprimir, pois são estas somente soluções fáceis e paliativas, que não resolvem o verdadeiro problema. É como tratar um tumor no cérebro com analgésicos para dor de cabeça. As ciências sociais precisam desenvolver este campo de pesquisa e aprimoramento para que soluções possam surgir, para que a indignação e o levantamento dos culpados deixem de ser as únicas medidas tomadas como prática diária daqueles que se propõem a ensinar, formar e civilizar.

Texto de Mariliz Vargas, psicóloga e autora dos livros A Sabedoria do Não e Você É Mais Forte Que a Dor.
Site: www.marilizvargas.com.br

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Lançamento de livros

Educação e trabalho - políticas públicas e a formação para o trabalho Robson Luiz de França
 
Trata de estudos sobre Estado e Políticas Públicas Educacionais no contexto da reestruturação produtiva do capital. O objetivo principal é reunir diversos estudos sob uma perspectiva crítica para o entendimento da reforma do Estado que ocorreu a partir de um projeto político e ideológico neoliberal, o qual ocasionou inúmeras transformações no que diz respeito às políticas públicas educacionais, na formação dos trabalhadores e no processo de reestruturação do mundo do trabalho, e situar a educação neste contexto.  Alínea e Átomo - 270p - R$30,00

50 atividades para estimular a interação na escolaSylvia Dorance
 
No campo da "Convivência", os programas da escola maternal dão grande importância à construção da personalidade da criança no interior da vida coletiva e à capacidade de compreender a comunicar-se nas diversas situações. O desafio é primordial para os professores, levados a favorecer a autonomia da criança, a incentivar o gosto pelo empreendimento, pela descoberta dos outros, o que permite colocar as bases da vida em grupo e a aquisição da cidadania. Este é um livro original e concreto para ajudar na construção da personalidade e no aprendizado da cidadania a partir da maternal.
 
Vozes - 152p - R$28,00
Como facilitar a leitura 
Lúcia Fulgêncio e Yara Liberato 
Preocupado com a situação de alunos mais carentes, que têm problemas no aprendizado da leitura, o livro descreve as maneiras pelas quais as informações de um texto são apreendidas. Isto é: quais os passos que permitem chegar à interpretação do texto, os tipos de informação que um leitor precisa para compreender totalmente a mensagem e como a memória atua durante a leitura. Recorrendo a exemplos retirados de livros didáticos, as autoras verificam a estruturação de parágrafos, a divisão de tópicos, a utilização de anáforas e até mesmo os recursos gráficos.
Contexto - 100p - R$30,00

A memória vegetal Umberto Eco 
 
Traz, acima de tudo, o encantamento de Eco pelo objeto livro. Descreve a importância dos livros — desde seu aparecimento, bem antes da imprensa — para o desenvolvimento da civilização e do nascimento das três grandes religiões monoteístas. Judaísmo, Cristianismo e Islamismo orbitam em torno de uma escritura sagrada. E é santo e digno de reverência o papel dos livros no crescimento intelectual   humano. A partir da leitura, nossa capacidade de refletir dá um salto. Não mais presos apenas ao conhecimento dos anciãos, da memória arquivada e processada pelo cérebro de alguns, podemos acessar as experiências e emoções de vários. O livro é a lembrança de experiências precedentes. Recordá-las é refletir. O analfabeto não recorda, sofre de esclerose desde a infância
Record - 272p - R$39,90

Ortografia: ensinar e aprenderArtur Gomes de Morais  
Ensinar ortografia não é simples. Este livro apresenta uma discussão articulada entre o que é o conhecimento da norma ortográfica, para que serve, como se aprende e como deve ser ensinada. Por meio de boas situações de aprendizagem, Artur Gomes de Morais apresenta princípios norteadores para o ensino da ortografia.
Ática - 128p - R$39,90

Moodle para autores e tutoresRobson Santos da Silva
Este livro amplia os Conhecimentos técnicos e pedagógicos de profissionais que utilizam o Moodle (Modular Object Oriented Dynamic Learning Environment) como ambiente virtual de aprendizagem em seus cursos, sejam estes a distância ou presenciais. Os leitores passarão a conhecer as formas de uso e potencialidades pedagógicas dos principais recursos, atividades e blocos a partir dos recursos oferecidos pela Web 2.0.  A obra é baseada em práticas e experiências em diferentes ambientes educacionais que utilizam com sucesso as tecnologias de informação e comunicação digitais tanto para construção quanto para o gerenciamento e tutoria de cursos.
Novatec - 152p - R$32,00

