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MARAVILHOSA, Rio de Janeiro, Brazil
Diante de tanta contradição da vida, aprendi que devo ter alto astral acima de qualquer coisa!Eu nunca imaginei que seria pedagoga. Não me preparei para isso. Ela chegou sem que eu preparasse o seu caminho e por isso fiquei tão apaixonada. Essa é para mim a profissão mais linda e digna que existe... Sem sonharmos e idealizarmos algo melhor, nunca poderemos alcançar um diferencial.Essa é minha ideologia e não posso deixar que apaguem por não acreditarem que existe solução para a educação do nosso país,"Não,podemos viver sem ideologias, ter sucesso sem acreditar em valores fortes, concretos,lutar por nossos objetivos sem acreditar que eles serão alcançados,almejar uma vida de realizações soterrando nossas verdadeiras crenças.Tenha suas ideologias muito bem definidas e paute sua vida sobre elas. Não tenha medo do que os outros vão pensar se você está realmente convicto no que acredita ser o certo,não tenha medo de fracassar embasado nelas, aprenda que neste mundo nada é absolutamente ruim ou bom e que sempre,terá que defender suas escolhas e pagar por elas." Eu estou consciente pela escolha que fiz na minha vida profissional,e você?

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Este espaço é algo criado por mim para dividir, com todos que, assim como eu, adoram de fato o que fazem dentro da educação, um pouco do que pesquiso na internet e também do que tenho de material voltado à esta área que de fato sou louca de paixão.

Peço desculpas pela demora em atualizar os conteúdos.

No mais, a todos que visitam este blog, espero que até o momento tudo que há de conteúdo esteja sendo agradável.

Com carinho,

Lu Moraes
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“Ninguém começa a ser educador numa certa terça-feira às quatro horas da tarde. Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão sobre a prática”

(Paulo Freire, em “A educação na cidade”)

“Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com a colheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes" Gabriel Chalita

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Eu fico com a pureza da resposta das crianças: a vida é bonita.
Viver e não ter a vergonha de ser feliz.
Cantar e... cantar e ...cantar a eterna beleza de ser aprendiz.
Eu sei que a vida devia ser bem melhor. E será.
Mas issoo impede que eu repita: é bonita, é bonita, é bonita!
(Gonzaguinha).

"Há os que adquirem conhecimento pelo valor do conhecimento - e isto é vaidade de baixo nível. Mas há os que desejam tê-lo para edificar outros - e isto é amor. E há outros que o desejam para que eles mesmos sejam edificados - e isto é sabedoria." - (Bernardo de Claraval)
"Todas as postagens que não são de minha autoria é dado o devido crédito e citado a fonte, até porque quando se copia algo de alguem a intenção não é fazer plágio, e sim divulgar as informações para um maior número de pessoas favorecendo assim o conhecimento."
Lucia Araújo/cc: Luciana Moraes

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O NOVO DESAFIO DO PEDAGOGO


Na busca de atingir as metas e obter a lucratividade, as empresas investem em tecnologias, preços e produtos variados, como forma de alcançar a excelência organizacional.
            As empresas necessitam de seus profissionais para produzir, servir bem ao Mercado, e atingir metas estabelecidas para competir com outras empresas. Uma boa empresa é composta de bons profissionais, e os bons profissionais são bastante disputados no Mercado por contribuirem para o sucesso da empresa.
            Asim uma boa empresa deverá considerar seus colaboradores como parte essencial na busca do sucesso, deverá compreender que é necessário cuidar bem de seus funcionários.
            Para contribuir com as mudanças organizacionais, o pedagogo dentro desses espaços auxilia de forma bastante latente no desenvolvimento do capital humano e por consequencias no desenvolvimento da empresa. De acordo com Lopes “os espaços de atuação para o pedagogo são todos onde haja pessoas exercendo funções variadas e que podem melhorar cada vez mais como individuos inseridos em um processo mais humanizado.”
            As novas demandas do pedagogo requerem que ele tenha uma postura diferente da que possui em sala de aula, pois possuem objetivos diferentes, ele deverá assumir um papel de gestor de conhecimento, contribuindo para a aprendizagem, desenvolvendo habilidades e conhecimentos dos funcionários dentro da empresa.
            O aprender dentro da empresa deve ser considerado como um processo continuo, para Paulo Freire, quando se fala do caráter transformador da educação os homens são seres do puro fazer, por isso não se pode negar ao homem o direito de refletir sobre o seu fazer.
            As organizações de sucesso devem compreender que o novo modelo de gestão é feito de colaboração, onde as pessoas dentro da empresa contribuem de forma ativa para o negócio, dentro deste contexto as pessoas são consideradas seres humanos inteligentes, com personalidade, aptidões, conhecimentos e habilidades distintas.
            É um aspecto chave nas organizações o desenvolvimento das pessoas. A educação é o meio em que as empresas utilizam para conseguirem se desenvolver, elaborar todo o processo de treinamento, desenvolvimento e capacitação, dando oportunidade ao ser humano de poder ser visto como um ser capaz de ter idéias, atitudes e valores importantes, tanto para a empresa quanto para a sociedade.
            A atual gestão de pessoas deve ser composta por profissionais engajados em uma prática de valorização dos profissionais. Assim, o pedagogo pasa a compor este campos e ter como principal função contribuir com a empresa e os colaboradores de forma a alcançar os objetivos de ambas as partes, tanto de satisfação com o trabalho, como de sucesso empresarial.

