Com esse curso, os estudantes irão aprender mais sobre temas que interessam a todos, mas apavoram até mesmo os adultos pós-graduados, como orçamento doméstico, poupança, aposentadoria, seguros e financiamentos. Esse piloto vai envolver 15 mil estudantes do ensino médio nessa primeira etapa e será estendido às escolas do ensino fundamental no próximo ano. A partir de 2012, o programa didático deve ser aplicado nas 200 mil escolas da rede pública do País.
Uma vez que vivemos em uma sociedade com forte apelo consumista e sofisticadas estratégias de marketing, que nos bombardeiam constantemente, a escola e a família precisam ensinar fundamentos de responsabilidade financeira às crianças logo cedo, para evitar criar consumidores vorazes e irresponsáveis. Ocorre que a atual geração de pais demonstra dificuldade na orientação financeira de seus filhos, pois viveu o auge da hiperinflação no Brasil, período em que o ritmo de aumento de preços era frenético e a resposta a esse quadro era consumir tudo o que fosse possível o quanto antes; afinal, no dia seguinte, já custaria mais caro. Diante desse contexto, precisamos de um novo olhar sobre as relações de consumo e, sobretudo, criar estratégias de abordagem desse tema com nossos filhos. O autocontrole sobre as finanças deve ser praticado desde a infância, para que o jovem não chegue despreparado à fase adulta. Inevitavelmente, tem de haver planejamento, organização e disciplina, porque não existe mágica. Para alguns, isso pode soar como inatingível, mas essas habilidades no controle orçamentário podem ser conquistadas com ações simples e que estão ao alcance de todos.
Além das atividades em sala de aula, é importante que o assunto "dinheiro" seja conversado e discutido em família, sem tabus. Os limites do orçamento familiar precisam ficar claros e o envolvimento de todos é importante, assim como a definição de prioridades e dos grandes projetos familiares.
Um exercício prático é dar uma quantia fixa de dinheiro à criança, com uma periodicidade preestabelecida. O pequeno economista deve ser orientado sobre como administrar suas contas, incluindo hábitos como pesquisar preços – para entender o que é caro e barato – e poupar, definindo objetivos de curto e de longo prazo. Ele precisa ser responsável pelas escolhas que faz. Se, apesar das conversas, os filhos gastarem todo o dinheiro antes do prazo combinado e pedirem mais, os pais precisam ser firmes e dizer não.
Todavia, de nada adiantará o discurso se as crianças e adolescentes constatarem que seus pais consomem por impulso e sem planejamento. Dar o exemplo é uma das atitudes mais importantes, seguida pelo planejamento cuidadoso a respeito das estratégias para presentear os filhos, já que o excesso de mimos dificulta o entendimento prático das dificuldades que nossos filhos enfrentarão na vida adulta.
Texto de Marcus Mingoni, diretor de Operações da Divisão de Sistemas de Ensino da Editora Saraiva.
Uma vez que vivemos em uma sociedade com forte apelo consumista e sofisticadas estratégias de marketing, que nos bombardeiam constantemente, a escola e a família precisam ensinar fundamentos de responsabilidade financeira às crianças logo cedo, para evitar criar consumidores vorazes e irresponsáveis. Ocorre que a atual geração de pais demonstra dificuldade na orientação financeira de seus filhos, pois viveu o auge da hiperinflação no Brasil, período em que o ritmo de aumento de preços era frenético e a resposta a esse quadro era consumir tudo o que fosse possível o quanto antes; afinal, no dia seguinte, já custaria mais caro. Diante desse contexto, precisamos de um novo olhar sobre as relações de consumo e, sobretudo, criar estratégias de abordagem desse tema com nossos filhos. O autocontrole sobre as finanças deve ser praticado desde a infância, para que o jovem não chegue despreparado à fase adulta. Inevitavelmente, tem de haver planejamento, organização e disciplina, porque não existe mágica. Para alguns, isso pode soar como inatingível, mas essas habilidades no controle orçamentário podem ser conquistadas com ações simples e que estão ao alcance de todos.
Além das atividades em sala de aula, é importante que o assunto "dinheiro" seja conversado e discutido em família, sem tabus. Os limites do orçamento familiar precisam ficar claros e o envolvimento de todos é importante, assim como a definição de prioridades e dos grandes projetos familiares.
Um exercício prático é dar uma quantia fixa de dinheiro à criança, com uma periodicidade preestabelecida. O pequeno economista deve ser orientado sobre como administrar suas contas, incluindo hábitos como pesquisar preços – para entender o que é caro e barato – e poupar, definindo objetivos de curto e de longo prazo. Ele precisa ser responsável pelas escolhas que faz. Se, apesar das conversas, os filhos gastarem todo o dinheiro antes do prazo combinado e pedirem mais, os pais precisam ser firmes e dizer não.
Todavia, de nada adiantará o discurso se as crianças e adolescentes constatarem que seus pais consomem por impulso e sem planejamento. Dar o exemplo é uma das atitudes mais importantes, seguida pelo planejamento cuidadoso a respeito das estratégias para presentear os filhos, já que o excesso de mimos dificulta o entendimento prático das dificuldades que nossos filhos enfrentarão na vida adulta.
Texto de Marcus Mingoni, diretor de Operações da Divisão de Sistemas de Ensino da Editora Saraiva.
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