Cavala Sérgio Tavares 
Há um velho postulado segundo o qual literatura não se faz com bons sentimentos. Assim é em Cavala, título do primeiro conto e que dá nome ao livro. Não que os personagens do livro de estreia do autor sejam maus; porém, tomados por compulsões sexuais, cometem atos violentos. São 4 contos situados no limiar entre loucura e danação. O leitor se sentirá transportado para outra dimensão.
Record - 96p - R$19,90

Português - questões objetivas comentadasJorge Vicente
 
Integrante da "Série Impetus Questões", a obra suscita os temas mais requeridos da disciplina em concursos, apresentando questões atuais de nível mediano a difícil de bancas conceituadas como Cesgranrio, Fundação Carlos Chagas, ECAP, ESAF, dentre outras. O gabarito é comentado questão por questão, e, quando vê necessidade, o autor comenta item por item, com o objetivo de nortear e agilizar os estudos de quem almeja uma vaga no setor público. Um material completo, voltado para aqueles que pretendem descobrir, expandir ou reciclar seus conhecimentos sobre a língua portuguesa, em razão de sua atuação profissional ou da jornada dos concursos.
Impetus - 140p - R$25,00

Sistemas municipais de educaçãoJosé Eustáquio Romão
 
Este livro responde a esta expectativa, preenchendo uma lacuna que se arrastava há quase uma década e meia. Nele, emergem todas as consequências da criação e instalação dos sistemas municipais de educação, no conjunto da educação nacional e, de modo especial, nos graus de ensino que constituem os dois primeiros componentes da Educação Básica definida em lei: a Educação Infantil e o Ensino Fundamental. Portanto, é uma obra relevante para todos e todas que queiram entender o que significa e quais as repercussões de uma das transformações mais profundas ocorridas no Sistema Educacional Brasileiro: a emergência dos sistemas municipais de educação.
Paulo Freire  - 128p - R$15,00

Ensino para surdos: Um debate para o qual a sociedade tapa os ouvidos

Um debate para o qual a sociedade tapa os ouvidos
Joyce Trindade
Muito têm se falado sobre o ensino no Brasil, mas o que pouco ainda é tratado nestas discussões é a educação para pessoas portadoras de necessidades especiais. Geralmente, esse grupo é esquecido quando se fala em ações para qualidade ou em investimentos prioritários. Uma demanda para que a sociedade não ouve e que leva milhares de crianças e jovens em todo o país a, quando chegam a ingressar no sistema educacional, enfrentarem dificuldades diversas, seja do ponto de vista pedagógico ou da própria acessibilidade às escolas.

O quadro não é diferente, na educação para portadores de surdez. Pelo país, uma das questões colocadas é até que ponto nossos professores estão efetivamente preparados para lidar com este tipo de estudante. Até por isto, o assunto divide opiniões. No meio acadêmico, é possível encontrar tanto pesquisadores que defendem turmas específicas para crianças surdas, como estudiosos que sustentam
justamente o contrário: a inclusão destes estudantes em escolas regulares.

Em pelo menos um ponto, porém, há consenso: Todos acreditam que a Educação para surdos porém, apesar de concordarem com a melhora já alcançada na questão, são unânimes ao enfatizar a necessidade de qualificação para trabalhar com os surdos e com crianças com deficiência de forma geral. Exatamente, por possuírem necessidades diferentes, estes alunos também devem ter um ensino diferenciado. E para isso, é preciso adaptar e capacitar professores e profissionais para esta realidade.

A psicopedagoga, doutora em Psicologia Social e professora adjunta de educação inclusiva da UniRio, Aliny Lamoglia, acredita na educação especializada de surdos. Para ela, estes estudantes têm necessidades específicas e muito diferentes quanto ao aprendizado e os professores não estão preparados para lidar com essa situação. "O governo não consegue oferecer a capacitação necessária aos docentes para lidar com os surdos. Além disso, se crianças surdas estiverem junto com as não-surdas, não é possível atender às necessidades de cada aluno. É preciso adaptar o currículo pedagógico a estes estudantes", defende.