Texto de Darlene A. Souza (modificado em alguns trechos)

sábado, 23 de janeiro de 2010



PECS - Sistema de Comunicação por Figuras (PECS - Picture Exchange Communication System)


Este é o método de comunicação mais utilizado com autistas, desde os primeiros anos de idade. Muito popular seu uso em escolas (classes especiais), terapias e em casa. Os PECS são extremamente importantes para autistas não verbais.


Os Símbolos de Comunicação Pictórica (PCS) formam um sistema de comunicação completo e foram originalmente desenhados para criar, rápida e economicamente, recursos de comunicação consistentes e com acabamento profissional. São utilizados extensivamente em inúmeros tipos de atividades de aprendizado. Os PCS foram criados no início dos anos 80 pela fonoaudióloga americana Roxanna Mayer Johnson e compõe atualmente o conjunto de símbolos mais difundido no mundo inteiro.

As crianças com autismo, especialmente os mais jovens, freqüentemente tem grandes dificuldades para usar a linguagem expressiva. Cerca de 80% das crianças com autismo que entram nas escolas públicas com idade igual ou menor que 5 anos, não demonstram linguagem útil. Para estas crianças e outras que podem ter alguma fala, mas que raramente a utilizam em seu benefício, intervenções intensas e altamente estruturadas seriam necessárias para se conseguir que se desenvolva a linguagem. Outra das principais dificuldades com as que se enfrentam as crianças pequenas com autismo, é como eles se relacionam com as situações sociais. Estas crianças raramente começam uma interação com os adultos e usualmente não a mantém, ainda que iniciada pelos adultos. Desde cedo, a maioria das nossas interações sociais envolvem a linguagem; isto indica que estas crianças enfrentam o problema em dobro.

Muitos pais e profissionais tem tentado ensinar a suas crianças silenciosas a falar. Tal treinamento freqüentemente começa por tratar de ensinar à criança a olhar para o adulto diretamente a sua cara e olhos. Ainda que este tipo de ensinamento funcione, necessita muitas semanas ou meses. A seguir, a criança é ensinada a fazer vários sons e eventualmente, imitá-los. Este passo também necessita muito tempo. Finalmente, a criança é ensinada a mesclar os sons em palavras, estas freqüentemente selecionadas pelos adultos. Durante todo este tempo de ensinamento, a criança continua sem ter um tranqüilo e útil método de comunicar-se com outra pessoa.

Algumas pessoas tem tratado sistemas de comunicação ALTERNATIVOS, isto é, estilo de comunicação que não envolvem a fala. A linguagem dos sinais é um deles e também é o de imagens e outros símbolos visuais. Vários fatores contribuem para tornar estes sistemas relativamente lentos de se aprender. Por exemplo, a linguagem dos sinais necessita imitação, algo não muito fácil para as crianças com autismo. Os sistemas de imagens(pelo menos até agora), ensinam a sinalizar(apontar com o dedo) as imagens. Contudo, sinalizar freqüentemente é confuso para a criança e para o adulto, porque a criança nem sempre tem a atenção do adulto ou olha que a imagem é uma imagem de..., ou a criança aponta repetitivamente uma ou mais imagens.

O Sistema de Intercâmbio de imagens PECS (Picture Exchange Communication System) foi desenvolvido pelas dificuldades ao longo dos anos, com outros programas de comunicação (Bondy e Frost 1994). O sistema já foi utilizado com 85 crianças em Delaware, de 5 anos de idade ou menores e que não tinham feito o uso da fala até o momento de entrar na escola. Das 66 crianças que usaram o PECS por mais de um ano, 44 já usam uma linguagem independente e 14 a usam ajudados por sistemas de imagens(ou palavras escritas. Sete destas crianças já não são educacionalmente identificados como autistas e mais de 30 já foram colocados em salas de aulas para crianças com incapacidades leves. Os terapeutas, entusiasticamente apoiam e usam o sistema e os pais tem usado o sistema em casa ou na comunidade. O PECS se adquire muito rapidamente; muitas crianças aprendem o intercâmbio fundamental no primeiro dia de treinamento. Um aspecto importante do PECS é que são as crianças que iniciam o processo de comunicação(são elas que iniciam a interação).

Eles não aprendem a esperar ou depender dos adultos para comunicar-se. Eles, imediatamente expressam suas necessidades aos adultos que podem satisfazê-las. Aprender o PECS também tem conseguido um dramático efeito de reduzir as preocupações pelo manejo do comportamento destas crianças, tanto nas escolas como em casa.

O PECS começa por encontrar coisas que atraem as crianças(isto é, coisas que as crianças querem). Estes alimentos podem ser alimentos, bebidas, brinquedos, livros, ou qualquer coisa que a criança constantemente busque e goste de ter. Depois que o adulto(terapeuta ou pai) saiba o que é que a criança quer, uma vez que já realizou esta observação, então uma imagem(fotografia, colorida, ou desenho linear em preto e branco), é feito deste objeto. Suponhamos que a criança goste de passas. Enquanto a criança trata de alcançá-las, um terapeuta fisicamente orienta á criança a apanhar a imagem das passa e colocar na mão aberta do segundo terapeuta - o que tem as passas. Enquanto a imagem é colocada na mão, o terapeuta diz: "Ah! Você quer uma passa!"(ou algo semelhante) e imediatamente da as passas para a criança. À criança NÃO se pergunta o que é que ela quer. À criança NÃO se pede que pegue a imagem. O terapeuta não diz NADA até que a criança ponha a imagem na mão aberta. Lentamente, com o tempo, a ajuda física para apanhar a imagem, é retirada, da mesma forma a ajuda para deixá-la na mão de outro terapeuta. Com pouco tempo de várias interações, a criança tem a iniciativa de começar a interagir, tomando a imagem e entregando a um terapeuta.