Uma criança ouvinte aprende através dos sons, o que não acontece com uma criança surda. Por isso, para a psicopedagoga, o ensino para estes alunos não pode se pautar pelo mesmo método direcionado às outras. "Essa é uma forma de segregação. Mas é uma segregação temporária, que tem como finalidade a inclusão na vida. É uma segregação inicial, que permite, posteriormente, um melhor relacionamento na sociedade", defende.

Já para a coordenadora geral da política pedagógica da educação especial do MEC, Cleonice de Pellegrini, o governo tem trabalho para que a inclusão dessas crianças se dê o quanto antes dentro das salas de aula. Para a especialista, a Constituição garante o direito de ir e vir de todo cidadão. Dessa forma, não é admissível que as pessoas sejam segregadas ou isoladas. "Necessidades específicas todos nós temos. Se começarmos a separar as pessoas por grupos, vamos ter uma sociedade de guetos", afirma.

Há quem defenda ações intermediárias a essas, através da aprendizagem de surdos no ensino regular, mas com a intermediação de intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Esse é o método proposto pela professora do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines) Vanessa Alves de Souza. Ela também acredita que, nas escolas regulares, os professores não são capacitados para ensinar pessoas com surdez. Daí a proposta de uma presença constante de um professor surdo, que seja fluente em Libras, para facilitar o aprendizado destes alunos.

"Nas escolas regulares os professores não têm domínio da língua de sinais e isso dificulta a aprendizagem. E, para que a criança seja fluente na Língua de Sinais, é preciso que tenha um professor que fala bem essa língua. É muito bom falar sobre essa questão de inclusão, mas isso só vai acontecer se a Língua de Sinais puder ser bem entendida pelas pessoas, principalmente dentro de sala de aula."
Políticas públicas são fundamentais para inclusão
A melhoria do espaço físico da escola e a implantação de programas de formação continuada para professores têm sido, segundo duas das principais vertentes para avançar na educação para portadores de surdez, segundo a professora Cleonice de Pellegrini. "Cerca de 25 mil escolas possuem uma Sala de Recursos Multifuncional, espaço onde os professores e alunos têm acesso a materiais específicos para cada
necessidade das pessoas com deficiência", explica.

Ainda segundo a representante do MEC, 56% dos alunos deficientes, no Brasil, estão no ensino regular, e não em instituições que tratam somente de surdos. Há dez anos, o índice era de 13%. Para Cleonice de Pellegrini, porém, a melhora deste índices também depende dos profissionais do setor, que devem buscar a capacitação oferecida pelo governo. "Muitos nem sabem que têm esse direito e, além disso, algumas prefeituras se negam a receber os recursos oferecidos pelo governo federal", afirma a educadora.

Tais políticas públicas, entretanto, ainda estão muito aquém do necessário e não têm sido percebidas por parte da população. Para a professora Aliny Lamoglia, essa recusa de ajuda dos governos estadual e municipal realmente acontece e demonstra o desconhecimento de quem está na gestão do governo. Porém, nem sempre o problema é a falta de interesse dos governos em receber as verbas.

Segundo a especialista, ainda há muita burocracia para solicitar estes investimentos. "Não é uma ação universal do MEC de garantir o acesso a universidade pública, por exemplo, às pessoas com deficiência. Essas ações de acessibilidade ainda dependem da iniciativa da instituição. O governo deveria ser mais pró-ativo", acredita a pesquisadora da UniRio.

Já a professora Vanessa Alves de Souza denuncia que a preocupação com a inclusão é centralizada em alguns estados como os do Rio de Janeiro e São Paulo, mas em regiões como o Norte e Nordeste, a situação ainda é muito complicada. "Leis já existem, mas ainda falta muita fiscalização", declara.