O passo seguinte resulta em afastar o terapeuta, para que a criança tenha que fazer esforço para chegar até ele. Várias pessoas devem agora estar envolvidas em receber imagens - mas só com a imagem das passas neste ponto. Uma vez que a criança é ensinada a usar a imagem com várias pessoas, então mais imagens de coisas que lhe agradem, serão agregadas. Não obstante, neste ponto, à criança se apresenta uma imagem de cada vez. Depois de estar algum tempo usando várias imagens, uma a uma, então o terapeuta poderá colocar 2 imagens em um tabuleiro(quadro), depois 3, quatro, etc.. Uma criança usando o sistema neste ponto, enquanto que aparentemente faz umas tantas coisas, tem aprendido algumas habilidades extremamente importantes. Quando a criança desejar algo, irá ao tabuleiro de imagens, apanhará uma, irá a um adulto, porá a imagem na mão do adulto e esperará receber o que solicitou. A criança irá tranqüilamente a um adulto para obter algo, em lugar de tratar de obter o objeto enquanto ignora o restante das das pessoas. A importância da criança INICIANDO a interação não deve ser exagerada. A criança NÃO é dependente dos adultos. O sistema PECS logo ensinará a criança a criar enunciados simples como "Eu quero"....."biscoitos", usando várias imagens e uma "tira de frases". A criança deverá seguir entregando a frase a um adulto. O sistema PECS então ensinará a criança a diferença entre solicitar(pedir) e comentários simples como "Eu tenho", "Eu vejo", "Tem um...". para algumas crianças este passo é difícil e requererão algum "ajuste fino". PECS continuará expandindo o número de imagens por enunciado e o número de conceitos sobre os quais a criança poderá se comunicar. Em nossa experiência, crianças que empregam entre 50 e 100 imagens, freqüentemente começam a falar enquanto manuseiam as imagens.(Algumas crianças começam a falar muito antes, enquanto outras crianças devem continuar utilizando as imagens).
 O PECS é fácil de aprender e ser usado por terapeutas, professores e pais. Não requer materiais complexos ou treinamento altamente técnico. Não requer equipamento de alto custo, provas sofisticadas ou pessoal de alto custo ou treinamento. É uma ajuda tanto dentro da sala de aula, em casa como na comunidade. As crianças que tem aprendido outros sistemas de comunicação, tem mudado rapidamente para o PECS e tem expandido suas habilidades de comunicação. As crianças no PECS estão altamente motivadas a prender o sistema, porque podem obter exatamente o que desejam. Por meio do PECS, elas podem aprender a importância de ter outra pessoa para que os ajude e possam aprender a confiar que a pessoas responderão suas mensagens, entregues com calma.




Com o sistema correto, e o treinamento apropriado, uma imagem vale mais que mil palavras.





SOBRE AUTISMO


Na última Bienal do Livro que houve aqui no Rio de Janeiro, no Rio Centro, fiquei louca com a grande variedade de títulos que havia naquele lugar. Nossa, eram tantos livros em um único lugar, que mal sabia por onde começar e para onde olhar e exatamente o que olhar. A cada parada me encontrava com títulos mais interessantes que outros. Bom, sai dela feliz da vida de poder ter comprado alguns livros. E um deles trata sobre o autismo, assunto pelo qual me interesso e percebo que muitos educadores não possuem informações básicas para lidar com esse tipo de transtorno e muito menos identificar-lo. Por isso vou compartilhar com quem se interessa por este assunto algumas coisas escritas no livro que li a pouco tempo. Espero que gostem.
Boa leitura!!! 




Símbolo para a Conscientização do Autismo. Este quebra-cabeça representa o mistério e complexidade do autismo. As diferentes cores e formas representam a diversidade das pessoas e das famílias convivendo com a desordem. O brilho do símbolo é o sinal da ESPERANÇA através de novas pesquisas e conhecimento.


“A inclusão escolar começa na alma do professor, contagia seus sonhos e amplia seus ideais.”


Temos através de uma grande interpretação do autor Dustin Hoffman, o exemplo de uma síndrome ainda cercada de mitos e preconceitos. Dustin interpretou no filme Rain Man o autista Kim Peek, que na vida real não consegue abotoar os botões de sua camisa, dependendo da ajuda dos outros para realizar tarefas simples. No entendo, sua habilidade para leitura e memorização é incrível, ao ponto de guardar os códigos postais das principais cidades dos Estados Unidos e memorizar os livros que lê: sendo mais de sete mil obras. Porém, tão dificil de fazê-lo aprender as tarefas diárias é incluí-lo nas relações sociais.

 

Peek é classificado como autista de alto funcionamento, demonstram-se embaraçados no convívio social. Possuem dificuldades para interpretar emoções dos outros e para expressar as próprias. Mas, nem todos os autistas têm uma mente prodigiosa. A grande maioria não é assim. Entretanto todos têm uma acentuada dificuldade de interação social. O autismo possui diferentes níveis de gravidade e esta relacionado com outros sintomas que começam na infância.
Percebo que é dever de todos os profissionais da área de educação saber o mínimo sobre qualquer transtorno existentes, inclusive o autismo, buscar em pesquisas e livros como identificar e quais os procedimentos tomar frente a um aluno com autismo. Dever e obrigação!! Não só de professores, seja os que lidam todos os dias diretamente com o aluno ou aqueles que lidam uma vez por semana, como no caso de professores de educação física, mas dos diretores, orientadores, supervisores, administradores, pessoas da limpeza, da cozinha, da cantina enfim, de toda a comunidade escolar.
Sei que este assunto é complexo, mas não poderia deixar de compartilhar-lo.
Precisamos entender as reais necessidades dos aluno, possibilitando ao educador expressar sua criatividade com sensibilidade e amor, pois eles norteiam movimentos que visam tornar o espaço escolar essencialmente afetivo para professores e alunos.
É Verificado na prática docente as dificuldades que há para a elaboração de um currículo com atividades adequados e funcionais. O que é mais importante fazer? Como conseguir atenção?
Ë possível ensinar? É possível aprender? Essas indagações e muitas outras, revelam o desejo de obter uma educação prazerosa e com qualidades sociais, acadêmicas e afetivas e que ofereça mais autonomia.
As abordagens pedagógicas em pessoas com autismo são de base comportamental. No entanto, não visam aprisioná-las a condicionamentos específicos, antes, tentam livrá-las das limitações comportamentais que lhes trazem dano.
O autismo requer do educador estudo, preparação e muita dedicação, sem o ranço do preconceitos, sem esquecer de uma profunda dose de amor.
 
“A utopia pode ter muitos defeitos, mas, pelo menos, uma virtude tem:ela nos faz caminhar.

Conhecer e identificar o autismo, mostra o que o educador precisa saber, revelar o que construir com a criança, oferecer um currículo de atividades funcionais, falar sobre a família e a escola, facilitar o conhecimento da escola inclusiva, do ambiente inclusivo, apontar a contribuição da Psicopedagogia e não esquecer de uma palavra de amor, para que cada educador possa manifestar o desejo de lutar, insistir e nunca retroceder, desanimar no objetivo de alcançar a meta que se deseja alcançar.
José Raimundo Facion, diz que responder o que Realmente é o autismo não é fácil, pois até hoje não se conseguiu chegar a uma definição e uma delimitação consensual das terminologias sobre ele.

SOBRE O AUTISMO
Aparecendo nos primeiros anos de vida, proviniente de causas genéticas ou por síndrome ocorrida durante o desenvolvimento da criança, o autismo possui no seu espectro as incertezas que dificultam, na maioria dos casos, um diagnóstico precoce. Ele tem demandado estudos e indagações, permanecendo ainda desconhecido de grande parte dos educadores. Não há padrão fixo para a forma como ele se manifesta, e os sintomas variam grandemente.
O termo autismo origina-se do grego autós, que significa “de si mesmo”. Foi empregada pela primeira vez pelo psiquiatra suíço E. Bleuler, em 1911, que buscava descrever a fuga da realidade e o retraimento interior dos pacientes com esquizofrenia. O autismo compreende a observação de um conjunto de comportamentos agrupados em uma tríade pincipal: comprometimentos na comunicação, dificuldades na interação social e atividades restrito-repetitivas.
As primeiras pesquisas publicadas relacionadas ao autismo foi em 1943, pelo psiquiatra autríaco Leo Kaner, detectando uma nova síndrome dentro da psiquiatria infantil, denominda na época de distúrbio autístico do contato afetivo. Essa denominação se deu através de observações em crianças que não se encadravam dentro das classificações existentes na Psiquiatria infantil. Ele observou crianças com uma inabilidade no relacionamento interpessoal que a diferenciava de outras patologias, bem como atrasos na fala e nos movimentos.
A organização Mundial de Saúde, classifica o autismo como um dos Transtornos Invasivos do Desenvolvimento. Há um manual (CID 10) que aponta, outros distúrbios com quadros autísticos:

  • Síndrome de Asperger: difere do autismo clásico, principalmente por não ocorrer retardo mental, atraso cognitivo e considerável prejuízo na linguagem. Apesar de não haver o tetraimento peculiar autístico, a criança, Entretanto, torna-se também muito solitária. Desenvolve interesses particulares em campos específicos, modos de pensamentos complexos, rígidos e impermeáveis a novas idéias.
As crianças com esta síndrome são consideradas autistas de alto funcionamento ou savants (sábios). Este tipo de autismo foi descrito por Hans  Asperger em 1944, pediatra alemão, onde expôs um conjunto de sinais semelhantes aos descritos por Kanner.
As pessoas com esta síndrome normalmente possuem aptidões matemáticas e excelente memória para guardar datas e números, desenvolvendo também obsessões compulsivas. O Transtorno de Asperger foi retratado no filme Rain Man.

  • Autísmo Atípico: esta categoria deve ser usada quando existe um comprometimento grave e global do desenvolvimento da interação social, da comunicação verbal e não verbal e a presença de estereotipias de comportamentos, interesses e atividades, não satisfazendo os critérios para a classificação de Transtorno Autista, em vista da idade tardia de seu início.
  • Trasntorno de Rett: proviniente de causas desconhecidas e com severo retardo mental. O Transtorno de Rett é relatado até o momento em apenas crianças do sexo feminine. Ocorre pelo desenvolvimento progressivo de múltiplos deficits específicos após um período de funcionamento normal durante os primeiros meses de vida. Possui severo prezuízo no desenvolvimento da linguagem expressiva e receptiva, aliado a um grave retardo mental e psicomotor, além da probabilidade da incidência de convulsões.
  • Transtorno Desintegrativo da Infância: é muito mais raro que o autismo, com sintomas semelhantes ao de Rett, mas incide predominantemente em meninos e, geralmente, é acompanhado de retardo mental. “É uma regressão pronunciada em múltiplas areas do funcionamento, após um período de pelo menos dois anos ( até antes dos 10)  de desenvolvimento aparentemente normal”. No período que antecede a doença, a criança pode se tornar irrequieta, irritável, ansiosa e hiperativa. Ocorre o empobrecimento e a perda da fala e da linguagem, e é acompanhado por desintegração do comportamento.