Quem também defende uma ação mais efetiva do governo com a situação atual do ensino público e particular, não só para portadores de surdez, como para os que têm outros tipos de deficiências, é o presidente do Sinpro-Rio, Wanderley Quêdo. O assunto, que afeta diretamente os professores, foi discutido no "Fórum de Educação e Surdez", realizado pelo Sinpro-Rio, no último dia 28 de agosto. "O ensino precisa de políticas de Estado e não de Governo", defende. O que se percebe, entretanto é que a cada quatro anos, a mudança de governo pode gerar, e normalmente proporciona, alterações de perspectivas e políticas públicas de verbas, prioridades e objetivos.

Outra questão que agrava ainda mais a situação dentro de sala de aula é que falta de articulação entre os governos, como também ressalta o professor Wanderley Quêdo. "Dessa forma, a distribuição e utilização dos recursos se dá de forma desigual. O professor municipal, que durante a manhã tem várias ferramentas de ensino, à tarde, ensinando para o estado, não tem nenhuma, ou vice-versa. É difícil para o este profissional lidar com isso. O governo deve mudar o quanto antes sua postura quanto ao ensino", alerta.
Professores também sentem dificuldades
Além das crianças, quem mais sente as dificuldades e carências do ensino para portadores de surdez são os educadores. Professora da rede estadual de ensino, Tenis Lima Reis não lida com crianças surdas. Porém, se tivesse de ensinar para alunos com este tipo de necessidade especial, ela afirma que não se sentiria preparada, por não saber a Língua Brasileira de Sinais. A professora nunca realizou qualquer curso de Libras.

"Acho que o governo poderia oferecer mais qualificação aos seus profissionais. Sou a favor da inclusão, mas o professor deve estar preparado para tal situação. Se este aluno for para uma sala de aula, onde ninguém sabe falar com ele, vai continuar excluído".

Já os professores Simone Ribeiro, Carla Marquês e Márcio Murta se relacionam com surdos fora de sala de aula e segundo eles, esse contato só é possível pois os próprios professores buscaram se qualificar e resolveram aprender a Língua Brasileira de Sinais. Para Márcio Murta também cabe ao professor aprender a língua com a qual vai falar com alguém, seja quem for. Por isso, o profissional deve, constantemente, procurar se especializar e renovar suas práticas pedagógicas.

Surdez em Números

Número de escolas (BR)
Ensino Fundamental - 152.251
Ensino Médio - 25.923
Número de escolas (RJ)
Ensino Fundamental - 7.544
Ensino Médio - 2.001
Escolas com alunos surdos (BR)
Escolas Comuns - 10.178
Escolas e Classes Especiais - 1 mil
Escolas com alunos surdos (RJ)
Escolas Comuns - 295
Escolas e Classes Especiais - 61
Escolas com alunos com deficiência auditiva (BR)
Escolas Comuns - 13.825
Escolas e Classes Especiais - 1.397
Escolas com alunos com deficiência auditiva (RJ)
Escolas Comuns - 890
Escolas e Classes Especiais - 160
Escolas com sala de recursos (BR)
Escolas Comuns  - 6.453
Escolas e Classes Especiais - 1.722
Escolas com sala de recursos (RJ)
Escolas Comuns - 613
Escolas e Classes Especiais - 250
Pessoas com deficiência nas escolas (BR)
Escolas Comuns  - 387.031 (60,5%)
Escolas e Classes Especiais  - 252.687 (39,5%)
Pessoas com deficiência nas escolas (RJ)
Escolas Comuns  - 17.621 (48%)
Escolas e Classes Especiais  - 19.066 (52%)
Pessoas com surdez nas escolas (BR)
Escolas Comuns  - 18.160 (59,3%)
Escolas e Classes Especiais  - 12.441 (40,7%)
Pessoas com surdez nas escolas (RJ)
Escolas Comuns  - 706 (37,2%)
Escolas e Classes Especiais  - 1.191 (62,8%)
Pessoas com deficiência auditiva nas escolas (BR)
Escolas Comuns  - 24.317 (75%)
Escolas e Classes Especiais  - 8.118 (25%)
Pessoas com deficiência auditiva nas escolas (RJ)
Escolas Comuns -  1.628 (57,8%)
Escolas e Classes Especiais -  1.187 (42,2%)

* Fonte: Censo Escolar 2009 (MEC / Inep)
Nem especial, nem regular, nem pra "normais", nem pra "deficientes"...apenas educação, porque chegará o dia que educação será uma coisa só.

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