O autismo pode surgir nos primeiros meses de vida, mas, em geral, os sintomas tornam-se aparentes por volta da idade de três anos Percebe-se na criança o uso insatisfatório de sinais sociais, emocionais e de comunicação, além de falta de reciprocidade afetiva. A  comunicaçãonão verbal é bastante limitada, as expressões gestuais são inexistentes, porque a criança não atribui valor simbólico a eles. Quando quer um objeto, utiliza a mão de algum adulto para apanhá-lo. Não aponta ou faz gestos que expressem pedidos. Uma das maneiras mais comuns para identificar casos de autismo é verificar se a criança aponta para algum objeto ou lugar. A criança autista tem dificuldades para responder a sinais visuais e, normalmente, não se expresa mimicamente, mesmo quando é estipulada.

Atualmente, sabe-se que o autismo advém de alterações biológicas, hereditárias ou não.

“Não existe o fundo do poço para a inteligência humana e que há sempre uma saída que qualquer um pode enxergar, é só desejar. “


O COMPORTAMENTO AUTÍSTICO


As manifestações do autismo variam intensamente, dependendo do nível de desenvolvimento e da idade cronológica do indivíduo.
Nas pessoas que chegam a falar, existe a chance de haver um acentuada comprometimento na capacidade de iniciar ou manter uma conversação e a ecolalia, que é a repetição mecânica de palavras ou frases.
Em razão da combinação de comprometimentos, que se observa também em outras patologias, o autismo deixa de ser visto como um quadro específico para ser considerado uma síndrome que abarca subtipos variados.
É um conjunto de sintomas iniciadas na infância, onde a capacidade para pensamentos abstratos, jogos imaginativos e simbolização fica severamente prejudicada. As qualidades sensoriais ficam reduzidas a um estado fragmentado, dominado pela compulsão, repetição e manuseio de materiais e objetos inapropriadamente, em razão do contato sensorial, com pouca ingerência cognitiva. A criança cria estereotipias com os braços ou com o corpo.
Com efeito, a criança cria formas próprias de relacionamento com o mundo exterior. Não interage normalmente com as pessoas, inclusive com os pais, e manuseio objetos insolitamente, gerando problemas na cognição, com reflexos na fala, na escrito e em outras áreas.
O padrão comportamental autístico toma a forma de uma tendência que impõe rigidez e rotina a uma série de aspectos do funcionamento diário, tanto em atividades novas como em hábitos familiares e brincadeiras. 
Há alguns sintomas cardeais que, percebidos precocemente na criança, ajudam o reconhecimento do transtorno:

      1.  Retrair-se e isolar-se das outras pessoas;
2.  Não manter contato visual;
3.  Resistir ao contato físico;
4.  Resistência ao aprendizado;
5.  Não demonstrar medo diante de perigos reais;
6.  Agir como se fosse surdo;
7.  Birras;
8.  Não aceitar mudanças de rotina;
9.  Usar as pessoas para pegar objetos;
10. Hiperatividade física;
11. Agitação desordenada;
12. Calma excessiva;
13. Apego e manuseio não apropriados de objetos;
14. Movimentos circulares no corpo;
15. Sensibilidade a barulhos;
16. Estereotipias;
17. Ecolalias;
18. Não manifestar interesse por brincadeiras de faz-de-conta;
19. Compulsão.

A atuação dos profissionais da escola é fundamental, uma vez que, muitos casos de comportamento autístico foram percebidos primeiramente na escola, onde deve ser utilizado o afeto e os estímulos peculiars do aluno para conduzi-lo ao aprendizado, porque, na educação, quem mostra o caminho é quem aprender e não quem ensina. A observação é extremamente relevante na avaliação do grau do autismo.
O professor não deve esperar que o aluno com autismo diga para ele o que esta acontecendo. O entendimento preciso dos contextos comportamentais demandará permanente vigilância, sensibilidade e perseverance do educador.

 *extraído do livro de eugênio cunha*
 




segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Celso Antunes

Uma entrevista com Celso Antunes ...
Boa leitura!!!!


Qual o diagnóstico que o você faz da educação básica no Brasil? Quais os principais problemas, avanços e retrocessos que a educação vive?
O Brasil, muito mais que países de outros continentes, deu gigantesco salto quantitativo nos últimos anos, quanto a acesso à escolaridade.

Deixamos para trás uma escola elitista e para muito poucos e popularizamos o ensino, tornando-o possível há muitos, em toda parte. Esse salto quantitativo não se faz sem inevitável perda de qualidade e de uniformidade que, com sofreguidão, estamos buscando superar.

Além disso, nossa História ensina que no passado não se pensava educação como efetivo instrumento de progresso e, por isso tudo, pagamos agora o preço de uma omissão criminosa. Ao contrário de países com outros sistemas de colonização, sempre se olhou educação como privilégio de uma classe e não imperiosa necessidade social.  Esses fatos, entre outros tantos, mostram uma educação que necessita superar desafios e que, portanto, enfrenta inevitáveis obstáculos que essa superação impõe.

Na sua opinião, qual é o principal desafio para alavancar o desenvolvimento e a qualidade da educação em nosso país?
Não acho que essa questão possa sintetizar-se em uma única resposta, mas creio que uma delas, certamente, é uma pretensa "autonomia" que se concede aos professores, permitindo que se tornem insensíveis à necessidade de atualização.

Não é raro que muitos professores façam hoje com seus alunos o que há 20 anos ou ainda mais faziam e, dessa forma, acreditem que seu diploma garanta a perpetuidade imutável de sua ação. Se esse professor prestou concurso público, somente seu orgulho pessoal e seu interesse próprio o farão progredir. Não sentindo em si mesmo esse anseio, será barreira intocável em sua perniciosa ação, e força alguma poderá obrigá-lo a estudar, aprender, crescer e propiciar a seus alunos o impacto de sua positiva transformação.

Creio que toda ação docente necessita ser amplamente respeitada, mas respeito ao professor não pode significar que suas aulas sejam invioláveis, que suas provas se mostrem estáticas, que suas estratégias de ensino não se vejam tocadas por tudo quanto de novo hoje se conhece sobre aprendizagem.
 
O que surgiu de novo na educação depois de Paulo Freire?
Paulo Freire foi muito maior que a dimensão que lhe é atribuída por alguns de seus biógrafos.
O avanço despertado por seu método de alfabetização e a violência política de que foi vítima foram extremamente iluminadas e, para não poucos, Paulo Freire foi apenas criador de um método e personagem politicamente execrado.

Mas a obra de Freire vai muito além. A crença de que aula não é discurso, o envolvimento amplo da comunidade com elemento realista da transformação escolar, a preocupação em se fazer com que toda aprendizagem reflita a contextualização do cotidiano na utilização do saber e, sobretudo, a idéia de que não se aprende como quem adquire um objeto, mas como quem efetivamente se transforma,  para transformar seu tempo são algumas pálidas noções que hoje já não mais constituem novidade a todo educador.

"Professores fechados a novos métodos de ensino não têm futuro."

O professor e psicopedagogo Celso Antunes considera a Internet mais que uma nova mídia, a mais importante da chamada Era da Informação — trata-se de uma ferramenta a serviço de uma revolução no ensino. "O professor pode, por exemplo, mostrar aos jovens que a informação tem diferentes abordagens cognitivas, seja observando uma tela, apreciando um texto, uma animação ou um áudio."

Bacharel e licenciado em Geografia pela Universidade de São Paulo, mestre em Ciências Humanas e especialista em Inteligência e Cognição, Celso Antunes é coordenador-geral do ensino de graduação do Centro Universitário Sant'Anna (UNISANTANNA) e do Colégio Sant'Anna Global, em São Paulo. Atua também como consultor da revista Nova Escola, da Editora Abril, e possui mais de cem obras didáticas e paradidáticas traduzidas para a América Latina e para a Europa e dezenas de outras que envolvem cognição, criatividade, ensino e aprendizagem.

Na entrevista a seguir, ele aborda os novos papéis da mídia na educação e suas conseqüências nas relações entre professores e alunos em sala de aula.

Howard Gardner afirma que "alguns talentos só se desenvolvem porque são valorizados pelo ambiente". A valorização atual dada às competências na informática não torna a educação utilitária?

Prof. Celso Antunes - Durante muitos anos a escola agiu como centro transmissor de informação, como instituição que divulgava o saber. E era correto que assim fosse, que ela cumprisse o seu papel. A partir dos anos 70, com o avanço da tecnologia, novos canais de informação foram surgindo, e eles delinearam o novo papel do professor e do aluno. Eu considero a Internet muito importante nestes novos tempos.

Quais habilidades a Internet desenvolve nos jovens usuários?

Prof. Celso Antunes - Habilidades não se desenvolvem sozinhas. A Internet é um grande painel de informações. O professor pode, por exemplo, mostrar aos jovens que a informação tem diferentes abordagens cognitivas, seja observando uma tela, apreciando um texto, uma animação ou um áudio. Um dos grandes trabalhos do professor é ajudar o jovem a organizar as informações que recebe da Internet e ensinar a utilizá-las com múltiplos enfoques: espacial, lógico-matemático, lingüístico. Assim, o aluno aprende a trabalhar habilidades comparatórias importantes como julgar, classificar, analisar, comparar, entre outras. Há que se fazer ainda que a informação obtida, analisada, julgada e comparada possa ser contextualizada na realidade em que aluno está inserido. Ou seja, a Internet pode fazer com que a informação chegue aos alunos A e B. Mas o aluno B, com o auxílio do professor, estará sujeito à informação com mais qualidade.

A tarefa de tomar posse do "saber universal" é totalmente impossível. O senhor acredita que a pressão para aprender pode levar os jovens ao stress intelectual?

Prof. Celso Antunes - Sim. Pode, inclusive, levar ao desinteresse. A escola deve organizar as informações para o aluno, selecioná-las para a aprendizagem e ensiná-lo a perceber o que buscar na Internet e como realizar essa busca.

O senhor concorda com a preocupação de muitos psicólogos de que o uso contínuo e desmesurado da Internet possa atuar negativamente no convívio social e no estabelecimento de relações afetivas, uma vez que "navegar" é uma tarefa solitária?

Prof. Celso Antunes - Sim. Sem critérios e de modo fanático o jovem pode vir a ter essas influências. A escola tem três grandes papéis. Ela é um centro epistemológico, é um núcleo de preparação para o mercado de trabalho e um universo de socialização. Não se ensina que nem tudo que há na geladeira serve para comer? Para o cérebro vale a mesma verdade. Pais e escola devem atuar para que a qualidade da informação seja saudável.

De que modo a Internet pode ajudar o jovem a se educar para a vida?

Prof. Celso Antunes - A Internet é um recurso a mais. Seu uso não dispensa a família, a escola e os demais agentes de educação.

Qual a utilidade da informática para as crianças menores, até 6 anos?

Prof. Celso Antunes - Depende do tipo de trabalho que se propõe a essas crianças. Para os primeiros anos da infância penso que o ideal sejam programas interativos, em que ela possa "ensinar" o computador.

Qual a orientação que o senhor daria aos professores que se utilizam de tecnologias inovadoras, mas ainda têm práticas conservadoras?

Prof. Celso Antunes - Eu diria para observarem as profissões que existiam há uma ou duas décadas. Que procurem pelas parteiras, pelos artesãos, pelos consertadores de canetas. Eles já não existem. Com o magistério não é diferente. Se o educador não olhar os tempos atuais com uma nova perspectiva, se ele não se habilitar ao uso dessas novas ferramentas, não haverá futuro. Ele deve assumir o papel de especialista em aprendizagem e esquecer os métodos retrógrados.

Flávia Muniz

A UTILIZAÇÃO DO BLOG NA EDUCAÇÃO


A informática educativa possibilita muitos caminhos para que o professor realize suas aulas de uma forma interessante, diante do mundo tecnológico em que vivemos. Dominar técnicas de informática, para assim aplicá-las á educação é um dos grandes desafios de hoje, para os profissionais da educação.
Muitos recursos são utilizados para que se obtenha êxito na aprendizagem, e um em especial que iremos tratar neste artigo oferece muitas possibilidades de desenvolvimento das potencialidades humanas : o Blog.
Qualquer recurso conta com limitações, mas aqui colocaremos algumas das vantagens e possibilidades do uso do blog nas escolas como alternativa de aprendizagem.
BLOGS
Os blogs são páginas na internet (Web), que utilizam os protocolos de transmissão de dados e contam com um servidor para armazenar as informações que apresenta e que precisam ser atualizados com freqüência.Historicamente, surgiram no final de 2001, no site Blogger.com.
Apresenta-se com uma linha de tempo para as postagens , abarcando uma infinidade de assuntos que vão desde diários , piadas, links, notícias, poesias, artigos, idéias, fotografias e tudo mais que seja possível para sua atualização.Quando “no ar” , isto é, postado na web, qualquer pessoa pode acessá-lo.
Sendo uma excelente forma de comunicação, permite que grupos e pessoas interem-se sem restrição temporal, pois o leitor pode registrar comentários acerca da exposição do blog.
BLOGS E EDUCAÇÃO
Pensando enquanto educador, como esta ferramenta valiosa pode contribuir em nossa prática pedagógica diária?
Os blogs podem:
• Apresentar várias etapas de um projeto desenvolvido na escola, na sala, em grupos ou mesmo individual;
• Criação de um jornal on line;
• Divulgação de atividades ;
• Apoio à um eixo de trabalho(ou mesmo à uma disciplina)
• Preparar para encontros educacionais ente os profissionais, ou mesmo entre estudantes;
• Divulgação de produções dos alunos em diferentes áreas de conhecimento;
• Divulgar estudos realizados pelos alunos;
• Desenvolver a curiosidade tecnológica, incentivando o aluno a busca diferentes linguagens de programação ;
• Desenvolver habilidades e competências nas diferentes áreas de conhecimento, aplicando os conteúdos estabelecidos em currículo;
• Trabalhar com imagens criadas ou registradas pelos próprios alunos, ampliando suas habilidades cognitivas na área de criação.
• Elaborar tamplates que desenvolvem além de conhecimentos, técnicas e habilidades próprias, possibilitam utilizar-se da criatividade, da ética , e de muitos outros componentes da cidadania.
• Podem elaborar animações para postar no blog, como resultados de trabalhos.
• Trazer a discussão de valores e da moral, quando na postagem de comentários, observando os limites do respeito à produção do próximo;
• Ajudar a comunidade escolar com esclarecimentos e informações elaboradas pelos próprios alunos.
• Incentivar a criação de concursos entre os alunos de suas produções;
É importante lembrar que o blog não se restringe apenas à língua portuguesa ou mesmo à matemática.Ele funciona como um recurso para todos os eixos do conhecimento , já que o conhecimento na realidade busca uma apresentação menos fragmentada. Ele pode em alguns momentos conter mais informações sobre uma determinada área, mas não se fecha para qualquer outra em nenhum momento.
Além de tantas possibilidades educativas, os blogs aproximam as pessoas, as idéias, permitem reflexões, colocações troca de experiências, amplia a aula e a visão de mundo, e oferece a todos as produções realizadas.A melhor vantagem , é que é um recurso extremamente prazeroso a que o elabora e desenvolve!
Enquanto professor, não precisa utilizar a antiga caneta vermelha para sublinhar o que estava errado, mas este pode oferecer informações sobre o “erro” do aluno e os caminhos a serem percorridos para uma melhora , se necessária , em sua construção de conhecimento.Partindo do espaço “comentários” o professor interage com o aluno mais facilmente, instigando-o a pensar e resolver soluções.Este é um grande objetivo hoje, dentro de um currículo voltado para competências como nos coloca nossos Referenciais Nacionais de Educação.
Para finalizar, o professor não pode deixar de estabelecer objetivos e critérios ao utilizar este recurso, pois a utilização a esmo não enriquece as aulas, torna-se um tempo inutilizado para a construção e a troca de conhecimentos.Ele deve deixar claro o que espera do aluno e o que pretende com a proposta de trabalho.Assim a avaliação deve ser feita pelo professor e pelos alunos.
Bom trabalho!
De Margarida Elisa Ehrhardt Ferreira

“Não ensine aos meninos pela força e severidade, mas leve-os por aquilo que os diverte, para que possam descobrir a inclinação de suas mentes.” (Platão).

ABZ do Ziraldo




Finalmente um programa realmente excelente!!!
ABZ do Ziraldo, um programa onde o próprio Ziraldo apresenta. Ele pretende incentivar o prazer a leitura e estimular a imaginação e a criatividade das crianças. Este programa é exibido aos domingos, às 12 horas e possui temas de cidadania, meio ambiente, campanhas a favor da leitura, contadores de história, entrevistas com escritores, pais, mães e professores, estes, considerados pelo escritor uma profissão " lindíssima" e ele esta corretíssimo... indo no mesmo pensamento dele, ser professor é vocação. Acredito que este novo programa (pelo menos para mim que só tive conhecimento por acaso), muito importante para a formação das crianças, que infelizmente estão altamente digitalizadas e por isso desprezam os livros.


"LER É MAIS IMPORTANTE QUE ESTUDAR"
Ziraldo

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Inteligências Múltiplas e Emocionais

Celso Antunes
Especialista em Educação.

1. Como definir inteligência?

Inteligência é a capacidade de resolver problemas, compreender idéias, interpretar informações transformando as em conhecimento e, também, a capacidade de criar. Constitui um componente biopsicológico que difere o ser humano de outras espécies animais.

2. Existem informações novas sobre a Inteligência humana que podem dar nova dimensão à educação?

Existem. Durante muitos anos a descoberta do funcionamento da mente constituía-se em um desafio para a neurologia. Observar o cérebro humano em ação era impossível em uma pessoa viva e essa dificuldade gerava uma série de hipóteses sobre o pensamento, consciência, memória e naturalmente, inteligência. Atualmente sistemas avançados de Tomografias por Emissão de Pósitrons ou mesmo Ressonâncias Magnéticas específicas podem "abrir" o cérebro de uma pessoa viva e acompanhar suas reações. Existe, é evidente, muito a fazer, mas há uma distância considerável entre o que se sabe e o que era sabido há dez anos atrás sobre inteligência.

3. E quais as implicações educacionais dessas descobertas sobre a idéia de inteligência?

Pelo menos, três avanços neurológicos parecem extremamente significativos: o primeiro, é que a inteligência pode ser estimulada e o papel do meio ambiente associa-se ao da hereditariedade na construção de pessoas mais ou menos inteligentes; segundo, não existe uma inteligência na mente humana, mas diversas inteligências que compõe espectros altamente diferenciados; terceiro, o estímulo a essas inteligências não requer tecnologia de ponta ou investimentos que inviabilizem sua prática em todo lugar, em qualquer família ou escola.

4. É possível constatarmos nas pessoas com as quais nos relacionamos as evidências dessa multiplicidade de espectro?

Sem dúvida. A humanidade sempre valorizou a inteligência de Mozart e de Einstein, de Camões e de Niemayer, de Picasso e de Ghandi assim como de muitos outros, mas sempre soube diferenciar a natureza específica de suas competências. Não é necessário aprofundar a genialidade para perceber entre nossos amigos ou alunos, inteligências lingüísticas, matemáticas espaciais e outras.

5. Essas inteligências múltiplas atuam isoladamente? Podem ser estimuladas de forma específica?

De forma alguma. As ações no cérebro atuam com sistemas integrados mais ou menos como o conjunto de folhas de uma copa agitada pelo vento. É impossível isolarmos uma inteligência, ainda que estímulos específicos podem atuar mais sobre uma que sobre as outras.

6. Quais são essas inteligências?

Embora seja muito mais importante observar o espectro das inteligências e identificar o indivíduo por sua multiplicidade, ainda que se destacando por esta ou aquela linguagem, as inteligências apontadas por Howard Gardner, da Universidade de Harvard, são as de natureza lingüística, lógico - matemáticas, espacial, musical, cinestésico - corporal, naturalista e as inteligências pessoais.

7. E as inteligências emocionais?

Gardner não fala em inteligência emocional. A expressão veio de Daniel Goleman, e sua obra ainda que bem menos densa que os estudos de Gardner, sugerem que as emoções seriam processadas pelas inteligências pessoais, isto é, a intrapessoal, ligada a auto-estima, segurança e capacidade de administrar de maneira satisfatória a autopercepção e a inteligência interpessoal, associada a empatia, "leitura" e compreensão do outro e de seus sentimentos.

8. É possível estimular - se as inteligências emocionais? Esse estímulo seria auto - ajuda?

A reposta é sim e não. É evidente que é possível aperfeiçoarmos as inteligências pessoais em conjunto ou mais explicitamente uma delas, ainda que esse estímulo seja lento e os resultados progressivos, algo assim como aprender a tocar violino. Não existe relação entre a alfabetização emocional e a auto - ajuda. Em primeiro lugar porquê auto - ajuda se associa a "domesticação das emoções" algo muito distante da alfabetização emocional. Em segundo lugar porquê a pretensa auto - ajuda dispensa as interações e a intervenção do professor e psicólogo, o que não ocorre com a alfabetização emocional e, finalmente, porquê toda auto - ajuda promete milagres com uma simples leitura e meia dúzia de conselhos, procedimento anos-luz distante de uma verdadeira alfabetização emocional.

Obs.: esta entrevista foi extraída do site Estação Educação.
Nem especial, nem regular, nem pra "normais", nem pra "deficientes"...apenas educação, porque chegará o dia que educação será uma coisa só.

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